Detalhe importante: a Chape vinha de excursão fora do país e não vencia havia três rodadas no torneio, marca que agora pertence ao Palmeiras – foi a segunda derrota consecutiva em seu estádio pelo Brasileirão (havia perdido também do Atlético-PR, por 1 a 0, na 19ª rodada).



O Palmeiras pôde contar com dois de seus jogadores mais habilidosos e criativos, Guerra e Moisés, pela primeira vez no 11 inicial no Campeonato Brasileiro. Mas não foi o bastante para surpreender a Chapecoense, que ainda se aproveitou de dois vacilos do rival para vencer por 2 a 0, neste domingo, na arena, em jogo válido pela 21ª rodada.



Detalhe importante: a Chape vinha de excursão fora do país e não vencia havia três rodadas no torneio, marca que agora pertence ao Palmeiras – foi a segunda derrota consecutiva em seu estádio pelo Brasileirão (havia perdido também do Atlético-PR, por 1 a 0, na 19ª rodada).



Na primeira vez de Moisés e Guerra lado a lado, o Palmeiras tinha tudo para mostrar volume ofensivo capaz de empurrar a Chape contra a sua linha de fundo. Afinal de contas, eram cinco peças se movimentando o tempo todo: além da dupla já citada, o técnico Cuca escalou Róger Guedes, Deyverson e Willian no ataque.



Na teoria, um time leve, veloz... Na prática, o que se viu foram cinco atletas tentando se tornar opções de passe a Thiago Santos. Ou seja, o menos técnico do meio para frente tinha de ser o mais cerebral.



Ficou fácil para a Chapecoense anular essa formação. Bastava fechar o espaço de Thiago Santos e acompanhar Guerra ou Moisés quando um deles ainda tentava vir até a linha central pegar a bola. Mesmo assim, na frente, Deyverson e Willian quase não participavam do jogo – os dois, somados, tocaram 11 vezes na bola apenas.



Defensivamente, o Verdão ainda cometeu um vacilo grande no lance do gol de Fabrício Bruno. No cruzamento de Reinaldo para o segundo pau, a falha maior foi de Luan, que não chegou a tempo de interceptar. Mas é bom frisar que o zagueiro tinha de fazer a cobertura de praticamente três adversários, pois a marcação palmeirense se concentrou no primeiro pau.

Defesa do Palmeiras cochila na marcação no lance do gol da Chape (Foto: Reprodução)



Segundo tempo



Cuca tentou corrigir o time já no intervalo. Tirou Thiago Santos e Róger Guedes para colocar Tchê Tchê e Keno. Também mexeu bastante no posicionamento da equipe:



Keno foi para a esquerda, no lugar de Deyverson;

Deyverson foi centralizado;

Willian abriu para jogar como ponta direita;

Moisés foi recuado para ajudar Tchê Tchê na saída de jogo.

Formação do Palmeiras no segundo tempo (Foto: GloboEsporte.com)



O Palmeiras até melhorou tecnicamente, principalmente com a nova função de Moisés. Criou uma boa oportunidade, com Keno, mas muito mais em função de uma falha individual de Apodi do que pela construção da jogada. O time tinha mais posse de bola (60%, em média, ao longo do confronto), trocava passes, mas não chegava ao gol da Chape.





Na sua última cartada, Cuca colocou Borja no lugar de Willian, que saiu sentindo câimbras. A partir dos 30 minutos, diante da dificuldade de furar a defesa catarinense, o Palmeiras passou a se desorganizar e tentar chegar na base dos chuveirinhos. Foi o que funcionou, para dizer a verdade. As melhores oportunidades, incluindo uma de Deyverson, que o goleiro Jandrei salvou, vieram de bolas levantadas na área.



Nos acréscimos, novo vacilo defensivo sacramentou a atuação ruim dos donos da casa. Jean não se ligou na linha de impedimento e deixou Túlio de Melo em condição legal no passe de Wellington Paulista. Luan, por sua vez, não percebeu a presença do lateral nas suas costas e praticamente parou no lance. Depois, foi só ouvir a torcida enfurecida.



A próxima rodada reserva um clássico para o Palmeiras, que recebe o São Paulo, mais uma vez na sua arena, no domingo (27), às 16h.

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