Análise: Palmeiras testa e prova elenco forte com vitória sobre o São Paulo

Eduardo Baptista faz seis trocas em relação ao time que estreou na Libertadores e vê equipe fazer melhor partida sob seu comando no clássico do Campeonato Paulista

Entre a estreia na Libertadores, na última quarta-feira (08), e o clássico deste sábado (11), pelo Campeonato Paulista, Eduardo Baptista promoveu seis mudanças no Palmeiras. No empate com o Tucumán, jogaram Jean, Edu Dracena, Zé Roberto, Felipe Melo, Keno e Borja. Na vitória sobre o São Paulo, entraram Fabiano, Mina, Egídio, Tchê Tchê, Guerra e Willian.



Eduardo Baptista testou seu elenco em dois jogos duros e provou a força do grupo montado para esta temporada. A igualdade na Argentina foi comemorada pelas circunstâncias da partida, em que o Palmeiras jogou com um a menos desde os 21 minutos do primeiro tempo. O triunfo sobre o São Paulo foi conquistado na melhor apresentação do time neste ano.



Em seu estádio, o Palmeiras sufocou o rival, especialmente no segundo tempo, quando a superioridade alviverde se refletiu no placar de 3 a 0. Os donos da casa tomaram conta do meio de campo, onde o São Paulo errava repetidamente.

Dois dos gols começaram com a vantagem naquele setor. No primeiro, Egídio tomou de Buffarini na lateral e deixou para Dudu, que viu Denis adiantado e finalizou por cobertura, de muito longe. No terceiro, num chutão de Denis, Thiago Santos ganhou de cabeça e armou contra-ataque que termina com o toque de Guerra para a rede tricolor.



O primeiro tempo foi equilibrado, quase morno. O São Paulo tinha mais posse de bola, mas pouco fazia com ela – Pratto se esforçava, mas não era acionado, enquanto Luiz Araújo quase não foi visto em campo. O Palmeiras forçava os rivais a errarem, mas pouco finalizava.

Até a desatenção de Buffarini que resultou em mais um gol de cobertura palmeirense sobre o São Paulo – enquanto você lê esse texto, a internet está afundando em memes que relembram os lances de Robinho em Rogério Ceni (veja abaixo). O gol de Dudu desequilibrou o jogo.



O segundo tempo foi um passeio. Aos 10 minutos, Tchê Tchê recebeu de Michel Bastos e, sem ser incomodado, ajeitou para a perna esquerda e bateu no canto de Denis. O terceiro, aos 25, saiu após um bombardeio verde, que teve duas oportunidades no minuto anterior, uma delas salva por Denis após cabeçada de Egídio, a outra desperdiçada por Borja na cara do gol.



O time ideal do Palmeiras não é nem o que empatou com o Tucumán nem o que bateu o São Paulo. Mina (suspenso contra os argentinos), Felipe Melo (suspenso no Paulista) e Tchê Tchê (recuperado de lesão) são titulares, assim como Borja e Zé Roberto (quem nem no banco ficou neste sábado, poupado). Eles devem estar juntos na próxima quarta-feira, em casa, no confronto com o Jorge Wilstermann pela segunda rodada da fase de grupos da Libertadores.



Com tantas opções no elenco, Eduardo Baptista agora tem também jogos com atuações bem mais convincentes do que as que fizeram com que ele fosse questionado até a semana passada.