Conselho Deliberativo aprovou suspensão de um ano ao ex-presidente alviverde
Presidente do Palmeiras em 2009 e 2010, Luiz Gonzaga Belluzzo não aceitou a suspensão de um ano imposta pelo Conselho Deliberativo. Ao Blog, o dirigente admitiu irritação com a punição, que considera política. “Não gostam de quem faz as coisas pelo bem do clube”, defende-se, se lembrando de que foi ele que alinhavou a construção do Allianz Parque e conduziu a chegada da Parmalat.
BLOG_ Como o senhor recebeu a notícia de que não poderá mais frequentar o clube pelos próximos 365 dias?
LUIZ GONZAGA BELLUZZO_ Eu já esperava. Tanto é que preferi nem ir à reunião para não me irritar com as pessoas que estão sendo massa de uma manobra política. Trata-se da popular vendeta, ou vingança.
De quem?
Do Mustafá (Contursi). Ele tem uma diferença patológica contra mim. Mas estou entrando com uma ação hoje (ontem) na esfera judicial. Não vou deixar passar essa injustiça.
O senhor teve as contas reprovadas em 2010 e a Comissão de Sindicância responsável por apurar as supostas irregularidades alega que sua gestão antecipou cotas, gastou muito com Valdivia e usou verbas futuras, entre outras coisas. O que tem a dizer?
Há uma série de irregularidades nessa sindicância, a começar pelo fato de o prazo ter prescrito. Depois, rebati ponto por ponto todas as acusações. A verdade é que não gostam de quem faz as coisas pelo bem do clube. Vale ressaltar que fui eu quem levou a Parmalat ao Palmeiras e fui o responsável pela negociação que resultou no Allianz Parque.
O quanto a punição o atinge no dia a dia?
Não frequento o clube há mais de cinco anos. E estive apenas duas vezes no estádio, uma no jogo do Palmeiras contra o Atlético-PR e outra no amistoso da seleção contra o México.
Mas o senhor teve papel importante na construção do estádio. Por que não esteve na abertura do Allianz Parque?
Porque não fui convidado. Hoje, o estádio é o grande orgulho do torcedor. E o acordo com a Parmalat, na década de 1990, também rendeu muitas alegrias. A empresa havia me procurado para comprar o Paulista. Não deixei e indiquei a parceria com o Palmeiras.
Arrepende-se de ter sido presidente, depois de todos esses problemas políticos?
Não me arrependo nem um pouco. Isso seria como se eu me arrependesse de ser palmeirense, algo que não existe.
O senhor falou em manobra política para justificar a suspensão. Não fica o sentimento de tristeza? Frustração?
Não fico triste com essas coisas. A única situação que realmente me deixa triste, atualmente, é quando o Palmeiras perde.
3174 visitas - Fonte: Blog do Jorge Nicola