Parabéns, Palmeiras! Verdão inicia primeiro ano de um novo século de glórias

Foram 100 anos de persistência, 100 anos de resistência, 100 anos de excelência.



Persistiu logo em seu primeiro ano de vida, quando quase fechou as portas por destinar seus poucos recursos financeiros para a Cruz Vermelha Italiana durante a Primeira Guerra Mundial. Persistiu quando transformou sua sede num hospital provisório para cuidar das vítimas da Gripe Espanhola. Persistiu mesmo constantemente prejudicado pela arbitragem nos anos 20. Persistiu apesar de desprestigiado pela mídia, que menosprezava o time dos italianinhos que ousava desafiar as grandes potências aristocráticas da época.



E, graças à garra e à determinação do seu povo, o Palestra Italia não só seguiu sua caminhada como não parou de crescer. Da “loucura do século” ao adquirir o renomado Parque da Antarctica, passando Pazza Gioia de 1920, pelo bicampeonato de 1926/27 e pelos 8x0 no maior rival, à eternidade como o primeiro campeão profissional da cidade e o primeiro campeão interestadual da história.



Já a maior prova de resistência e bravura veio em meio à Segunda Guerra Mundial. Mesmo sofrendo todo tipo de perseguição e ameaça, o Palestra não se intimidou e, imponente, fez o adversário fugir de campo. Aquele mesmo adversário que poucos anos antes havia sido ajudado para não falir agora queria aproveitar a situação para nos extinguir e ficar com nosso patrimônio. Mas nos mantivemos em pé. De cabeça erguida. Trocamos o nome, as cores, mas não o espírito aguerrido e vencedor. E levantamos mais uma taça logo no primeiro jogo com o novo nome. Arrancada heroica!



Dali em diante, o Palmeiras alcançou a excelência no futebol. Faturou o primeiro Mundial Interclubes da história. Tornou-se o único clube a representar a seleção brasileira e vencer uma seleção de outro país. Encantou o planeta com as Academias. Consolidou-se como o maior vencedor de torneios nacionais. Conquistou a América. Foi coroado Campeão do Século XX por aqueles mesmos jornais que desprestigiavam o time dos italianinhos. Que agora não é mais só de italianinhos. É o Palmeiras dos italianos, dos brasileiros, dos portugueses, dos árabes, dos índios, dos brancos, dos negros, dos ricos, dos pobres. O Palmeiras do único estádio multiuso da América Latina totalmente construído sem dinheiro público.



Neste dia 26 de agosto de 2015, mais um ciclo se inicia.



E a força da família palmeirense, novamente, já deixou o caminho pavimentado. A camisa mais valiosa do Brasil, a maior média de público do campeonato, o programa de sócio-torcedor que mais cresce nas Américas...



É só o primeiro ano de um novo século de glórias.

Parabéns, Palmeiras!

Avanti, Palestra!