Isolados e unidos: em crise, Palmeiras se fecha para fugir do Z-4

Clube antecipa viagem e corta entrevistas antes de jogo da vida com o Coritiba. Elenco não está rachado. Problema é dentro de campo

Elenco unido em busca de uma salvação no Brasileirão (Foto: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação)



A primeira suspeita em um time que apresenta atuações ruins no futebol recai sobre um eventual elenco rachado. Não é o caso do Palmeiras. As três derrotas seguidas para Atlético-MG, São Paulo e Sport, todas por 2 a 0, deixaram o time em situação perigosa no Brasileirão.



O risco de queda é real. Um ponto separa o Verdão (39) do Coritiba (38), 17º colocado e primeiro time dentro da zona de rebaixamento. Por isso, o clube tomou atitudes para tentar uma reviravolta. A ideia é tentar blindar o elenco, para que os jogadores possam trabalhar com tranquilidade.



Primeiro o Verdão cortou a tradicional entrevista coletiva em dia de treinamento. Foi assim na última quinta-feira, dia da reapresentação após a derrota para o Sport na nova arena.



Depois, o clube mudou sua logística: antecipou a viagem a Curitiba de sábado para esta sexta-feira, quando fará um treinamento no CT do Caju, do Atlético-PR, fechado para a imprensa e novamente sem entrevista.



Entre os jogadores, o clima é de apreensão, claro. Mas não há problema no grupo. O sentimento é de que a crise é mesmo dentro de campo. Ainda que se admita as deficiências técnicas, não há quem julgue o atual plantel como digno de rebaixado.



Por isso, a situação dramática na reta final do Brasileirão, em meio à inauguração de estádio e no ano do centenário, deixa parte do plantel abatido e irritado. A cobrança interna existe, mas os principais atletas estão empenhados em buscar uma reação.



Agora, todos sabem que o confronto direto com o Coritiba virou o jogo da vida do Palmeiras. Uma derrota pode fazer a equipe terminar a rodada dentro do Z-4. Depois, o time encerra a participação no Brasileiro contra Internacional (Beira-Rio) e Atlético-PR (casa).