[OFF] Boa fase na Itália faz ex-Corinthians lembrar queda do Palmeiras em 2012

22/5/2015 09:06

[OFF] Boa fase na Itália faz ex-Corinthians lembrar queda do Palmeiras em 2012

Lateral do Timão entre 2011 e 2013, Edenílson festeja rápida adaptação no Genoa. Confusa chegada à Udinese o faz, um ano depois, se recordar de quando esteve na mira do Verdão

[OFF] Boa fase na Itália faz ex-Corinthians lembrar queda do Palmeiras em 2012

Edenílson está prestes a completar um ano no Genoa (Foto: Divulgação/Genoacfc.it)





Gaúcho, estudioso, trabalhador e, um pouco a contragosto, jogador de futebol. Após superar a juventude humilde e se destacar internacionalmente com a camisa do Corinthians, Edenílson hoje é uma das principais peças do Genoa na disputa do Campeonato Italiano, fazendo um pouco de tudo: ala-direito, ala-esquerdo, volante e até meia.



Edenílson foi para a Itália no início de 2014, comprado do Corinthians pela Udinese. Sem espaço nesta última, ficou encostado até julho, quando foi emprestado ao Genoa para a temporada 2014/2015. Após lutar nos últimos quatro anos contra o rebaixamento, a equipe do brasileiro agora briga, ponto a ponto, por uma vaga na Liga Europa.



Curiosamente, a Udinese está nas últimas posições do Italiano e, a duas rodadas do fim, ainda corre risco de rebaixamento. Em sua chegada ao futebol italiano, o destino parece ter jogado a favor de Edenílson. Mas essa não foi a primeira vez... Corinthians e Palmeiras que o digam!



Em entrevista ao LANCE!, o camisa 21 do Genoa falou sobre sua primeira temporada na Europa e explicou os motivos que o fazem se sentir em casa mesmo a 10 mil quilômetros de distância de Porto Alegre. Confira abaixo!



LANCE!:Sua chegada ao futebol italiano foi meio conturbada, não?

Edenílson: Coisas deram errado. Tinha um projeto de a Udinese me emprestar por seis meses porque não tinha mais vaga para estrangeiro. Quase fui para o Bologna. Chegou no último dia da janela e não se acertaram. Surgiu a possibilidade de voltar ao Corinthians por empréstimo de seis meses. No fim, não houve acerto, fui para o Brasil e fiquei quase dois meses, e depois voltei para a Udiniese e fiquei treinando.



No fim você se deu bem, né? Foi emprestado ao Genoa, que briga por vaga na Liga Europa, e "escapou" da Udinese, que luta contra o rebaixamento.



No fim, tudo está dando certo. Essa história toda me lembra da época em que saí do Caxias para o Corinthians, em 2011. Na época, o Palmeiras também estava interessado em me contratar. Aí fui para o Corinthians, onde fui campeão de tudo, Libertadores, Mundial. E o Palmeiras, no fim, foi rebaixado no ano seguinte. O Genoa faz uns anos que briga para não cair e este ano está na luta pela Europe League. A Udinese está na parte de baixo da tabela.





(Foto: Eduardo Viana/LANCE!Press)



E o tempo que ficou encostado, no primeiro semestre de 2014? Atrapalhou?

Esse tempo que fiquei treinando me ajudou bastante no quesito de adaptação. Quando cheguei ao Genoa, me adaptei rapidamente ao estilo do treinador, do clube, já tinha aprendido um pouco de italiano, tudo na Udinese.



Hoje já está totalmente adaptado ao futebol italiano?

Eu analiso como boa essa primeira passagem. O primeiro campeoanto é sempre difícil. Do Caxias para o Corinthians, teve a adaptação da Série C para a Série A, que é muito difícil. Aqui, mudei do Brasileiro para o Italiano, encontrei muitas dificuldades. No fim, hoje sou um dos seis, sete que mais jogou. Com certeza, a gente tem bastante jogadores importantes, mas eu fiz e faço meu trabalho bem feito. Aqui, a torcida também é bem parecida com a do Corinthians, bem apoiadora, participativa.



Seja no Corinthians, seja no Genoa, você sempre se destacou pela polivalência. Quão importante é isso para você?

É um diferencial, uma coisa muito boa no futebol moderno de hoje em dia. No Corinthians, por exemplo, na Libertadores e no Brasileiro de 2011, o Tite tinha de escolher os jogadores que levaria para o banco, pois havia poucas vagas. Eu sempre ia pela versatilidade. Isso é uma coisa muito boa para mim. Aqui no Genoa, atuo de lateral-esquerdo até, ala-esquerdo na verdade, porque jogamos no 3-5-2. Isso tem me ajudado aqui. Jogo mais de ala-direito, mas também fui volante e meia aqui.



