Por opção da comissão técnica, Edu Dracena e Zé Roberto não viajaram. Tchê Tchê vinha de uma virose e entrou apenas depois do intervalo. Assim, Juninho retornou para a zaga e atuou ao lado de Yerry Mina, com Egídio na esquerda, e Keno voltou a formar trio ofensivo ao lado de Róger Guedes e Willian.



A tática palmeirense foi interessante. Com uma postura de pressionar o adversário no campo de defesa e adiantar a linha de marcação, o Verdão tentou tirar espaços do Bahia e obrigar ao rival a fazer a ligação direta entre a defesa e o ataque - pelo alto, Mina (1,95m) e Juninho (1,87m) deram boa proteção a Fernando Prass, que mais uma vez teve atuação segura.



Róger Guedes e Keno foram as opções de drible e velocidade pelos lados do campo - os dois revezaram pelos setores por diversas vezes durante toda a primeira etapa.



Responsável pelo toque de qualidade da armação palmeirense, Guerra completou a linha do meio de campo, mas alternou também com Willian e chegou a se aproximar da área adversária, principalmente na saída de bola do rival.



E foi do venezuelano o lançamento que achou Keno em boa posição até o atacante ser parado em carrinho de Rafael Becão, em lance que gerou reclamação dos donos da casa. Seguro no jogo, Róger Guedes, que vem treinando frequentemente cobranças de faltas e pênaltis na Academia, deslocou o goleiro Jean e abriu o placar.



O esquema palmeirense ia funcionando perfeitamente na primeira etapa até o último lance antes do intervalo. Sem espaço, o Bahia precisou de uma jogada individual de Zé Rafael, que passou a bola por entre as pernas de Mina, para desmontar o Verdão. Prass até fez duas grandes defesas em sequência, mas não evitou o gol de empate de Vinicius.



Superior no confronto, Cuca voltou do intervalo com Tchê Tchê no lugar de Mayke, e com Jean de volta para a lateral direita. Foram apenas três minutos até a retomada da vantagem no marcador. Logo depois de Róger Guedes ter um gol anulado, Keno - de novo ele - recebeu de Guerra na entrada da área e bateu colocado, de primeira, para acertar o ângulo esquerdo do gol defendido por Jean.

Mais solto, o Verdão teve mais posse de bola e intensidade. Só não soube se aproveitar totalmente da apatia dos donos da casa. O gol que daria tranquilidade total aos palmeirenses, marcado por Mina aos 37 minutos do segundo tempo, não foi nem comemorado por causa do erro de Juninho dois minutos depois, em lance que originou o gol de João Paulo.



Antes disso, porém, um detalhe importante. Luan entrou na vaga de Thiago Santos e fez sua estreia com a camisa alviverde. Ora volante, ora terceiro zagueiro, o novato foi quase um líbero, importante nas jogadas pelo alto e ainda arrancando em contra-ataque.



Em mais um dia com boas atuações de Róger Guedes, Keno, Guerra e Willian, coube a este último, que é o artilheiro do Palmeiras em 2017, definir a vitória. E com um belo gol, em chute de fora da área. Contra o Atlético-GO, na quarta-feira, o Verdão chega com mais moral e mais consolidado para a sequência da temporada, já projetando os duelos de mata-matas.



Ninguém no clube esconde que o objetivo principal é a Libertadores. Mas a diferença no Brasileiro agora é de dez pontos para o líder e de apenas dois para a zona de classificação para a competição sul-americana. Dá para chegar no topo? Se vencer em casa na quarta-feira a torcida do Palmeiras vai começar a acreditar mais...

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