[OFF] Falta de privacidade em resort afasta seleções de Atibaia e frustra comércio

9/7/2014 18:32

[OFF] Falta de privacidade em resort afasta seleções de Atibaia e frustra comércio

Local que recebeu Fla, Palmeiras e agora o Vasco, além de clubes do Oriente Médio, não quis pagar pela visibilidade da Copa, mas presta serviços à Seleção na Granja

[OFF] Falta de privacidade em resort afasta seleções de Atibaia e frustra comércio

Resort luxuoso é praticamente uma mini-cidade e está no mapa do futebol, mas não oferece apelo à região (Foto: Divulgação)



Proximidade da capital, ambiente pouco badalado e estrutura de primeira linha. O resort Bourbon Atibaia, a 70km de São Paulo, reunia quase todos os atributos para ser a casa de uma das grandes seleções classificadas para a Copa do Mundo. Recebeu visitas, passou nos testes da Fifa até a reta final, mas foi descartado por dois motivos: a falta de privacidade no campo e também por se negar a pagar pela visibilidade, prática comum a muitas cidades "rivais" que reformaram suas instalações e contaram com apoio maciço de investidores eo c prefeituras.



No estado, Campinas, Águas de Lindoia, Santos e Mogi foram alguns dos destinos de europeus e africanos. Mas Atibaia, com um centro de treinamento pronto há dez anos, não pôde se adequar. Nem por isso deixou de participar da competição, já que sua equipe de hotelaria - uma das melhores do país - foi contratada pela CBF para servir à Seleção na Granja Comary. E o dinheiro economizado virou receita com a visita de Flamengo, Palmeiras e, por fim, o Vasco para o período de preparação durante a paralisação do calendário do futebol brasileiro. Sem contar com o aluguel de clubes do Oriente Médio, como o Al Jaish, de Nilmar, que chegou na terça.



- Não tínhamos verba disponível e nem motivo para fazer esse investimento. O resort está sempre com uma boa assiduidade, vêm pessoas de todas as partes do estado pelo clima, descanso e pelo que oferecemos aqui. Tem piscinas, teatro, boliche, boate, chefs de cozinha e infraestrutura. Não podíamos abrir mão de nossos hóspedes pelas seleções, que exigiram uma mobilização fora do normal - explicou Ozanir Castilhos, gerente geral do local.



A questão da privacidade é que muitos apartamentos estão voltados para o campo e não haveria chance de trabalhos secretos - a não ser com o isolamento negado. Assim, Portugal (o mais próximo de fechar), Holanda, Grécia, Rússia, Colômbia, entre outros, passaram a vez. Caso semelhante também aconteceu com Pinheiral, município no sul do Rio de Janeiro, que dependia de obras do governo que não saíram do papel. O Vasco aproveitou e utilizou ambos.



A diária do luxuoso Bourbon Atibaia custa, em média, R$ 1.299 para o casal e crianças. Mas podem ser acertados pacotes de até R$ 960, variando entre a época e o tempo de permanência. Além da parceria externa com o Brasil em Teresópolis, o resort apostou em eventos, sorteios e personalidades para entreter seus clientes no teatro que passou os jogos do time de Felipão com a presença de ídolos do passado como Muller e Ademir da Guia. No período também houve uma clínica de futebol do Barcelona com dois treinadores catalães.



"CIDADE DOS TIMES" FICA FRUSTRADA





Bar ficou lotado para ver o Brasil nas quartas de final e recebeu pessoas da região (Foto: André Casado)



No mapa do futebol, a cidade esperava lucrar com o período da Copa do Mundo. Mas a falta de seleções limitou os atrativos e frustrou os planos do comércio e de hotelaria, que, mesmo nos feriados e fins de semana, não chegou a 40% de ocupação. A presença dos clubes, em geral, causa interesse, mas, devido ao protagonismo do Mundial no país, não teve qualquer peso.



- É uma pena, porque havia a expectativa de toda a região se voltar para Atibaia. Profissionalmente ou para o povo mesmo, seria bom ter mais turistas. Mas não podemos culpar ninguém. Quase ninguém sabe que os clubes estiveram aqui. Acho que a falta de craques também é um sintoma - argumentou Cláudio Marlin, comerciante de um bairro residencial.



Já Ozanir reconhece que a mudança de planos trouxe prejuízos, mas lembra que, como o resort fica na rodovia Fernão Dias, normalmente poucos hóspedes saem para aproveitar a parte urbana e o mesmo poderia acontecer com os curiosos que se amontoassem para ver Cristiano Ronaldo.



- Afeta, sim, o comércio essa situação, mas de qualquer forma os times ficam internados aqui. Não vão para o centro, não utilizam a cidade. E as pessoas também seguem essa linha. O resort é mais conhecido pela mídia, porque não exatamente na cidade. Não gera integração com a comunidade. Viramos a cidade dos times de futebol por causa de um projeto que apresentei, mostrando os benefícios que trariam, mas pouco se explora isso por causa desses fatores de isolamento. Quando tivemos Neymar e Rogério Ceni aqui, por exemplo, tivemos que fazer um cordão de isolamento e o assédio interno foi grande - ressaltou.





Restaurante argentino é cheio de referências a futebol e música, mas não decolou durante a Copa (Foto: André Casado)



A eliminação do Brasil na semifinal do torneio mexeu com a cidade. Depois de uma sexta-feira animada pelas ruas e bares principais, com a vitória sobre a Colômbia, a noite foi sepulcrar e com os estabelecimentos fechados na terça, mesmo véspera de feriado. Muitos restaurantes se vestiram de verde e amarelo e já começaram a recolher bandeiras e ilustrações.



Quem ainda sonha em sorrir por último é o argentino Pablo Sarmiento, que é dono da churrascaria Tango Grill. Sua história com o futebol é antiga por causa de seu pai, fanático torcedor do Independiente. Por isso, o local é recheado de referências - de Pelé a Messi, além, é claro, de detalhes sobre a música de seu país e também internacional. O que poderia ser um point em época de bola rolando vive de eventuais almoços de famílias visitantes.



- Queria que o título ficasse no continente. Claro que aposto na Argentina, mas a Copa está muito equilibrada. São bons jogos, está ótimo de se ver - analisou o simpático Pablo, agarrado a uma bandeira de seu país, que destoa do tom amarelo da região.



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3324 visitas - Fonte: Globoesporte

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