Sua juventude também lhe exigiu ser polivante, né? Futebol, emprego, estudos... Tudo se mistutava...

Nasci em Porto Alegre, tenho três irmãos, e fomos criados pelos pais e avós. Nossa família é muito humilde, meus pais se mudaram do Paraná para o Rio Grande do Sul em busca de emprego. Estudei bastante até os 16, 17 anos. Com 17, já comecei a trabalhar como auxiliar de office-boy em uma clínica de oftalmologia. Eu não gostava muito do emprego, mas também nunca me interessei muito em fazer testes em clubes, só jogava nos campos de várzea. Fiquei sabendo que iria abrir peneira no setor de juniores do Guarani-RS e meu irmão, que chegou a jogar na base do Grêmio, me convidou. Resolvi sair do emprego e fazer este teste. Isso já com 18 anos.





(Foto: Divulgação/Genoacfc.it)



O fato de você ter entrado "tarde" no mundo da bola já chamou atenção de colegas de time?

Bastante. Quando cheguei ao Corinthians, o pessoal perguntava se eu tinha jogado campeonato de base, sido convocado para Seleção de base. Eu falava que não, que eu comecei tarde. Mas isso não me atrapalhou, viu? Às vezes, jogadores começam muito cedo e têm deslumbramento nessa vida, chegam com carrões nos treinos, acabam se perdendo um pouco. Tive minha fase assim também, mas foi bem menos do que jogadores normais. Isso me ajudou bastante, porque vivi outro lado antes de escolher o futebol. Tentei terminar os estudos, mas as concentrações lá do tempo de Guarani-RS atrapalharam. Aliás, ainda quero terminar os estudos. Parei no primeiro ano do colegial.



Sobre sua passagem pelo Corinthians, como foi se deparar com craques como Adriano, Liédson e Alex?

Na verdade, foi uma surpresa para mim. Eu não conhecia muito desse meio das estrelas do futebol. Esperava uma coisa totalmente diferente e pessoas mais fechadas, não dando tanta força para quem chegava. Mas quando cheguei, logo de cara, eu estava adaptado, brincando com o grupo inteiro. Isso ajuda bastante, tenho contato com quem joguei lá até hoje. Criamos amizade até hoje, grupo no WhatsApp, essas coisas. Hoje tenho mais contato com o Paulinho, que é padrinho do meu filho. Na época, éramos muito chegados. Já fui ver ele na Inglaterra, ele já veio aqui me visitar na Itália.



Além das amizades, acompanha os jogos do Corinthians?

Sempre que dá, estou acompanhando daqui. O horário é muito difícil, o fuso. Às vezes é madrugada aqui. No caso da eliminação para o Guaraní-PAR, na semana passada, a primeira coisa que eu fiz foi ver o celular quando acordei, para ver se tinha se classificado ou não. Não digo que a eliminação foi surpreendente, porque futebol é isso, 11 contra 11. Como perdeu a ida por 2 a 0... Mas estava torcendo para se classificar.



Nas folgas, como você faz para se divertir aí?

Tenho curtido bastante. A cidade aqui é uma praia, então é bem legal no verão. Mas no inverno não faz tanto frio. É perto de cidades boas, como Milão, Florença, até mesmo da França. Aproveito para passear bastante quando dá. Tem uma churrascaria perto da minha casa que estou sempre, como típico gaúcho. Nas horas vagas, me dedico ao meu filho. Já estou ensinando ele a jogar videogame. Meu filho já está na escolinha, apredendo italiano, bem fofo.



Tem planos de retornar ao Brasil?

É muito cedo para fazer planos. Procuro fazer planos quando acaba o Campeonato. Resolvendo o que é melhor para minha família. Por contrato, não há direito de compra da Genoa, então devo voltar para a Udiniese. Pela boa fase que vivo, eu escolheria ficar mais um tempo no Genoa, se tivesse que escolher entre os dois.



Tem preferência por algum clube?

É difícil. Minha prioridade é sempre o Corinthians, que é um time pelo o qual tive identificação grande, me abriu as portas para o futebol nacional. Seria até uma forma de gratidão. Mas como natural de Porto Alegre, também gostaria de jogar em Porto Alegre, perto da família.





(Foto: Alan Morici/LANCE!Press)









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