Foto: Djalma Vassao / Gazeta Press
Wlademir Pescarmona completou 63 anos de idade nessa segunda-feira, reclamando de dores nas costas. O candidato à presidência do Palmeiras nas eleições do próximo dia 29 foi um dos sócios que enfrentaram longas filas no sábado para adquirir ingresso para a reabertura do Palestra Itália, nesta quarta-feira, contra o Sport, e acredita que Paulo Nobre só tem a perder com o tumulto criado no clube no fim de semana.
Na verdade, ele deu um tiro no pé. A confusão criada dentro do clube no sábado acabou sendo estratosférica. Vários sócios presentes me disseram: ‘se a ideia deles foi ter marketing a favor, deram um tiro no pé’. Foi um desastre", definiu Pescarmona em entrevista à Gazeta Esportiva. "O pessoal me perguntava: ‘Pescarmona, cadê o Paulo Nobre? Está aqui na fila?’", contou.
"Ele só queria vender ao sócio-torcedor, mas falou que venderia ao sócio do Palmeiras porque, assim, o sócio ficaria contente com o ingresso para assistir ao jogo e, ao mesmo tempo, ele abriria outro ponto de venda, como exige a Lei do Consumidor. Mas fizeram as coisas tão correndo para ser eleitoreiramente favorável que não se programaram", prosseguiu o oposicionista, indicando estratégia para conquistar o associado que votará no dia 29.
Paulo Nobre deu privilégios aos sócios Avanti na vencda de ingressos para estreia do Allianz Parque
A ação beneficiaria quem estivesse adimplente entre os cerca de 12 mil do quadro social do Verdão. Houve relatos de quase nove horas na fila em busca dos ingressos, que se esgotaram nessa segunda-feira. "Eles puseram quatro guichês para mil pessoas ou mais. E tinha que fazer cadastramento, saber se não estava inadimplente, cadastrar RG, mostrar RG, passar cartão... Demorava, em média, seis, sete minutos por sócio", disse Pescarmona.
"Fiquei meia hora na fila normal, que era imensa. Depois, me disseram que tinha fila para idosos e, como tenho 63 anos, fui para lá. Fiquei quatro horas para pegar dois ingressos. Estou com dores nas costas até agora, cara. E as pessoas na fila normal, sem idosos, demoraram seis horas", prosseguiu o candidato.
Em meio à campanha, o oposicionista garante mais privilégios ao associado do que o atual mandatário. "O sócio tinha direito a 50% de desconto. Isso valorizava o sócio, que paga o clube durante anos, e o clube só existe porque ele ajuda a pagar a mensalidade. Nada mais justo. Mas o senhor Paulo Nobre tirou isso porque queriam que todos fossem Avanti. Ele começou a criar categoria, enquanto, para mim, é muito simples: todo sócio terá direito a ingresso", prometeu.
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