Felipe Melo e D'Alessandro: poucos encontros durante o jogo e gentilezas depois dele (Foto: Marcos Riboli)
Não foram necessárias armaduras para que todos sobrevivessem ao encontro entre Felipe Melo e D’Alessandro, nesta quarta-feira, na arena palmeirense. Para quem esperava que os dois jogadores produzissem faíscas, o que rolou foi muita paz e zero guerra. Distantes em campo, tudo que os dois jogadores (famosos pela qualidade e pelo temperamento elevados) trocaram foram gentilezas.
D’Alessandro foi mais marcado por Tchê Tchê (e bem marcado) do que por Felipe Melo, que pendeu mais para a direita, por onde estavam Felipe Gutierrez e Marcelo Cirino. Ainda no primeiro tempo, eles tiveram um mínimo atrito quando D’Ale se interpôs em discussão entre Felipe e o volante chileno. Coisa de dois ou três segundos. O palmeirense também se estranhou com Marcelo Cirino.
Depois do jogo, só elogios. Felipe Melo, na saída de campo, valorizou o Inter, e D’Alessandro, ainda no vestiário, assistiu à entrevista. Nela, Felipe Melo usa até um bordão colorado ao se referir ao clube gaúcho como “campeão de tudo”.
- Jogamos contra um time "grandíssimo", campeão de tudo, com jogadores de potencial incrível, o que fez o nosso resultado ser uma goleada – disse Felipe Melo.
D’Alessandro gostou. Gostou a ponto de dizer que gostaria de ter Felipe Melo a seu lado. Afinal, são ambos “meio malucos”, como ele mesmo afirmou:
- É obrigação existir respeito entre colegas. Acho que ele é um cara muito sincero. Tem poucos hoje no futebol que falam o que pensam. Foi totalmente normal no jogo. Muitas vezes, as coisas são criadas pela imprensa. Esperavam que a gente brigasse dentro do campo. Eu sabia que a gente ia se dar bem. A gente é parecido, assim, meio maluco, então a gente discute, gosta de falar. Eu sabia que a gente ia se dar bem. Foi assim no jogo.
D’Alessandro foi o jogador mais ativo do Inter no jogo contra o Palmeiras. Foi o recordista de passes da partida: 69, dos quais apenas três foram errados. Felipe Melo deu 39 – também com apenas três errados. Só o zagueiro Mina tocou mais na bola que ele no Palmeiras. Tanto o meia quanto o volante, porém, tiveram atuação individual limitada. Estiveram na média das atuações das duas equipes em um jogo equilibrado.
Esta foi a segunda vez em que os dois se enfrentaram. Em 2007, pelo Almería, Felipe Melo foi derrotado pelo Zaragoza, que tinha D’Alessandro no banco. O argentino foi a campo no segundo tempo. O gol da vitória foi de Diego Milito, de pênalti.
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