Técnico compara Gabriel Fernando com Kaká: ‘Mosca branca’

Gabriel Fernando (esq.) comemora com a torcida na Rua Javari (Foto: Thiago Ferri)



Bruno Petri, comandante do Palmeiras sub-17 e treinador de Gabriel Fernando, comparou o artilheiro do Verdão com Kaká, meia do São Paulo. Autor de 35 gols em 20 jogos no Paulista da categoria, o atacante foi considerado um jogador “diferente” pelo técnico, que revelou ter conversado com o prodígio em meio ao crescimento do assédio sobre ele.



COM A PALAVRA, BRUNO PETRI:



A gente tem que se preocupar porque está falando de um garoto, que é diferente. Mesmo exemplo que a gente fala do Kaká: mosca branca. O Kaká era um menino que não tinha jogado em nenhuma categoria, sempre foi reserva, sempre foi pequeno. Eu participei da formação dele, e eu sei. E ele explodiu no profissional. É uma mosca branca.



O Gabriel, guardando as devidas proporções, é mais ou menos a mesma coisa. Ele não jogou em nenhum clube profissional, ele jogava só na várzea. Fez alguns testes aqui e ali, mas era só na várzea. Este é o primeiro campeonato importante dele, no juvenil. Tudo para ele é muita novidade. Tem que ter cuidado, ainda há muito o que lapidar. Ele é um atacante rápido, incisivo com a perna direita. A perna esquerda é muito ruim, o cabeceio tem o que melhorar. Estamos trabalhando isto, por isto ficamos preocupados porque a coisa tem que ser feita com um pouco mais de calma.



A gente já até conversou, porque em um determinado momento ele acabou se perdendo, começou a tentar fazer coisas que não está preparado. Conversamos, ele mudou a cabeça um pouquinho, tentou focar mais no trabalho, deixar as coisas acontecerem naturalmente. Foi uma boa ele ficar no juvenil só, e outra coisa: pelo coração dele, e eu estou falando pelo feeling, pelo conhecimento de trabalhar na base, ele vai ficar no Palmeiras.



A cabeça dele no fim da fase de grupo estava confusa, porque fala-se uma coisa aqui, outra ali, muita coisa na imprensa e fez com que ele se perdesse. Mas depois centrou de novo, e viu que é importante, porque não joga sozinho. Se for uma estrela só, vai ter problema com os companheiros, não vai funcionar, e voltou, tanto que foi decisivo contra o São Paulo.



Com o Dorival Júnior conversei só uma vez, e ele queria perguntar de características do Gabriel, porque é um interesse geral e depois abriu para outros jogadores do juvenil.