Saídas e mágoas: lista lembra treinadores que trocaram de clube

15/5/2014 09:03

Saídas e mágoas: lista lembra treinadores que trocaram de clube

Técnicos saem de uma equipe direto para outra em decisões que muitas vezes provocam rusgas e polêmicas; relembre casos famosos no futebol brasileiro

Saídas e mágoas: lista lembra treinadores que trocaram de clube

Gilson Kleina, demitido do Palmeiras



O treinador está lá, mergulhado na rotina de um clube, treinando a equipe diariamente, planejando os próximos passos no campeonato, e de repente o telefone toca.



Do outro lado, a voz da tentação: uma nova equipe disposta a contar por ele. E lá se vai o projeto... A saída de Ney Franco do Vitória para assumir o Flamengo não chega a ser novidade, em um processo que repetidas vezes deixa mágoas na torcida e portas fechadas no clube.



As trocas podem ter diferentes motivações. Geralmente, acontecem de um clube menos popular para outro com visibilidade maior - especialmente Rio de Janeiro e São Paulo. Mas há exceções, decorrentes de outros atrativos: qualidade de elenco, possibilidade de conquistas, até salários. Abaixo, relembre alguns casos.



1996: Nelsinho Baptista (do Inter para o Corinthians)



O Inter fazia campanha apenas regular no Brasileirão de 1996, mas a torcida se mostrava paciente com Nelsinho Baptista, a ponto de aplaudir o time mesmo após derrota de 2 a 1 para o Grêmio no Beira-Rio. Mesmo assim, o treinador pediu o boné depois do clássico, rompeu o vínculo com o clube gaúcho e foi para o Corinthians. Com o gesto, ganhou enorme antipatia da torcida colorada, que lotou o Beira-Rio para vaiá-lo 11 rodadas depois, quando o Inter, treinado por Figueroa, venceu os paulistas por 2 a 0.



2002: Vanderlei Luxemburgo (do Palmeiras para o Cruzeiro)



Vanderlei Luxemburgo tinha um projeto de renovação no Palmeiras, com mudança em peças importantes do elenco. Mas tudo terminou na primeira rodada do Brasileirão. Após empate por 1 a 1 com o Grêmio, o treinador aceitou ótima proposta do Cruzeiro e abandonou o barco alviverde. Ainda hoje é apontado por muitos torcedores como maior responsável pelo rebaixamento do Verdão naquele ano. Na temporada seguinte, foi campeão estadual, brasileiro e da Copa do Brasil com a Raposa.



2003: Geninho (do Atlético-MG para o Corinthians)



No início da temporada, enquanto preparava o time para as disputas que se avizinhavam, Geninho recebeu proposta do Corinthians e deixou o Atlético-MG. Causou ira na diretoria atleticana. Foi chamado de "antiético, antiprofissional e mau caráter" pelo presidente Alexandre Kalil. Argumentou que sua decisão não era influenciada por dinheiro, mas sim pela chance de projeção que teria no Corinthians, que naquele ano disputava a Libertadores. O Timão, porém, parou nas oitavas de final do torneio, e Geninho logo saiu - antes, foi campeão paulista. Retornou ao Atlético-MG em 2008.



2003: Nelsinho Baptista (do Flamengo para o São Caetano)



Nelsinho Baptista parece não ver problemas em interromper projetos no meio. Em 2003, deixou o Flamengo após menos de quatro meses no clube, depois de derrota em casa para o Fortaleza, e foi para o São Caetano, onde ficou por apenas três jogos. Pediu demissão também do Azulão e então zarpou para o Japão.



2005: Mano Menezes (do Caxias para o Grêmio)



Diretoria e torcida do Caxias estavam encantadas com o jovem Mano Menezes naquele início de 2005. O treinador já acumulava bons trabalhos, especialmente no 15 de Campo Bom, e dava todos os sinais de que repetiria a dose na equipe grená. Até o Grêmio assediá-lo. Afundado na Série B, com um elenco muito fraco e sem expectativas com De León como técnico, a diretoria tricolor resolveu apostar na novidade e fechou com Mano. A torcida do Caxias, revoltada, jogou moedas no treinador e chegou a criar cédulas com o rosto dele quando ele retornou ao Centenário como comandante tricolor - acusando-o de mercenário.



2006: Ney Franco (do Ipatinga para o Flamengo)



No Ipatinga, Ney Franco ganhou o Campeonato Mineiro de 2005, foi vice no ano seguinte e chegou até as semifinais da Copa do Brasil. Os resultados chamaram a atenção do Flamengo, e o treinador trocou uma equipe do interior de Minas pelo clube mais popular do Brasil. Já em seu primeiro ano na Gávea, ganhou a Copa do Brasil (veja no vídeo ao lado). Deixou o cargo no ano seguinte. Retorna agora, buscado pela diretoria rubro-negra novamente quando estava empregado - desta vez no Vitória.





