Gols sofridos pela esquerda preocupam Cuca; Palmeiras não descarta reforço

Equipe acumula falhas no setor nas últimas partidas da temporada. Diretoria não confirma, mas pode buscar no mercado outro nome para a lateral esquerda

Espaço nas costas de Zé Roberto permite gol do Internacional (Foto: Reprodução)



O lado esquerdo da defesa do Palmeiras tem sido um dos setores mais explorados pelos adversários ultimamente. São Paulo, Atlético Tucumán e Chapecoense fizeram gols por esse setor e voltou a acontecer na derrota de quarta-feira para o Internacional, no Beira-Rio, pelas oitavas de final da Copa do Brasil.



O primeiro gol marcado pela equipe gaúcha, aos oito minutos do primeiro tempo, foi fruto de um conjunto de fatores. Depois de uma bola recuperada pelo time da casa no meio de campo, Felipe Melo não teve velocidade para acompanhar Edenílson, que avançou à intermediária e recebeu combate duplo, de Yerry Mina e Edu Dracena... Mesmo assim, D'Alessandro recebeu por cima.



Por cima e completamente livre dentro da área, onde Nico López – em condição irregular – também se apresentava. Ambos passaram às costas de Zé Roberto, que tinha fechado pelo meio para dar o bote em Edenílson. Foram três palmeirenses em cima da bola, sobraram dois colorados pelo lado direito do ataque, cara a cara com Fernando Prass.



Na volta do intervalo, sem Dracena (substituído pelo volante Thiago Santos, alteração que levou Felipe Melo à zaga), o mapa da mina para o Internacional foi o mesmo lado.



Em contra-ataque, Zé Roberto iniciou a recomposição encarando D'Alessandro. Mas Tchê Tchê se aproximou rapidamente para pressionar o meia argentino, liberando o lateral para acompanhar William. O palmeirense deu um segundo giro de corpo, momento exato em que o meia fez o passe e lhe tirou a chance tanto de interceptar a bola quanto de ganhar na corrida. William invadiu a área e cruzou para o gol de Nico López.



O lado esquerdo defensivo do Palmeiras também foi a origem do primeiro gol do São Paulo, no sábado passado. Na ocasião, quem jogava por ali era Michel Bastos, sob a proteção do recém-contratado zagueiro Juninho, desfalque na Copa do Brasil por já ter defendido o Coritiba no torneio. Tanto Zé Roberto quanto Dracena haviam sido poupados do clássico no Morumbi.



Ainda não houve neste ano um zagueiro e um lateral que se completassem perfeitamente. Vitor Hugo não vinha bem antes de ser negociado com o futebol italiano, mas tem boa velocidade para a cobertura na zaga. Na lateral, outro nome testado – e que não convenceu nesta temporada – foi Egídio.



Embora a diretoria não confirme, a lateral esquerda causa preocupação. Não está descartada a possibilidade de contratar mais uma peça para o setor. O lado direito, que também viveu momentos de altos e baixos, foi recentemente reforçado com a contratação de Mayke, do Cruzeiro, além de já contar com Jean, Fabiano e eventualmente o improvisado Tchê Tchê.