LUTO! Eterno ídolo palestrino, Oberdan Cattani morre aos 95 anos de idade

21/6/2014 00:32

LUTO! Eterno ídolo palestrino, Oberdan Cattani morre aos 95 anos de idade

LUTO! Eterno ídolo palestrino, Oberdan Cattani morre aos 95 anos de idade

Um dos maiores palmeirenses de todos os tempos, Oberdan Cattani faleceu nesta sexta-feira (20), às 23h15, na capital paulista, aos 95 anos. Ainda não há informações sobre a causa da morte e o velório do ídolo, que era o último remanescente da época em que o clube ainda se chamava Palestra Italia.



Eternizado na memória da torcida palmeirense, o ex-goleiro,em breve, ficará também imortalizado com um busto nas alamedas da sede social alviverde. A homenagem é uma forma de reconhecimento e agradecimento pelos 14 anos dedicados ao clube nos gramados, e aos 95 anos de vida e amor à camisa que tanto honrou.



Até o momento, somente três atletas do Palmeiras estão perpetuados com um busto: Waldemar Fiume, Junqueira e Ademir da Guia – uma homenagem ao ex-goleiro Marcos também está em fase de produção. “Estou emocionado, pois foram 14 anos de Palestra Italia e Palmeiras. Receber um busto me deixa muito feliz porque é uma consideração pelo que fiz por este clube. Aqui é minha casa! A diretora está reconhecendo meu trabalho e isso me deixa emocionado”, declarou o ídolo à época da aprovação do busto, no fim de 2013.



Oberdan defendeu as cores do Palestra Italia/Palmeiras por 351 partidas, figurando até hoje entre os jogadores que mais atuaram pelo clube. “Lenda não se discute, reverencia-se. Oberdan foi emprestado ao Juventus por um ano, voltou ao Palmeiras, e nessa volta não jogou mais. Mas voltou como contratado, aqui encerrou a carreira. Não existe no estatuto nada que diga que quem jogou contra o Palmeiras não possa ter busto. Para muita gente, principalmente entre os torcedores mais veteranos, Oberdan Cattani é sinônimo de goleiro”, explica Jota Christianini, atual diretor de história e do acervo histórico do Palmeiras.

Confira as fotos do acervo pessoal de Oberdan Cattani:

[album]



Infância



Oberdan Cattani nasceu em Sorocaba (SP) em uma data muito comemorada pelos palmeirenses: o emblemático 12 de junho – porém, de 1919. Órfão de pai aos dez anos, Oberdan vivia com a mãe e sete irmãos em uma casa simples no interior. A vida sofrida o obrigou a trabalhar desde cedo, mas também abriu as portas para que pudesse se tornar atleta. O goleiro descobriu sua vocação para o esporte ainda garoto, quando participava de eventos esportivos na cidade. Pelo porte físico, Cattani se destacava no atletismo, salto em atura, salto em distância e, claro, no futebol.



Ainda menino, o futuro goleiro dedicava boa parte de seu tempo ao trabalho de entregador de jornais – ele entregava em domicílio e era pago por unidade (por isso, corria mais do que podia ao cantar do galo). O esforço físico exigido pelo seu dia a dia lhe rendeu um bom condicionamento físico, o que lhe ajudou bastante ao longo da carreira como jogador profissional.



De caminhoneiro a jogador



Aos 17 anos, em 1936, o goleiro do Palestra Italia começou a trabalhar como motorista de caminhão. Sua principal função era transportar alimentos de Sorocaba a São Paulo para abastecer o Mercadão. Durante suas passagens pela capital paulista, Oberdan parava para assistir aos treinos do clube esmeraldino. Em uma destas viagens, em 1940, os caminhos do Palestra Italia e de Oberdan Cattani se cruzaram pela primeira vez.



Por intermédio de seu irmão Athos Catani, Oberdan fez um teste no Palestra e foi o único aprovado dentre 15 candidatos à meta palestrina. Naquela ocasião, o jovem goleiro surpreendeu até mesmo o treinador Caetano de Domenico – italiano nato que também respondia pela formação do segundo quadro palestrino (uma espécie de segundo time do Palestra Italia).



Oberdan foi o último atleta a ser avaliado, mas sua desenvoltura surpreendeu a todos. Para testá-lo, o treinador italiano arremessou a bola com força, no ângulo, e viu Oberdan agarrá-la com uma mão só. Em seguida, o treinador jogou a bola no outro ângulo... E Oberdan repetiu o feito. Empolgado, o italiano gritava: “Vá lá, ragazzo!”.



