Oswaldo de Oliveira chega ao Palmeiras com a esperança que tem sido rotina na última década: a de um ano novo melhor na Academia de Futebol. Diante de tantos fiascos recentes, o palmeirense acostumou-se, infelizmente, a torcer pelo "time do ano que vem", que nunca corresponde à expectiva. Expectativa esta que, apesar de tudo, sempre será grande a quem se move pela paixão.
Pois Oswaldo foi uma boa escolha da problemática gestão de Paulo Nobre, que fez de tudo para jogar a Série B em 2015. Técnico experiente e com bons trabalhos na carreira, foi a melhor opção levando em conta o custo-benefício que o inflacionado mercado de técnicos apresenta nos dias de hoje. Oswaldo tem bagagem e inteligência para os gigantes desafios que o Verdão apresenta para 2015.
Depois de anos no Japão, o novo técnico do Palmeiras foi muito bem no Botafogo. Conquistar um estadual e levar o clube à Libertadores não foi pouca coisa em um clube sempre marcado por crises. A campanha no Santos era de razoável para boa até a demissão, que muitos santistas até hoje não engolem. Só que Oswaldo precisa de jogadores. E muitos!
Os jogadores até agora contratados, ou próximos disso, na Academia de Futebol parecem boas apostas. Seriam perfeitas se o Palmeiras já tivesse uma espinha montada. Um volante regular do Goiás, um bom zagueiro da Série B, por exemplo caíriam bem depois do Paulistão de 2014, quando o Verdão caminhava para ter uma boa equipe. Só que as decisões de Nobre desmantelaram o elenco no início do Brasileirão. Hoje, é preciso refazer a espinha com jogadores calejados e experientes. Só bons valores da Segundona e jovens promessas não resolverão a vida de Oswaldo.
Oswaldo chegou com o discurso lúcido e inteligente que sempre teve. Exaltou a história alviverde, diz que pensa em montar um time ofensivo. Desde que tenha peças para isso. Ele conta com Valdivia. Mas o Mago não pode mais ser a principal estrela de um time que sonha por algo além de brigar para não cair. A torcida espera que Nobre tenha aprendido esta e outras lições do triste ano do centenário. O presidente prometeu a Oswaldo mais estabilidade do que ele teve em Bota e Peixe. A ver.
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