Palmeiras e Corinthians dão adeus ao seu, o meu, o nosso Pacaembu

“Este é o Paulo Machado de Carvalho. O seu, o meu, o nosso Pacaembu”, dirá Edson Sorriso, locutor oficial do estádio municipal, na tarde de sábado. Com o Palmeiras a dias do retorno ao Palestra Itália e o Corinthians de morada nova em Itaquera, o Derby terá tom de despedida de uma velha casa.



A partir das 16h20 (de Brasília), os arquirrivais duelarão para saber de quem, pela última vez, é o Pacaembu. Visitante no palco que adotou como lar por tantos anos, a formação alvinegra espera mostrar que conhece bem os cômodos de sua saudosa maloca.



“Embora o mando seja do Palmeiras, o Pacaembu é muito familiar para o Corinthians”, afirmou o técnico Mano Menezes, com o cuidado de evitar frases que sirvam de motivação ao adversário. “Não estou dizendo que vamos nos sentir em casa.

Disse que é familiar.”



Sem se importar se o clássico voltará a ser disputado novamente no Paulo Machado de Carvalho – em caso, por exemplo, de shows ocupando Itaquera ou o reformado Palestra –, Mano quer é ampliar a vantagem histórica preta e branca no local. Até pelas contas do rival, o Corinthians tem mais de dez vitórias de vantagem.



O Palmeiras venceu seu grande adversário no Pacaembu pela última vez em 1995, com 12 jogos desde então, mas não é propriamente com isso que está preocupado Dorival Júnior. O técnico, que assumiu o time em situação desesperadora, ainda não está aliviado com a distância de quatro pontos para a zona de rebaixamento.



“Não é pelo tabu, mas muito mais pelo campeonato. O Palmeiras está muito próximo de poder, dependendo só das suas pernas, sair bem até o fim da competição. Não estamos pensando na rivalidade, no último jogo no Pacaembu. O foco são os três pontos para a gente se distanciar da posição que incomoda”, afirmou.



O treinador contará com a volta de Valdivia, que, por um acordo entre clube e STJD, cumpriu seu último jogo de suspensão na última quarta, no empate com o líder Cruzeiro.



Também estão novamente à disposição o zagueiro Lúcio e Marcelo Oliveira, outros que não atuaram em Belo Horizonte.