No mesmo dia, Oberdan permaneceu no clube para o treinamento. Os “rachões” entre o primeiro e o segundo quadro eram muito comuns – na ocasião, o time de Oberdan (segundo quadro) jogou contra o time principal e perdeu de 3 a 0. Oberdan, porém, foi o destaque da partida. Por três dias o goleiro permaneceu na capital aguardando ansiosamente o contato de algum membro da diretoria, mas ninguém se manifestou. Aparentemente esquecido, Cattani retornou ao interior e deu sequência à sua vida normalmente.



Àquela altura, Oberdan já havia atuado como goleiro pelo Fortaleza (time de pequena expressão de Sorocaba) e também pelo São Bento, da mesma cidade. Além disso, o goleiro já estava na mira de olheiros do Corinthians e, inclusive, recebeu um convite para treinar no clube alvinegro. O “candidato a goleiro”, no entanto, recusou a proposta.





Antes de defender o Palestra Oberdan atuou no São Bento de Sorocaba



Profissional



Mesmo com o título paulista de 1940, o Palestra Italia sentia falta do goleiro Jurandyr (negociado com o Flamengo em 1939), já que o titular Gijo e o reserva Clodô não estavam em boa fase. Foi quando o treinador Caetano de Domenico lembrou do garoto de Sorocaba e mandou trazê-lo.



Numa terça-feira que seria comum para Oberdan, seu caminhão não apareceu no Mercadão de São Paulo... Depois da viagem de trem à capital, quase o goleiro foi embora, mais uma vez, no mesmo dia em que chegara. Apesar de destacar-se no treino, nenhum diretor palestrino veio conversar. A história parecia se repetir e Oberdan só não desistiu por insistência de seu irmão.





Oberdan no início de carreira



Para sua surpresa, no dia seguinte, ofereceram-lhe um contrato temporário de três meses, no qual ganharia 350 mil réis mensais (mais que o dobro do que recebia como caminhoneiro). De bate-pronto, Oberdan aceitou a proposta e o acerto foi consumado em 27 de outubro de 1940. E que acerto!



Oberdan Cattani estreou pelo segundo quadro no dia 3 de novembro, no estádio Palestra Italia (vitória por 5 a 1 diante do SPR, atual Nacional-SP). Companheiros do time principal e Caetano de Domenico já o queriam no primeiro quadro. Oberdan, porém, preferiu pegar ritmo antes de estrear.



O debute no time principal foi contra o mesmo SPR (vitória palestrina por 1 a 0, válida pelo Torneio Início do Campeonato Paulista). Por partidas oficiais de competição, Oberdan estreou vencendo o Santos, na Vila Belmiro, por 4 a 2, em 23 de março de 1941 – curiosamente os dois gols sofridos foram de pênalti.

Àquela altura, o jogador já havia assinado um contrato de dois anos com o Palestra, no qual passaria a ganhar 600 mil réis por mês, e não mais 350.





Oberdan e Junqueira defensor do S.E.P.



Destaque



Ao lado do zagueiro Junqueira (então capitão do Palestra), em pouco tempo o arqueiro de Sorocaba já estava comandando a defesa palestrina. Oberdan operava milagres e participou de vários momentos importantes da história da agremiação que defendia.



Ao longo da carreira, conquistou títulos estaduais, interestaduais e até um título mundial, em 1951 – todos pelo Palestra/Palmeiras. Durante os 14 anos que defendeu o Verdão, Oberdan ganhou fama por uma jogada característica: defender os petardos dos rivais com uma mão só, assim como nos treinos que o aprovaram na fase de teste, antes de tornar-se jogador do Palestra Italia.





Oberdan também já foi garoto propaganda



Garoto propaganda



No ápice de sua popularidade, Oberdan Cattani destacava-se no Palestra/Palmeiras, na Seleção Paulista, na Seleção Brasileira e até mesmo no cenário publicitário. O ex-goleiro, com pinta de galã italiano, tornou-se o primeiro garoto propaganda da história do futebol brasileiro, já que, nos anos 40, foi contratado para fazer o comercial do creme de barbear Willians. Naquele período, a televisão ainda não tinha chegado ao Brasil (só chegou em setembro de 1950) e, portanto, a divulgação era feita através de jornais com a marca do produto associada à imagem do goleiro.





Oberdan pela seleção Paulista



Seleção Paulista



Bem antes de 1959, ano em que foi disputado o primeiro Campeonato Brasileiro de clubes (com o nome de Taça Brasil), já existia o Campeonato Brasileiro de Seleções. Os principais jogadores de alguns estados do país eram convocados pelas ligas locais para formarem uma equipe. Estes combinados, como também eram chamados, deveriam se enfrentar em caráter eliminatório até que surgisse o time campeão brasileiro.



