Presidente, Prass, Mina e Jean: palmeirenses dão relatos da pancadaria

Mauricio Galliote diz que atletas poderiam ter morrido, goleiro afirma ter sido agredido covardemente, zagueiro cita que Peñarol não soube perder e lateral vê elenco mais forte

Felipe Melo acerta soco em uruguaio para se defender em confusão generalizada (Foto: Reuters)



pancadaria generalizada após a vitória do Palmeiras por 3 a 2 sobre o Peñarol, nesta quarta-feira, no estádio Campeón Del Siglo, em Montevidéu, revoltou os palmeirenses. Depois do apito final, o presidente Mauricio Galliote, o goleiro e capitão Fernando Prass, o zagueiro Mina, autor de um dos gols, e o lateral Jean, que participou das três bolas na rede, deram seus relatos da confusão.



Galliote mostrou irritação com o fechamento dos portões na saída do gramado e disse que os atletas poderiam ter morrido. Ele cobrou punições da Conmebol. Prass ironizou o uruguaio Nández, a quem acusou de agressão covarde e o chamou de belo exemplo para as crianças. Mina relatou que o Peñarol não soube perder, e Jean lamentou a confusão.







Presidente do Palmeiras, Maurício Galliote



– Vimos tudo o que aconteceu hoje. Esperávamos um ambiente hostil, com clima de guerra e difícil. Esperamos que a Conmebol tome providências. O Palmeiras veio para jogar futebol. Dentro de campo tivemos dificuldades, perdemos o primeiro tempo e ganhamos o segundo. Teríamos uma tragédia aqui hoje. Os portões foram fechados. O presidente do Peñarol conversou comigo, pessoal da Conmebol, dizendo que foi uma questão de segurança. Os jogadores iriam morrer lá dentro. Temos de preservar a vida das pessoas. São atletas profissionais.



Esperamos que a Conmebol seja rigorosa, que tenha policiamento. O que aconteceu foi um absurdo. No mínimo interdição de estádio. Colocar em risco a vida dos jogadores... senhores, só não houve problema maior porque o Palmeiras veio com segurança. 20 pessoas invadiram o campo com os portões fechados. Não dá para entender porque fecham o portão com o jogo acabado. Jogador tem de sair para o vestiário, não ficar no campo com briga. Foi lamentável. Espero realmente que a Conmebol analise e tome providência. Não havia policiamento para os nossos torcedores. Vem falar que a torcida do Palmeiras é violenta? Não tinha policiamento para proteger os torcedores. Não estou defendendo A ou B, é necessário segurança em um jogo de futebol. Não houve isso aqui.







– Me chutaram, deram soco na boca. É impressionante como o capitão do time, o Nández, chega a uma covardia premeditada, porque fecharam o portão. É um baita exemplo, parabéns para o Nández. Vão se vangloriar porque deram porrada. Vamos ver essa cena mais uma vez e vão falar que isso é Libertadores. Se a entidade que comanda não for rigorosa e punir, vai seguir. Dou parabéns ao Nández porque é um baita exemplo para as crianças. Pensei em proteger o Felipe Melo. Pensamos em proteger as costas e ficar de frente. Tinha jornalista com tripé tentando acertar jogadores do Palmeiras. Queríamos esperar acalmar a situação. Se alguém entra no estúdio de vocês para agredir não vão ficar parado esperando. Tu vai se defender. Tinham alguns policiais, mas muito pouco na minha opinião para uma partida num lugar que tem histórico de confusão.



TEME PUNIÇÃO A FELIPE MELO

– Seria o cúmulo da inversão de valores. Ele levanta os braços. Eles provocam, pegam pelo pescoço, ele é agredido e se defende. Não tem como. Se não faz nada, tu é massacrado. Se ele não se defende, poderia ter tido uma tragédia aqui. Começou no primeiro jogo (na arena). Chamaram de macaco o Felipe e o Keno. Quiseram brigar com o Michel Bastos, mas ele não deu moral. O mesmo Nández pediu desculpas em nome do grupo. Falei para o Felipe que iriam partir para cima aqui. Quando o Willian ia entrar, ele saiu do banco e o Willian relatou que falaram para bater. Infelizmente temos de nos preocupar com outras coisas além do futebol.