Hoje desempregado, ex-Palmeiras já entortou Cristiano Ronaldo e foi xingado: 'Vai se f..., pá'

25/7/2016 09:00

Hoje desempregado, ex-Palmeiras já entortou Cristiano Ronaldo e foi xingado: 'Vai se f..., pá'

Hoje desempregado, ex-Palmeiras já entortou Cristiano Ronaldo e foi xingado: 'Vai se f..., pá'

Muitos defensores por todo o mundo podem contar dribles humilhantes que já levaram do craque Cristiano Ronaldo. Porém, poucos podem dizer que já "entortaram" o craque português com jogadas de habilidade, deixando CR7 furioso na sequência. O brasileiro Alex Sandro Mendonça dos Santos aparece neste segundo grupo seleto.



Trata-se do lateral direito Cicinho, de boas passagens por Palmeiras, entre 2011 e 2012 (conquistando uma Copa do Brasil no período), e Santo André, entre 2008 e 2010. Ele atuou por três anos pelo Sevilla, da Espanha, entre 2012 e 2015, e viveu alguns grandes momentos.



O que ele conta com mais carinho aconteceu em 15 de setembro de 2012, em uma vitória por 1 a 0 sobre o poderoso Real Madrid, pelo Campeonato Espanhol. Na ocasião, o brasileiro era titular absoluto do clube andaluz, e ganhou fama mundial aos 27 minutos do segundo tempo.



"Eu sempre gostei do Garrincha e de tudo o que ele fazia em campo. Ele 'entortava' os caras com a bola parada no tempo dele, e eu ví muitos vídeos dele em ação. Estávamos ganhando de 1 a 0 do Real e eu estava jogando bem. Aí o Cristiano parou na minha frente, eu levei a bola para a lateral e pensei: 'Agora vou fazer esse cara dançar (risos)'", conta Cicinho, em entrevista exclusiva ao ESPN.com.br.



"Falei comigo mesmo: 'Vou fazer uma coisa para aparecer para o mundo todo'. Daí fiz o drible do Garrincha uma vez e depois uma segunda, saiu naturalmente. Ele foi em cima, fez a falta e reclamou que eu me joguei. Depois ficou bravo comigo: (imita sotaque português) 'Vai se f..., pá. Vai se f...' (risos)", diverte-se.



Quatro anos depois, Cicinho lembra que o lance "bombou" mundialmente.



"Consegui repercussão mundial depois disso, até porque antes do jogo saiu uma matéria no jornal falando que eu já tinha marcado o Neymar no Brasil e iria marcar o Cristiano Ronaldo na Europa. As pessoas vieram babando em cima de mim, elogiando, e isso só gerou coisas positivas para mim", relata o ala, hoje com 29 anos.



"Às vezes o pessoal esquece, fala só do lance do Cristiano, mas eu fiz 90 minutos bons naquele dia. É que eu fiz uma graça para cima de um ídolo mundial, aí acabou ficando marcado. Mas esse lance mudou muito minha carreira", recorda.



Pelo Sevilla, o lateral direito foi campeão da Liga Europa 2013/14. Além disso, guardou amizade com grandes nomes que passaram pelo clube alvirrubro nos últimos anos.



"Joguei com várias feras: Rakitic, Jesus Navas, Bacca, Denis Suárez... Eu colocava um sambão para todos eles no vestiário, eles gostavam. Era bem engraçado, porque ficavam todos atrapalhados na hora de dançar. Era uma risada só", diverte-se Cicinho, que também se lembra bem de outra grande atuação sua pelo Sevilla.



"Teve um jogo contra o Mallorca que me marcou demais. No primeiro tempo, viramos perdendo e eu estava jogando mal demais. Tomei muito 'xingo' do técnico no intervalo e voltei ligado. Aí dei uma assistência, fiz um gol e nós ganhamos de virada por 3 a 2", relembra.



De acordo com o brasileiro, suas boas atuações chamaram a atenção do Milan, que por pouco não o contratou. No entanto, uma lesão sofrida na última partida da temporada 2012/13, que o deixou afastado dos gramados por quase oito meses, acabou "melando" a transferência para o gigante italiano, e ele permaneceu no Sevilla.





