Novorizontino 1 x 3 Palmeiras: resultado ótimo para uma atuação mediana

O talento de Mina e Borja ajudou o Palmeiras a bater o Novorizontino



Saiu melhor do que a encomenda a vitória por 3 a 1 do Palmeiras sobre o Novorizontino, neste domingo à noite, no jogo de ida das quartas de final do Paulistão. O time fez um primeiro tempo fraco, com muita ansiedade e pouca inteligência, além de fragilidade nos contra-ataques rivais, mas teve força para buscar o empate ainda na etapa inicial. Depois, se impôs e construiu uma vitória importante para ficar mais perto das semifinais do Paulistão.



Eduardo armou o time num 4-3-3 com Dudu responsável pela armação e Róger Guedes e Willian nas pontas, ambos com obrigação de ajudar os laterais. Consciente da fragilidade de Egífio, o técnico ainda orientou Tchê Tchê a cair mais pela esquerda para cobrir o setor. Pois bem, aos 11 minutos tomamos o gol exatamente por ali, numa rara falha individual de Edu Dracena que foi amplificada pela lentidão de Egídio no retorno e pela falta de cobertura - Mina, Tchê Tchê, Felipe Melo, alguém mais deveria ter aparecido. Roberto, que fez o gol e já tinha criado outra jogada ali com menos de 3 minutos, chutou meio em cima de Prass, que parecia não esperar a bola ali - deve ter ficado indeciso entre fechar o canto e cobrir um possível cruzamento. Uma bobeaga geral.



Daí até os 25 minutos o time foi lamentável. Guedes parecia mais preocupado em se fazer de lateral e não aparecia para tabelar com Fabiano, que arriscou uns quatro chuveirinhos inúteis. Dudu quase não tocou na bola, Willian estava mais sumido no jogo que lucidez de cartola e Borja ficava preso entre dois zagueiros e um volante. Aos poucos é que o time começou a botar a bola no chão, trocar passes e criar alguma coisa com inteligência, até alcançar o empate num lance de mais raça que talento, com Dudu completando após o terceiro rebote da zaga no mesmo lance.



Aí no segundo tempo o time se acalmou, e melhorou com a entrada de Keno no lugar do pouco inspirado Willian. Borja mostrou seu talento com uma bela matada que resultou no gol da virada. O Palmeiras então passou a tocar a bola para fazer o tempo passar, escapou de levar o empate graças à ruindade de Alexandro Créu e, no fim, Roger Guedes aproveitou um chute torto de Erik (tem que ser muito bonzinho para achar que aquilo foi um cruzamento) para ampliar e praticamente colocar o time nas semifinais, com a vitória por dois gols de diferença que este blog pediu na sexta à noite. Depois, o nosso irmão gêmeo de Justin Bieber foi expulso pela grave falta cometida de subir no alambrado, uma soma de burrices - do jogador, que afinal de contas conhece a regra, e da própria regra, que só pensa em acabar com a alegria do jogo.



Agora é treinar mais e, se possível, escalar na sexta o mesmo time que jogará contra o Peñarol na outra quarta, dia 12. Com cinco dias de prazo de recuperação, dá para não poupar ninguém e escalar força máxima, em busca de um entrosamento que ainda não está completo. Hoje, o resultado foi melhor do que a atuação. Pode ser que isso nem sempre se repita.