2007: Alexandre Gallo (do Sport para o Inter)



O título estadual de 2007 e o bom rendimento do Sport fizeram crescer o assédio sobre Alexandre Gallo. Com a saída de Abel Braga, o Inter decidiu investir no novo treinador, que abandonou o Leão para fechar com o Colorado e irritou boa parte da torcida rubro-negra. No Sul, ganhou a Recopa, mas não conseguiu fazer o time campeão mundial do ano anterior render bem e logo foi demitido - para o retorno justamente de Abel. Sua relação com o Sport nunca mais foi a mesma, e ele até voltou a trabalhar no Recife, mas como comandante do Náutico, em 2012-2013.



2008: Caio Júnior (do Goiás para o Flamengo)



Caio Júnior, no comando do Goiás, foi convidado para treinar o Flamengo antes mesmo da decisão do Campeonato Goiano, mas só confirmou sua saída depois de perder o título estadual para o Itumbiara, com derrota de 3 a 0 no Serra Dourada. Foi ao Rubro-Negro para substituir Joel Santana, convidado para treinar a seleção da África do Sul. No Maracanã, assistiu à despedida de seu antecessor. E presenciou uma das maiores tragédias da história recente do Fla - a derrota de 3 a 0 para o América do México pela Libertadores.



2009: Estevam Soares (do Barueri para o Botafogo)



O Barueri fazia grande campanha no Brasileirão. Era o sexto colocado, bem melhor do que o Botafogo, em 15º, se debatendo contra o rebaixamento. Mesmo assim, em agosto, Estevam Soares foi seduzido pela chance de comandar um clube de projeção muito maior e abandonou a equipe paulista. Acabou ajudando a evitar a queda do Alvinegro, que terminou o campeonato justamente em 15º. O Barueri, para onde Estevam voltou em 2012, ficou em décimo.



2010: Celso Roth (do Vasco para o Inter)



Em meio à pausa da Copa do Mundo, Celso Roth preparava o Vasco para o Campeonato Brasileiro depois de comandar o clube em apenas cinco jogos. E aí foi convidado para treinar o Inter. Detalhe: os gaúchos estavam nas semifinais da Libertadores.



O treinador não resistiu ao assédio. Diante da chance de conquistar o maior título da carreira, rescindiu o contrato unilateralmente com o clube cruz-maltino, rumou para o Beira-Rio e foi campeão continental - depois, caiu nas semifinais do Mundial. Em São Januário, Dedé disse que ficou sabendo da mudança pela imprensa, e Cristóvão Borges, então interino, afirmou que não achava normal a atitude.



2010: Paulo César Carpegiani (do Atlético-PR para o São Paulo)



Paulo César Carpegiani assumiu o Atlético-PR para evitar o rebaixamento e levou o time até o quinto lugar na tabela. Mas a lua de mel foi interrompida por uma proposta do São Paulo, que vinha usando Sérgio Baresi, interino, substituto de Ricardo Gomes. O treinador pediu demissão do Furacão e migrou para o Morumbi. Publicamente, a diretoria rubro-negra foi amena nas críticas, mas internamente ficou irritada com a saída do técnico e com o gesto do São Paulo.



2012: Joel Santana (do Bahia para o Flamengo)



Depois da melhor atuação do Bahia no ano, a vitória de 3 a 2 sobre o Feirense, Joel Santana se reuniu com a diretoria tricolor e comunicou seu pedido de demissão. Motivo: uma proposta para ser o substituto de Vanderlei Luxemburgo no Flamengo. No novo clube, durou até a 11ª rodada do Brasileiro, quando foi demitido - depois de cair na fase de grupos da Libertadores e não ganhar o Carioca. Retornou ao Bahia na temporada seguinte e afirmou que se arrependia da troca feita no ano anterior.



2012: Gilson Kleina (da Ponte Preta para o Palmeiras)



Em setembro de 2012, desesperado na luta contra o rebaixamento, o Palmeiras fez uma proposta para Gilson Kleina, treinador da Ponte Preta. O técnico se reuniu com a diretoria da Macaca e acertou sua saída. Em seguida, foi anunciado como comandante alviverde. Não conseguiu manter o clube na Série A, mas foi campeão da Segundona no ano seguinte e garantiu o retorno à elite. Acabou demitido na semana passada.



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