Cicinho em ação contra o Barcelona



"Fiz uma temporada excelente, mas dei o azar de machucar no último jogo do Espanhol. Foi muito complicado, eu estava conversando com o Milan, ia melhorar ainda mais minha vida. O Sevilla não me ajudou muito na recuperação. Eu demorei oito meses para voltar, e, quando retornei, o técnico não era mais o mesmo. O novo não quis me dar oportunidades e eu fiquei bem chateado. Antes eu estava muito bem, queria ao menos um jogo para mostrar que eu tinha voltado bem, mas não teve jeito", reclama.



Em 2015, Cicinho passou por empréstimo pelo Numancia, no qual fez sucesso, e resolveu depois voltar ao Bahia. Atrapalhado por lesões, acabou não se firmando em Salvador e deixou o clube. Atualmente, está sem clube e aguardando uma proposta.



"Estou livre depois do fim do meu contrato com o Bahia. Estou sem lesão, fisicamente muito bem e preparado para voltar com tudo. Meus empresários estão negociando um clube novo para mim, deve pintar algo na Europa. Queremos aproveitar a janela de transferências. Eu estou bem tranquilo e fisicamente 100%", garante.



Origem do apelido



Alex Sandro vem de família boleira. Seu irmão também vive do esporte, mas nas quadras. Trata-se do ala Cabreúva, um dos melhores jogadores de futsal do país, que atualmente defende a poderosa Intelli/Orlândia e a seleção brasileira.



Quando criança, queria ter sido skatista, mas acabou virando jogador.



"Quando eu era moleque, nem sabia o que era chutar bola. Meu irmão que sempre foi fanático, eu queria na verdade ser skatista. Ele sempre me arrastava para os testes que ele ia. Quando acabava reprovado, voltava para casa chorando, mas eu pegava meu skate e ia dar volta na praça. Não ficava triste, não (risos)", brinca.



Um dia, porém, acabou entrando em um amistoso no aniversário da cidade de Cabreúva, interior de São Paulo, contra o Paulista de Jundiaí e agradou.



"Eu ia começar a trabalhar em uma empresa no dia seguinte, fui mais para brincar. Joguei solto e só fiz jogadas de efeito. Nunca tinha atuado por clube nenhum. Daí os treinadores viram e me chamaram para jogar. Perguntei quanto iam me pagar, porque o emprego que eu tinha arrumado dava um salário legalzinho. Falaram que não era muito, davam uma ajuda de custo, mas eu resolvi arriscar. Acabou dando certo", conta.





Cicinho em ação pelo Santo André



No Capivariano, sua segunda equipe na base, ganhou o apelido que lhe acompanha até hoje, em homenagem ao também lateral Cicinho, ex-São Paulo e Real Madrid.



"Um dia, fiz um gol muito parecido com o do Cicinho contra o Palmeiras na Libertadores de 2005, um 'canudo' na gaveta. Daí um amigo de infância falou que era gol igual ao do Cicinho, ficou me chamando de Cicinho. Eu tentei tirar, mas sabe como é quando apelido pega, não tem jeito (risos)", gargalha.



O ala passou ainda por Oswaldo Cruz, Araçatuba e Ferroviária antes de se profissionalizar no Ituano, em 2006. Ainda passou pelo Oeste antes de surgir para o Brasil durante sua passagem pelo Santo André, entre 2008 e 2010, quando foi vice-campeão do Paulistão-2010, perdendo em uma final muito equilibrada para o forte time do Santos de Neymar, Robinho e Paulo Henrique Ganso.



"No Santo André eu fui muito bem. Nunca esqueço a primeira vez que joguei contra time grande na carreira. Foi um empate por 1 a 1 com o Corinthians, no Bruno José Daniel lotado. Daquela nossa geração, vários caras se deram bem: Ricardo Goulart, Júnior Urso, Júnior Dutra... Era uma safra muito boa", elogia.



Campeão no Palmeiras



Enquanto jogava pelo Santo André, Cicinho chamou a atenção de Cruzeiro e Santos, mas o time do ABC não quis vendê-lo. No entanto, a equipe da grande São Paulo, com dificuldades financeiras, acabou perdendo o atleta de graça. O lateral acabou indo para o Palmeiras, mas por muito pouco não foi parar no rival São Paulo, segundo ele conta.