À época, este tipo de competição tinha um peso muito grande, e a maior honraria que um jogador poderia receber era ser convocado para representar seu estado – os torneios eram tão importantes quanto integrar a própria Seleção Brasileira. Alguns meses defendendo o quadro profissional do Palestra foram o bastante para que Oberdan fosse convocado pela Seleção Paulista e conquistasse o bicampeonato nacional entre 1941 e 1942. Ao longo dos anos 40, o goleiro ainda envergou muitas vezes a camisa da Seleção Paulista.



Seleção Brasileira



Já pelo escrete nacional, o arqueiro atuou por dois anos consecutivos. Em 1944, Oberdan entrou em campo apenas em amistosos e, em 1945, disputou o Campeonato Sul-Americano. No período, enfrentou Colômbia, Bolívia, Equador, Uruguai e Chile, além da Argentina pela Copa Roca.



O goleiro palestrino foi um dos poucos atletas paulistas de sua geração a ser aplaudido no Rio de Janeiro. A rivalidade entre paulistas e cariocas era intensa, pois naquele período Rio e São Paulo eram as duas principais forças do futebol nacional.



Oberdan conta que era grande candidato a assumir o posto de titular da Seleção Brasileira, mas teve o sonho barrado pelo então treinador Flávio Costa, que, segundo ele “não simpatizava muito com o futebol paulista...”. Até os dias atuais, o ex-goleiro guarda muita mágoa ao relembrar esta história, mesmo porque em 1945, quando ainda atuava pela Seleção Brasileira, suas qualidades técnicas já eram indiscutíveis. Ao longo dos anos, o carioca Barbosa firmou-se como goleiro titular.



Em 1950, Oberdan esteve presente em um dos episódios mais frustrantes da história do futebol brasileiro: a final da Copa do Mundo contra o Uruguai. O episódio, além de assombrar os brasileiros durante muitos anos, é até hoje uma mancha na história da Seleção. O sorocabano, porém, não foi na condição de atleta e sim de torcedor: viajou de São Paulo até o Rio de Janeiro junto com amigos e colegas do futebol. O goleiro Barbosa, do Brasil, foi demonizado por muitos anos em razão de sua falha na decisão contra a Seleção Celeste (derrota por 2 a 1, no Maracanã).





Oberdan com a camisa da Seleção Brasileira



Arrancada Heroica



Oberdan Cattani foi um dos principais personagens da mudança de nome do Palestra Italia para Palmeiras. O goleiro, inclusive, aparece em destaque na famosa foto da partida contra o São Paulo, no Paulista de 1942, carregando a bandeira do Brasil no Pacaembu, em 20 de setembro.





Oberdan carrega a bandeira do Brasil no Pacaembu contra o São Paulo, primeiro jogo com o nome de Palmeiras



O Estadual chegava à sua reta final e o Palestra, então líder invicto, era o principal candidato ao título. No entanto, a fase brilhante acabou ofuscada por impasses que aconteceram do lado de fora dos gramados. Oberdan e seus companheiros de time presenciaram a perseguição política da qual o clube era vítima.

Em decorrência da Segunda Guerra Mundial, o Palestra Italia era visto como uma parte da Itália no Brasil, pois, de fato, foi fundado com a ideia de representar a massa italiana que vivia em São Paulo.





Oberdan faz parte do time campeão Paulista 1942



A legislação brasileira, porém, proibia qualquer alusão aos países com os quais o Brasil estava em conflito na guerra. Diante das acusações, uma reunião extraordinária de dirigentes palestrinos foi convocada, e ficou decidido por bem mudar o nome da agremiação – caso contrário, o clube poderia ter seus bens patrimoniais confiscados pelo governo brasileiro. Assim, em 14 de setembro de 1942, o Palestra, que era líder do Paulistão, saía de cena e passava a figurar com o nome de Sociedade Esportiva Palmeiras.



Logo na semana seguinte, o Verdão realizaria seu primeiro jogo com o novo nome. A partida, válida pela penúltima rodada do Campeonato Paulista, colocaria Palmeiras e São Paulo frente a frente. Se o Alviverde vencesse, seria campeão com uma rodada de antecedência.



O duelo diante dos rivais tricolores, portanto, tinha clima de decisão. O Palmeiras entrou em campo com uma bandeira do Brasil, mostrando que, apesar das raízes, era um clube genuinamente brasileiro. Ao contrário do que diziam à época, não era inimigo da pátria.



