O fato de o duelo ser no Allianz Parque é recheio que dá ainda mais sabor para o clássico. O Palmeiras não perde em sua casa há quase um ano. O último revés foi em 24 de julho de 2016 – e para contrabalançar o ambiente de mística, foi para um alvinegro, o Atlético-MG. Já são 28 partidas sem derrota do atual campeão brasileiro no local. Se a vitória contra o Grêmio, em Porto Alegre, foi uma espécie de batismo de fogo para Carille e cia. pelas circunstâncias envolvidas – valia a ponta naquele momento e tensionava estilos de certa forma antagônicos de jogo -, um bom resultado no clássico na casa do rival e diante de torcida única adicionará uma nova, e lustrosa, camada de casca.
Afora as invencibilidades colocadas à prova, o Derbi tem outros ingredientes a imantar os olhares. Um triunfo do Corinthians deixará o adversário 16 pontos atrás. É uma vantagem abissal, quase impossível de ser tirada. O sonho do bicampeonato irá se esfarelar precocemente. Meses atrás, quando o clube encerrou jejum de 22 anos sem conquistar o Brasileiro, seria impensável que na edição seguinte, e com o mesmo técnico, fosse possível um distanciamento tão grande em estágio tão imaturo da disputa. A prioridade à Libertadores, já verbalizada por jogadores e até pelo técnico Cuca, não importa em desdenhar do campeonato nacional. Tanto que o treinador já falou de sua projeção de aproveitamento para ser campeão, ressalvando o índice ‘anormal’ do Corinthians até aqui e expondo sua ambição. Não teria cabimento colocar a principal competição nacional em segundo plano tão cedo sendo ela a única com garantia de permanência até o fim. Mata-matas têm no fatalismo elemento indissociável.
Por fim, há o nível do futebol em si. No seu retorno após um ‘retiro’, Cuca ainda não conseguiu dar consistência ao Palmeiras. É o oposto do que ocorre com o Corinthians, time com mais solidez no Brasil atualmente. Em meio à maratona de jogos, o técnico tem um elenco mais vasto, mas ainda não o amoldou aos seus pensamentos. Pouco mudam os titulares do Corinthians, é fácil cantar o time de Cássio a Jô. E nas mudanças tópicas, exigidas por lesões ou suspensões, quem entra parece já ajustado ao modus operandi de compactação, disciplina na ocupação de espaço, concentração máxima e eficiência. Paulo Roberto, Marquinhos Gabriel e Léo Príncipe que o digam. O Palmeiras teve uma melhora, com momentos de bom futebol, como contra Fluminense, Bahia e Ponte Preta, mas há vazios. A ponto de o clube estar obsedado por contratar Diego Souza, Vencer o Corinthians, acabando com a banca de invencível do rival, diante do desnível em que se encontram hoje, daria autoestima e gás para uma reação.
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Quando um time está desequilibrado se começa arrumando a defesa, e o Cuca já externou que não gosta de treinar defesa. ou ele aprende a gostar ou ficaremos sem regularidade. Lembra da retrança q o Corinthians jogou contra nós no último Paulista..pq estava em formação...Verdao 2×0