Chegada de Gareca ao Palmeiras motiva técnico do Corinthians

Mano Menezes crê que presença do treinador argentino no Campeonato Brasileiro fará com que colegas de profissão se atualizem e tenham mais cuidado com o Verdão

O argentino Gareca foi elogiado por Mano Menezes (Foto: Arquivo LANCE!)



Não são só os palmeirenses que ficaram satisfeitos com a chegada de Ricardo Gareca. Técnico do rival Corinthians, Mano Menezes se mostrou empolgado com a presença do argentino no Campeonato Brasileiro e acredita que os métodos de trabalho do comandante do Verdão trarão benefícios aos colegas de profissão.



- Vejo com bons olhos. Esse intercâmbio só vai fazer a gente crescer. Vai afirmar algumas ideias e descobrir problemas. Como o Seedorf veio como jogador (no Botafogo), botou o dedo na ferida e as pessoas não gostaram.



Nós já fazemos isso, mas como é de fora e com sotaque diferente vão acreditar. As questões táticas diferentes vão nos obrigar a analisar melhor quando enfrentá-lo - opinou o corintiano.



Perguntado sobre quais fatores teriam atraído Gareca para o futebol brasileiro, Mano não vê a Copa do Mundo como um diferencial, mas sim o potencial financeiro apresentado pelos clubes brasileiros nos últimos anos. Apesar disso, a realidade dos torneios nacionais podem frustrar as expectativas dos estrangeiros.



- Os profissionais querem trabalhar aqui porque pagamos melhor, é o maior atrativo. Embora as pessoas não tenham a nocação clara do que vivemos. O Simeone (técnico do Atlético de Madri-ESP) disse que gostaria de trabalhar no Brasil porque os jogos são sempre em estádios lotados e isso é muito bom.



Só que alguém precisa dizer para ele que isso mudou nos últimos anos - ressaltou Mano, que pediu a colaboração de jogadores, técnicos, dirigentes e até da imprensa para melhorar o esporte no Brasil.



- É importante dizer que os problemas que temos não são só dos dirigentes. São de todos segmentos inclusive da imprensa. Quando o futebol está bem, acreditamos que somos parte responsável, mas precisamos saber que também somos quando está mal. Não penso que a Copa vai mudar nossa realidade - disse.