Em campo, a resposta foi ainda mais dura. Vencendo o clássico por 3 a 1, na etapa final, o jogador palmeirense Og Moreira sofreu pênalti que só não foi convertido porque os jogadores do São Paulo se retiraram de campo. O árbitro Jaime Janeiro aguardou o retorno do time por aproximadamente 20 minutos. Não voltaram.

Desta maneira, Oberdan pôde comemorar por ter participado de uma conquista que entrou para a eternidade.





Poster do elenco campeão Paulista de 1942



Campeão do Mundo



Em 1951, Oberdan conquistou o troféu de maior expressão em toda a sua carreira: o Mundial de Clubes. Para ele, entretanto, nem tudo saiu da maneira prevista. Durante a competição, o goleiro viveu má fase e perdeu a posição para seu companheiro de time Fabio Crippa, por decisão do treinador Ventura Cambón. Aos olhos de Oberdan, porém, o que fosse melhor para o time seria bem vindo. Não houve crise e o Palmeiras sagrou-se campeão.



Para se compreender o grau de importância deste título, é preciso tomar conhecimento mais amplo dos fatos. Em 1949, a Seleção Brasileira era considerada, por unanimidade, a melhor do mundo.

Naquele ano, havia conquistado o título Sul-Americano com históricas goleadas sobre seus adversários – resultados que credenciavam os brasileiros como favoritos ao título da Copa do Mundo de 1950. O “Maracanazzo” arranhou a fama e a confiança dos brasileiros pelo mundo.



Com o intuito de repetir o sucesso técnico e financeiro da Copa no Brasil, a FIFA, que era presidida por Julius Rilmet, nomeou o engenheiro Ottorino Barassi, secretário geral da entidade, para o Comitê Organizador do Campeonato Mundial de Clubes Campeões. Assim nascia o primeiro Campeonato Mundial de Clubes da história, em 1951. Como no ano anterior, a decisão do Mundial foi no colossal Maracanã. Palmeiras e Juventus de Turim-ITA foram os finalistas.



Durante a Copa Rio, Oberdan sofreu quatro gols em uma partida válida pela fase classificatória diante do time italiano. O goleiro perdeu a posição para seu reserva Fabio Crippa e, a partir dali, houve uma inversão de valores. A lenda só recuperou a posição meses depois. Por isso, Oberdan não participou da decisão contra os italianos (inclusive, Fábio Crippa é quem aparece perfilado no famoso pôster da conquista).



No primeiro jogo, deu Palmeiras – 1 a 0, gol de Rodrigues. Na finalíssima, o gol do palmeirense Liminha na etapa final da partida garantiu o empate por 2 a 2 e, consequentemente, o troféu para o Verdão. De qualquer maneira, o sorocabano foi uma figura importante ao longo da campanha. Oberdan e seus companheiros de time não só garantiram o título mais cobiçado entre os clubes do mundo como também trouxeram de volta a honra e a dignidade do Brasil no âmbito esportivo.



Despedida



Desde a goleada sofrida pela a Juventus de Turim-ITA no Mundial de 1951 até o dia de sua despedida, Oberdan Cattani atuou em apenas 38 jogos dos 155 possíveis. Em fevereiro de 1954, o goleiro chegou para treinar junto com o restante do elenco quando foi surpreendido pela notícia de que seu contrato fora rescindido. O arqueiro, apesar de veterano, aos 34 anos, estava em boa forma e quase adquirindo ritmo de jogo novamente. Foi uma das maiores frustações da vida de Oberdan.



Ainda em 1954, Cattani defendeu o Juventus da Mooca. Com boas atuações, ficou eternizado no clube juventino. Oberdan, porém, manteve forte ligação com o Palmeiras, mesmo depois de parar de jogar.



O arqueiro sempre teve um espírito acolhedor e animado.

Organizava as festas de aniversários de companheiros de time mesmo depois de aposentado e foi também um dos mentores da Festa de Veteranos do Palmeiras, que há décadas reúne ex-jogadores do Verdão a cada ano – a tradição do encontro de jogadores veteranos é mantida até os dias atuais, organizada pelo Departamento Social da Sociedade Esportiva Palmeiras, sempre em setembro, em alusão à Arrancada Heroica. Oberdan também é conselheiro vitalício do Verdão.



Ao deixar o Palmeiras, Oberdan ocupava a quarta colocação no ranking de atletas que mais vezes entraram em campo pelo clube.

Com 351 partidas, só perdia para Heitor (358), Waldemar Fiúme (433) e Lima (453). Posteriormente, Lima e Fiúme chegaram à marca de 458 jogos e 601 jogos, respectivamente. Atualmente, Oberdan Cattani ocupa a 22º posição da lista de jogadores que mais entraram em campo com a camisa palmeirense.



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