Na mesma medida em que destruiu a defesa do Cruzeiro na vitória alviverde por 3 a 2, nesta quarta-feira, a atuação praticamente perfeita de Gabriel Jesus desamarrou o ataque do Palmeiras, que já havia voltado a ser previsível. O 4-2-3-1, que Marcelo Oliveira aprecia, ontem foi deixado um pouco de lado.
A própria escolha pelo jovem de 18 anos teve uma boa dose de imprevisibilidade. Ele não começava jogando desde o empate em 2 a 2 com o Atlético-MG, em 9 de maio, na abertura do Campeonato Brasileiro. Foi sua terceira vez como titular, a primeira com Marcelo, e logo em um mata-mata fora do Allianz Parque.
Juventude à parte, o menino jogou como gente grande e foi a peça que faltava para mudar a cara do ataque. Quando o Palmeiras atacava, a movimentação era tamanha que não era possível determinar a disposição tática do time. Jesus aparecia como meia, como ponta e como centroavante. O mesmo se aplica a Dudu, que tem rendido muito mais quando deixa a beirada do campo e surge mais pelo meio. Robinho, que formou dupla de volantes com Andrei Girotto, por várias vezes inverteu com Zé Roberto e se apresentou como armador. Barrios, saindo bastante da área, completava o “carrossel” que fez o Palmeiras deixar tonta a zaga cruzeirense, sobretudo após a expulsão precoce de Bruno Rodrigo.
A linha de três atrás do centroavante estava lá, mas só quando o Verdão não tinha a bola: Dudu recompunha pela direita, Zé Roberto pelo meio e Gabriel Jesus pela esquerda.
Apesar dos gols sofridos, ambos em bobeiras defensivas, dessa vez o Verdão não deu o domínio absoluto do jogo ao rival, como vinha sendo. Ponto para o treinador. E o Cruzeiro preferiu trocá-lo por Luxa…
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