Filho de uruguaios, Chico revela torcida dividida dentro de casa

Chico será mais um torcedor Uruguaio no confronto de amanhã, contra a Inglaterra pelo Grupo D da Copa do Mundo



O elenco do Palmeiras conta atualmente com quatro estrangeiros: dois uruguaios, um chileno e um paraguaio.



Porém, além dos atletas nascidos em outro país, há outro caso de jogador que torce por uma equipe diferente da Seleção Brasileira na Copa do Mundo.



Trata-se do atacante Chico, que, filho de pais nascidos no Uruguai, divide a atenção no Mundial entre os jogos do time de Luiz Felipe Scolari e a Celeste.



“É sempre bem dividido na minha casa. O Brasil estreou na Copa do Mundo primeiro, e todo mundo torceu, mas, no dia do Uruguai, todos tinham quer ser Celeste. Comigo não foi diferente. Acho que está no sangue.



Levei meus amigos para assistir em casa, torcemos, mas pena que a vitória não veio. O importante é que estávamos lá e torcemos até o final. Sei que o Uruguai está em um grupo muito difícil, complicado para passar, mas vamos torcer até onde der”, falou o dono da camisa 49 do Verdão, que viu a Costa Rica vencer por 3 a 1 o país de seus pais.



Apesar de não contar com o confronto entre os dois países, o atacante diz que seria uma boa oportunidade para a Seleção se vingar do Uruguai por 1950, quando, na primeira vez que o Brasil sediou um Mundial, a Celeste venceu a final da Copa do Mundo em pleno Maracanã.



“Estava conversando com meu pai sobre isso e falei que, caso dê Uruguai e Brasil na final, vou torcer pelo Brasil por causa de 1950, para que seja a revanche. Mas se o nosso país não chegar e o Uruguai conseguir, que é muito difícil, vou torcer para eles”, falou.



Oriundo das categorias de base do Palmeiras, Chico jogou duas partidas como jogador profissional do clube. Na última temporada e durante o campeonato estadual deste ano, o jogador foi emprestado para o Santo André.



O atacante, muito rápido e dedicado dentro de campo, garante que algumas de suas principais características nos gramados também são influenciadas pelo sangue uruguaio que corre em suas veias.



“A raça e a vontade fazem parte das minhas características. Sou um jogador aguerrido, que busca sempre o jogo, então, também por ter pais uruguaios, tenho isso dentro de campo e é o meu estilo de jogo. Me ajuda bastante e, graças a Deus, nos últimos tempos tenho melhorado, me dedicando e conquistando o meu espaço”, comemorou.



O Uruguai volta a campo na tarde desta quinta-feira (19), às 16h, na Arena São Paulo, contra a Inglaterra. A Celeste deve ter o retorno do atacante Luis Suárez, um dos ídolos do jogador palestrino. “É um atacante que dispensa elogios, que admiro bastante e gosto de ver jogar”, concluiu.