Palmeiras chegou a ter 'sim' de Roger Machado no ano passado

O Palmeiras provavelmente não admitirá, mas Eduardo Baptista não era o plano A para o lugar de Cuca. Tanto que o diretor-executivo de futebol alviverde, Alexandre Mattos, chegou a um acordo verbal para contratar Roger Machado como técnico em 2017. Por que o negócio não vingou? “Porque o Maurício Galiotte demorou para renovar com o Mattos e, nesse meio tempo, o Atlético-MG apareceu com uma proposta para o Roger”, explica um importante dirigente palmeirense.



A cronologia dos fatos foi a seguinte: na metade de novembro, o Palmeiras já sabia que Cuca não ficaria, mesmo com o iminente título do Brasileirão. Mattos escolheu Roger Machado para sucedê-lo e entrou em contato com o gaúcho, então desempregado.



Os dois chegaram a um acordo, porém Mattos avisou que só poderia oficializar sua contratação assim que seu contrato com o Palmeiras fosse prorrogado – venceria em dezembro. Galiotte havia sido eleito presidente em 26 de novembro, mas pretendia começar a decidir para valer após 15 de dezembro, quando tomaria posse.



No dia 27, o Palmeiras ficou com o título do Brasileirão e na manhã seguinte o Atlético-MG fez uma oferta a Roger. O treinador, então, telefonou para Mattos e deu um prazo de 24 horas para que o Palmeiras tomasse uma decisão. Galiotte adiou a renovação de Mattos e Roger acabou fechando com o Galo.



Para piorar, Cuca anunciou de forma oficial sua saída do Allianz Parque em 30 de novembro, uma quarta-feira. Algumas horas mais tarde, o presidente atleticano Daniel Nepomuceno confirmava o preferido do Verdão como substituto de Levir Culpi.



A perda obrigou Galiotte a se mexer. O presidente prometeu um novo contrato a Alexandre Mattos, com aumento salarial e mais dois anos de vínculo. E o autorizou a encontrar o mais rápido possível um técnico. Em pouco mais de 24 horas, Eduardo Baptista havia aceitado o convite, a ponto de deixar a Ponte Preta a uma rodada do fim.