Allione é último jogador 'propriedade' de Nobre a deixar Palmeiras; veja onde estão

Allione, Mendieta, Tobio, Mouche, Cristaldo e Leandro: 'propriedades' de Paulo Nobre



Nesta quarta-feira, o Palmeiras acertou o empréstimo por um ano do meia Allione para o Bahia. Com isso, deixa a equipe do Palestra Itália o último dos atletas que são "propriedade" do ex-presidente Paulo Nobre, já que o cartola detém os direitos dos jogadores através de uma empresa parceira.



Ao todo, seis jogadores têm ou tiveram direitos federativos vinculados a Nobre: os atacantes Leandro, Cristaldo e Mouche, os meias Mendieta e Alline e o zagueiro Tobio. Eles foram repassados pelo Palmeiras para abater em R$ 43 milhões a dívida da agremiação com o dirigente.



Também ficou acordado que o lucro em qualquer transferência ficaria nos cofres do Palmeiras, enquanto Nobre arcaria com o prejuízo caso a venda saísse por um valor menor que o investido.



Os jogadores "propriedade" do ex-presidente tiveram destinos dos mais variados. O único que de fato fez algum sucesso em campo no Palmeiras foi Cristaldo, xodó da torcida, que teve boa participação no título da Copa do Brasil 2015 e também ganhou medalha pelo Brasileirão 2016.



Sua transferência, porém, deu prejuízo: ele custou 3,5 milhões de euros (R$ 11,8 milhões, na cotação atual) para vir do Metalist-UCR, sendo negociado no ano passado com o Cruz Azul-MEX por 2,82 milhões de euros (R$ 9,5 milhões).



Recentemente, o Cruz Azul revendeu "Churry" ao Monterrey, também do México.



ONDE ESTÃO OS OUTROS?



MENDIETA



Contratado em 2013 pelo Palmeiras do Libertad-PAR por 1,2 milhões de euros (cerca de R$ 4 milhões, na cotação atual), Mendieta jamais lembrou no Palestra Itália o jogador que costumava encantar na Libertadores.



Após muitas lesões e pouco brilho, foi emprestado ao gigante Olímpia-PAR em 2015, sendo reemprestado em 2016. Nesta semana, a equipe de Assunção adquiriu o jogador em definitivo por um valor não revelado, firmando por três anos.



Agora, Paulo Nobre, que pagou do próprio bolso pelo jogador, será ressarcido com os valores da venda, enquanto o lucro alcançado na operação fica com o clube.



TOBIO



Foi contratado em 2014 pelo Palmeiras do Vélez por uma "barganha" na época: R$ 1,5 milhão com luvas e comissões. Outro jogador que jamais repercutiu no clube alviverde as boas atuações que tinha no tempo de futebol argentino.



De 2015 em diante, jogou emprestado no Boca Juniors, da Argentina, mas não chegou a ser adquirido em definitivo pelo clube de Buenos Aires, que teria que investir aproximadamente R$ 9 milhões para contratá-lo.



No momento, o Palmeiras tenta negociar o zagueiro. O Shanghai Shenhua, da China, que recentemente contratou Carlitos Tevez, estuda ficar com Tobio.



MOUCHE



Contratado também em 2014 por quase 3 milhões de euros (R$ 10,1 milhões) do Kayserispor-TUR, o atacante chegou com pompa por sua boa passagem pelo Boca Juniors, mas foi outro que não vingou no Brasil.



Em 2016, atuou por empréstimo no Lanús-ARG, enquanto na última temporada o atleta foi novamente emprestado, desta vez para o Estrela Vermelha-SER.



Agora, os alviverdes tentam negociar o argentino em definitivo. No final do ano passado, o Vasco apareceu como interessado, mas desistiu. Segundo o próprio Mouche, ele não irá mais atuar pelo Palmeiras e negocia com clubes de seu país.



LEANDRO



Inicialmente emprestado pelo Grêmio, em 2013, foi contratado depois em definitivo pelo Palmeiras, pagando 5 milhões de euros (R$ 16,85 milhões). Viveu altos e baixos no Palestra Itália, chegando até a seleção brasileira, mas depois ficando encostado.



Em 2015, foi emprestado ao Santos, e, no ano passado, disputou o Campeonato Brasileiro pelo Coritiba. Chegou até a fazer um gol em cima do Palmeiras em um empate por 2 a 2 no Couto Pereira, já nos acréscimos do duelo.



Atualmente, o time do Palestra Itália tenta emprestar o atacante ao Kashima Antlers, vice-campeão do Mundial de Clubes. Para isso, teria que renovar mais um ano com o jogador de 23 anos, já que seu contrato acabou em dezembro de 2016.