Michel Bastos admite queda em 2016, mas vê críticas injustas: "Machucou"

Agora no Palmeiras, Michel atribuiu baixo rendimento em 2016 às lesões musculares que sofreu e rebateu acusações sobre "corpo mole" da torcida do São Paulo

Michel Bastos fez sua primeira partida no Choque-Rei vestindo a camisa do Palmeiras (Foto: Marcos Rilbolli)



Após sair do São Paulo e assinar pelo Palmeiras, rival do Tricolor do Morumbi, Michel Bastos viveu pela primeira vez a emoção de disputar o Choque-Rei pelo Alviverde e se deu bem, já que o Palmeiras venceu a partida por 3 a 0. No entanto, Michel relembrou o período vivido no São Paulo durante o "Seleção SporTV" desta segunda-feira (13). Entre outros assuntos, comentou sobre o período em que enfrentou salários atrasados, a queda de rendimento em 2016, admitida pelo atleta e a cobrança sofrida pelos torcedores.



O meia do Palmeiras foi muito questionado durante sua passagem no São Paulo por parte da torcida, que alegava falta de comprometimento do atleta com o clube. Michel relembrou o bom começou que teve no clube, mas admitiu que sofreu com a queda em 2016 por conta das lesões musculares, algo novo em sua carreira. Apesar disso, foi contundente em relação às críticas, revelou ter recebido propostas para voltar à Europa e diz ter se sentido machucado com algumas acusações.



- Eu acho que em um certo período sim, eu acabei caindo de rendimento no São Paulo, no ano passado por exemplo. Eu cheguei em 2014 com um timaço, com Kaká, Kardec, Ganso, Luís Fabiano, Pato e mesmo com o time dando pouco espaço para um jogador que chegou no segundo turno do Campeonato Brasileiro, como foi o meu caso, eu consegui achar um espaço, jogar, em 2015 fiz uma temporada muito boa, onde fui considerado por muitos o melhor jogador do time. Em 2016 comecei super bem, no mesmo ritmo de 2015, mas acontece que neste ano eu acabo tendo a primeira lesão muscular da minha carreira - afirmou.



- Tenho consciência que meu rendimento realmente caiu, só que as coisas começaram a fugir do campo. Se chegar e falar: "O Michel não é bom de bola", beleza, a gente tem que entender que a opinião é do torcedor. Mas começaram a me taxar de jogador que não era de grupo, mercenário, fizeram protesto com notas de real com a minha foto. Eu vim pro São Paulo, voltei da Europa e abri mão de muito dinheiro para vestir a camisa do São Paulo. Renovei abrindo mão de propostas para voltar para a Europa com um salário melhor do que eu teria na minha renovação com o São Paulo e eu acabei continuando porque meu desejo era o lado esportivo. As pessoas não sabem disso e acabam taxando você de certa forma, isso que me machucou bastante - acrescentou.



Michel também aproveitou a oportunidade para falar sobre os salários atrasados e o episódio em que os jogadores do São Paulo foram proibidos de falar com a imprensa. O meia atribuiu a decisão ao grupo e afirmou que o que fez foi assumir a responsabilidade por ser o capitão da equipe.



- Sobre salários atrasados, foi falado que o Michel Bastos quem cobrou. Mentira e nunca falei isso. Não fui eu, foi o grupo do São Paulo que cobrou. Como eu era o capitão e como no final acabou que eu não fui falar na imprensa e também assumi a responsabilidade; acho que no momento alguém tinha que assumir. Mas não foi o Michel que idealizou do grupo naquele período não falar na imprensa naquele momento porque não estava recebendo os salários que estavam atrasados - concluiu.



Depois da grande vitória no clássico, o Palmeiras recebe o Jorge Wilstermann, da Bolívia, pela segunda rodada da Libertadores. A equipe boliviana bateu o Peñarol por 6 a 2 na primeira rodada da competição continental, enquanto o Palmeiras empatou em 1 a 1 com o Atlético Tucumán.