Willian treina para o clássico de sábado (Foto: César Greco/Ag. Palmeiras)
O atacante Willian tinha 15 anos quando o Palmeiras venceu o São Paulo pela última vez no Morumbi, em 20 de março de 2002. Passados outros 15 anos, ele começará neste sábado a fazer parte da história do clássico no estádio rival, vestindo a camisa alviverde. O tabu, no entanto, é algo que não incomoda.
– Eu nem sabia disso. Fiquei sabendo faz pouco tempo – respondeu, quando questionado se o jejum na casa são-paulina tem sido assunto entre os jogadores na Academia de Futebol.
Mais adiante na entrevista, no entanto, o artilheiro palmeirense na temporada – com nove gols, o mais recente deles marcado na última quarta-feira, na Libertadores – deixou escapar que conhece bem a história da partida de 2002. O clássico ficou marcado por um golaço de Alex, com dois chapéus, um deles em Rogério Ceni, atualmente técnico adversário.
– Foi um belo gol. Até hoje é lembrado – comentou, antes de mostrar otimismo quanto à queda do jejum palmeirense.
– Espero que (acabe) sim. Nosso objetivo é esse. Não dá nem tempo de comemorar a classificação na Libertadores.
Classificação garantida muito em função de suas atuações. Na quarta-feira, mais uma vez, Willian deixou o banco de reservas para fazer o gol de desempate na vitória por 3 a 1 sobre o Atlético Tucumán, da Argentina. Resultado que assegurou vaga nas oitavas de final do torneio continental. O foco, porém, agora é o clássico e o Campeonato Brasileiro.
– Clássico iguala tudo. É claro que, dependendo do momento, um time está melhor do que o outro. Isso não descarta a qualidade do São Paulo e sua força no Morumbi. Vai ser meu primeiro clássico no Morumbi. Temos tudo para fazer uma boa partida e conseguir uma boa vitória – disse Willian.
– Estamos disputando a Libertadores e o São Paulo foi desclassificado de três competições, mas é time grande. Quando se perde clássico, a tendência é a pressão aumentar. Mas, mesmo que vier empate ou resultado negativo, não pode ter desconfiança – frisou o atacante.
Veja o que mais o atacante disse na coletiva:
Momento artilheiro no Verdão:
– Fico muito feliz. Claro que a gente joga ali na frente têm essa cobrança. Ela é muito grande. Mas a gente sempre compensa por um outro lado também, na parte tática, na parte física, sempre ajudando na marcaçã e dando um passe pra gol. Tento sempre fazer o que o treinador tá pedindo.
Sobre seu parceiro de ataque, o colombiano Borja:
– Como o Cuca já falou, ele tem total confiança de todos. Acredito que o torcedor também, mesmo que tenha uma expectativa de uma resposta imediata, até por tudo que o Palmeiras investiu. O começo é difícil, ele muda de pais, muda pra um futebol diferente, mais qualificado e com uma marcação mais forte.
Sobre ser o talismã do Palmeiras na temporada:
– Descarto essa situação aí. Tenho 24 jogos com a camisa do Palmeiras e 19 como titular. Então tenho praticamente 70%, 80%, de jogos iniciando a partida. A gente tem que valorizar isso pelo grupo que temos, um grupo competitivo. Vim pra cá sabendo dessa dificuldade, mas não cai de paraquedas.
Sobre enfrentar Rogério Ceni como treinador:
– Ele tem o respeito de todos. Tem uma história muito bonita no futebol. E a gente, da nossa parte, tem que representar nosso clube. Ele que vencer. O último clássico a gente venceu na arena e agora eles vêm com tudo.
Sequência da Libertadores e possíveis adversários:
– Não temos como escolher (adversário). Quem for sorteado pra jogar contra, a gente vai estar preparado. Claro que uma viagem mais distante desgasta mais. Mas isso não é motivo de desculpa. Não tem muito o que escolher, se acontecer de cair uma equipe brasileira vamos enfrentar de igual pra igual. O importante é que estamos felizes com a classificação.
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