Um dos grandes debates no futebol brasileiro desde a Copa do Mundo é sobre os tipos de marcação adotados aqui. A derrota do Atlético Mineiro para o Raja em 2013, os confrontos na Libertadores e mais fortemente o 7x1 levantou um interessante debate sobre as formas de marcar. Termos como “marcação por zona”, “encaixes individuais”, “encaixes no setor” e “marcação individual” ficaram populares. Mas afinal, o que significam? Existe um método mais seguro? E mais moderno?
Primeiro de tudo, é preciso entender que "marcar" não é dar carrinho, nem desarmar. Marcar o genérico para falar de comportamentos de times sem a bola. E encaixe nada mais é que a mudança de estrutura pensando no rival. O Palmeiras de Cuca é um bom exemplo: contra o Santos, Zé Roberto passou a atuar na ponta, e Juninho foi o lateral esquerdo. Essa mudança de estrutura - que não é uma mudança da forma de jogo - foi feita para neutralizar o lado direito do Santos, segundo o técnico Cuca explicou:
O Santos tem um lado direito muito técnico e velocista, com o Bruno Henrique e a vinda de um armador, que é o lateral. O Lucas Lima cai por ali, tem a chegada do Thiago Maia, o Renato…tem um lado muito técnico e de velocidade. Pensamos em neutralizar esse lado e ter a agudez pelo outro lado, mas faltou por a bola pra dentro.
O encaixe pode ser feito de várias maneiras. É possível encaixar o adversário para facilitar uma estratégia e manter as linhas de marcação bem compactas e orientadas, como Mourinho fez contra o Ajax na final da Europa League. É possível também encaixar o adversário para facilitar as perseguições individuais, como Cuca faz: o ponta pega o lateral e acompanha até o fim, um zagueiro fica com o centroavante e o outro faz a sobra, e por aí vai. No clássico, Cuca pensou em neutralizar um lado forte e explorar um lado fraco com Roger Guedes e Mayke pela direita.
O uso do encaixe não tem a ver com marcar individualmente ou por zona. As diferenças de marcar por zona ou individual são as referências que o jogador tem ao ficar sem a bola: na individual, a busca é pelo jogador a ser marcado: seja até o fim ou por funções no campo, como o Palmeiras fez. A marcação por zona tem como referência o espaço: o contato existe só a partir de alguma outra ação - como a bola estar com o adversário, ou se a bola entra numa determinada zona. A referência é ocupar espaços no campo
Marcar por zona ou individual, encaixar ou não são formas de se resolver problemas. Por problema, entenda como algo do jogo. É preciso marcar o adversário, não? Como o técnico pensa essa marcação? Como ele resolve esse problema? Cuca prefere pensar primeiro no adversário e depois no próprio time. Arma encaixes para facilitar esses acompanhamentos.
O grande problema é que pensar o futebol sob esse prisma individual faz com que o jogo fique ainda mais caótico. Ao escolher controlar o jogo a partir do acompanhamento do rival, o Palmeiras toma um grande risco: fica à mercê de uma jogada individual, ou de um erro. Se alguém desgarra e não acompanha até o fim, o adversário encontra muito espaço para fazer o que quiser. O gol de Kayke é um exemplo: no momento do passe, os encaixes estão bem definidos. Mas Jean Mota recebe e Roger Guedes não acompanha até o fim, dado espaço para a assistência.
A marcação individual e definida pelos setores do Palmeiras funcionou em 2016 por conta da intensidade. Esses encaixes era feitos de forma rápida, e muitas vezes aconteciam numa parte mais alta do campo, impedindo que a bola chegasse perto da meta. A ordem era acompanhar, sufocar e fazer o adversário atrasar a jogada. Sem intensidade, a chance de alguém deixar o encaixe como Roger fez é muito grande.
Muitos times no Brasil fazem como o Palmeiras: procuram encaixes, o famoso “cada um pega o seu”. É uma herança muito forte do futebol de rua- quem nunca "pegou o seu" numa pelada?Abel Braga e Renato Gaúcho preferem assim porque “sabem quem culpar se sai o gol”. E, de fato, eles têm razão: como a referência é individual, os erros saltam mais aos olhos. Numa marcação por zona, um volante precisaria cobrir o espaço deixado por alguém que não retorna. Ao mesmo tempo, ela demora mais para ser entendida, e tempo é algo que técnicos não possuem muito no Brasil.
No fim, é uma questão de lidar com suas escolhas - intensificar pontos positivos e neutralizar os negativos.
Marcando por zona ou individual, procurando encaixar ou não o adversário, Santos e Palmeiras protagonizaram um confronto de times em evolução e com prós e contras de suas escolhas conceituais.
exatamente como foi dito na reportagem que tipo de encaixe faremos? o que está ainda confuso e porque não consiguimos definir um time e o baixo rendimentos de peças essências no esquema
temos q ser torcedor ate em baicho dagua .nao ser torcedor vira lata .
exatamente como foi dito na reportagem que tipo de encaixe faremos? o que está ainda confuso e porque não consiguimos definir um time e o baixo rendimentos de peças essências no esquema
porra esse time do palmeiras ta todo errado na minha opiniao por exemplo tche tche tem que ir para lateral krlh....
O Palmeiras precisa treinar para não tomar gols bobos. Ficamos na maioria das vezes no mano a mano é sempre levamos a pior.
palmeira vai briga pra nao cai isso sim
tem redescobrir como jogar isso sim
Os caras da imprensa torcem ou para a urubuzada ou torcem para as galinhas dangolas são puxa saco desses 2 times não vão falar bem do nosso verdao
Os jogadores do Palmeiras precisam é criar vergonha na cara e jogar pra ganhar, pelo que recebem estão jogando pior que futebol de várzea, isso sim.
Porra, nao vi ninguem da imprensa falar que nos últimos dois jogos criou MUITO mais e que isso é evolução