Números comprovam importância da defesa no esquema do Palmeiras

Diante da retranca do Jorge Wilstermann, homens do setor defensivo do Verdão têm papel fundamental até na armação. Dracena se destaca nos desarmes

Mina fez o gol da vitória e foi o melhor passador, e Edu Dracena foi o rei dos desarmes (Foto: Marcos Ribolli)



Os números obtidos pela defesa do Palmeiras no jogo contra o Jorge Wilstermann, na última quarta-feira, comprovam a importância do setor para o time de Eduardo Baptista – e não só pelo fato de o gol da vitória, marcado aos 50 do segundo tempo, ter saído dos pés do zagueiro Yerry Mina.



Contra os bolivianos, o Verdão voltou a sair de campo sem ser vazado. No total, em seis jogos em casa no ano, o Palmeiras levou apenas dois gols (ambos de pênalti), sendo um deles no amistoso contra a Ponte Preta, antes do início do Paulistão. Nas últimas duas partidas como mandante, o time não sofreu nenhum gol.



Diante do Jorge Wilstermann, o melhor passador do Verdão no jogo foi Yerry Mina. O zagueiro colombiano aproveitou a postura recuada do adversário para atuar em boa parte do jogo na linha do meio-campo. Deu 60 passes ao longo da partida, acertando 57 deles. No fim, já como centroavante, foi premiado com o gol da vitória – e pôde se soltar na dança mais uma vez enquanto a torcida palmeirense explodia ao seu redor.



Felipe Melo, Edu Dracena e Jean também aparecem com destaque no quesito, logo na sequência de Mina. O volante, com 59 passes e 54 acertos, mostrou que tem mais do que vibração em campo para seguir nas graças do torcedor. Presente no ataque, deu boas enfiadas em direção ao gol – não aproveitadas por Guerra e Jean no começo do segundo tempo.



O duro desafio diante dos bolivianos, que haviam goleada na estreia e jogaram com nove ou até dez jogadores atrás da linha da bola no estádio palmeirense, ressaltou mais uma vez a força do elenco alviverde. Edu Dracena, teoricamente reserva do suspenso Vitor Hugo, foi quem mais desarmou. Em nove ocasiões, o zagueiro esbanjou experiência para desmontar o ataque do Jorge Willstermann e deixou seu time livre para fazer o que mais precisava: buscar o gol.



Para ser colocado na lista dos favoritos a todos os títulos que disputará em 2017, o Palmeiras reforçou principalmente o seu ataque: trouxe Guerra, melhor jogador da Libertadores passada, e Borja, eleito o melhor do continente americano. Neste início de temporada, porém, é o sistema defensivo que reforça o poder que esse time tem para buscar soluções nas mais difíceis circunstâncias. Com um a menos (como foi contra o Tucumán, na Argentina) ou diante de um ônibus estacionado, o Verdão mostrou que é forte candidato ao título da Libertadores.