Cicinho em ação pelo Palmeiras, em 2012



"Consegui a liberação do Santo André por salários atrasados e fui assinar com o Palmeiras, mas aí o São Paulo veio atrás de mim também. O Milton Cruz me ligou um dia antes de eu me apresentar. Aí eu agradeci, mas disse que tinha dado minha palavra ao Palmeiras, e assinei mesmo no Palestra. Foi uma escolha muito boa, pois fui feliz demais lá", celebra.



Logo em sua estreia, um jogo de Campeonato Paulista contra o Ituano, o ala já deixou ótima impressão, o que o tornaria titular absoluto com o técnico Luiz Felipe Scolari.



"As pernas tremiam antes do jogo, mas eu não podia deixar a chance escapar. Fui para o Palmeiras ganhando pouco, um tanto mais que no Santo André, e aquela era minha chance de aparecer para o futebol, precisava mostrar serviço de qualquer jeito", lembra.



"Eu estava morrendo de medo de errar, mas todo mundo me tranquilizou. No primeiro tempo, já sofri um pênalti e o Kleber marcou. Aí me soltei e fui para cima toda hora, joguei bem. O Felipão me tirou faltando 10 minutos e o estádio inteiro me aplaudiu. Isso me arrepia até hoje só de lembrar. Nunca tinha visto tanta televisão na minha vida depois do jogo. Dei entrevista até cansar (risos)", sorri o lateral direito.



Dos tempos de Palestra Itália, guardou amizade especial com o goleiro Marcos.



"Aquele nosso elenco era muito bacana, vários caras engraçados, mas conhecer e conviver com o Marcão foi especial. Eu falava para ele: 'Você é meu ídolo, melhor goleiro do mundo, quer que eu engraxe sua chuteira?', e ele mandava: 'Cala a boca, Cicinho, sou um cara normal'. E eu continuava: 'É nada, pô! Você é o 'São Marcos', e eu sempre fui sem fã!'; A gente brincava muito e ele me dava vários conselhos. É um cara que merece tudo de bom que conquistou na vida", emociona-se.



Em sua passagem de um ano e meio pelo Palmeiras, Cicinho teve como grande momento a conquista da Copa do Brasil. O jogo em que foi mais decisivo foi contra o Grêmio, na ida da semifinal, no estádio Olímpico, em Porto Alegre.





Cicinho foi vendido do Palmeiras para o Sevilla em 2012



"Aquela vitória por 2 a 0 no Sul foi marcante. Eu entrei no segundo tempo e, na minha segunda jogada, enfiei para o Mazinho fazer nosso primeiro gol. Depois, na coletiva, fiz uma brincadeira e os caras entenderam mal! Falei, de 'zoeira', que já via a gente na final. Depois, no jogo de volta, os caras do Grêmio queriam me bater de qualquer jeito. Teve um lance que vieram três ao mesmo tempo (risos)! Pedi para o Thiago Heleno ficar do meu lado para eu não apanhar, porque ele era gigante (risos)", revela.



A conquista veio em cima do Coritiba, e acabou tirando o Palmeiras de um longo jejum de títulos importantes. Pouco depois da partida, Cicinho acabaria vendido ao Sevilla.



"O título da Copa do Brasil foi especial demais, maravilhoso, desfilar na rua sendo aplaudido pela torcida. Parecia que eu era um rei (risos). Eu pensava: 'Como é incrível jogar em um time grande como o Palmeiras e dar alegria para tanta gente'", encerra.



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merece ou chance joga de mais

grupo do palmeiras que quiser entra chama 4497605176

Impressionante....aqui só fala de grandes Jogadores, será um dia também contrata!!??

Não seria má idéia tentar traze-lo assim como Keirrison que foi tirado prematuramente daqui e que aos poucos está voltando a desempenhar bom futebol

tem história e merece jogar novamente no Palmeiras é muito bom esse cicinho

verdade joga mesmo.

Melhor que o Fabiano e o João Pedro até um cara com uma perna só joga mais.

contratá o Cicinho de volta o cara joga muito , melhor do que João Pedro e Fabiano juntos !!

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