O primeiro título - Em 1920, apenas seis anos após a fundação, o Palestra Itália conquistou seu primeiro Campeonato Paulista, vencendo no jogo decisivo o poderoso Paulistano, então tetracampeão estadual, por 2 a 1. A foto acima mostra o time campeão.

O estádio - O campo de futebol do Parque Antártica, espaço que pertencia à Companhia Antarctica Paulista, fabricante de bebidas, foi comprado pelo Palmeiras em 1920. Na primeira partida como proprietário do estádio, no dia 16 de maio de 1920, o Palestra fez 7 a 0 no Mackenzie, gols de Caetano (3), Heitor (2), Fabbi e Imparato. Em 1950, o clube iniciou a profunda reforma que transformou o campo em um jardim suspenso. O estádio era assim quando foi fechado para reforma pela última vez, em 2010.

Década da afirmação - A foto acima mostra o tacante Romeu Pellicciari durante a histórica goleada do Palestra sobre o Corinthians, por 8 a 0, em 1933. Esta é até hoje a maior goleada da história do Dérbi. Na década de 1930, o clube ainda conquistou seu único tricampeonato estadual, em 1932, 1933 e 1934. Em 1940, foi protagonista da abertura do Pacaembu ao golear o Coritiba por 6 a 2.

A Arrancada Heroica - O Palestra virou Palmeiras em 1942, depois que o governo Getúlio Vargas proibiu o uso de nomes relacionados aos países do Eixo (Alemanha, Itália e Japão) na Segunda Guerra Mundial. O nome Palestra de São Paulo não agradou, e a mudança definitiva ocorreu às vésperas da partida final do Campeonato Paulista, contra o São Paulo, realizada em 20 de setembro. Por sugestão de Adalberto Mendes, capitão do Exército, o time entrou em campo com a bandeira do Brasil para evitar as vaias, em imagem que tornou-se histórica. O jogo acabou antes do fim, já que o São Paulo, que perdia por 3 a 1, abandonou o gramado quando teve um pênalti marcado contra si. O Palestra morreu líder e o Palmeiras nasceu campeão.

Foto histórica - A imagem acima mostra Jair da Rosa Pinto motivando Oberdan Cattani e Nestor no intervalo do 'Jogo da Lama', o clássico contra o São Paulo que decidiu o Campeonato Paulista de 1950. O Palmeiras precisava de um empate para conquistar o título e foi para o intervalo perdendo por 1 a 0. Com o brio de Jair, conseguiu empatar e levantar a taça.

O mundo é verde - O Palmeiras venceu a Taça Rio de 1951 ao superar a Juventus (ITA) na decisão: 1 a 0 e 2 a 2, em duas partidas no Maracanã. Por esse título, o clube se considera o primeiro campeão mundial da história - com a chancela da Fifa. Neste ano, o Conselho Deliberativo aprovou o uso de uma estrela vermelha acima do símbolo no uniforme.

Palmeiras é Brasil - Em 1965, jogadores e comissão técnica do Palmeiras foram convocados pela CBD (Confederação Brasileira de Desportos) e representaram a Seleção Brasileira no jogo que marcou a abertura do Mineirão, contra o Uruguai. O Palmeiras - ou melhor, o Brasil - venceu o jogo por 3 a 0. Foi a única vez que um time inteiro representou a Seleção. Jogaram Valdir de Morais (Picasso), Djalma Santos, Djalma Dias, Valdemar (Procópio) e Ferrari; Dudu (Zequinha) e Ademir da Guia; Julinho (Germano), Servílio, Tupãzinho (Ademar Pantera) e Rinaldo (Dario).

A Primeira Academia - Comandado por Dudu e Ademir da Guia (foto), além de Valdir de Morais, Djalma Dias e Djalma Santos, o Palmeiras dos anos 60 ganhou o apelido de Academia de Futebol. Foi uma década de vários títulos, com destaque para dois estaduais (1963 e 1966), duas Taças Brasil (1960 e 1967) e dois Robertões (1967 e 1969). O Verdão já mostrava que sabia ser brasileiro...

A Segunda Academia - O Palmeiras formou uma nova Academia de Futebol na década de 1970, com nomes como Leão, Luís Pereira, Alfredo, Leivinha, Edu Bala, César Maluco, Nei e Jorge Mendonça, além dos remanescentes Ademir e Dudu. O ano de 1972 talvez tenha sido o mais incrível da história alviverde, com futebol exuberante e os títulos do Paulistão e do Brasileiro. Em 1973, veio mais um título brasileiro.

Zum, zum, zum, é 21 - O título paulista de 1974 foi um dos mais festejados da história do Palmeiras. O motivo: manteve o rival Corinthians, adversário na decisão, em uma fila de títulos que começara após o Estadual de 1954 - e que só terminaria em 1977. O atacante Ronaldo, menos brilhante que seus colegas de Academia de Futebol, mas que era considerado um talismã, marcou o gol da vitória por 1 a 0 do Verdão na grande final. A torcida palmeirense, minoria no estádio, saiu tirando sarro: "zum, zum, zum, é 21", em referência ao período sem taças do rival, que se aproximava dos 21 anos.

O Porco e a fila - A década de 80 foi amarga para o palmeirense, órfão das Academias de Futebol. O clube entrou em sua maior fila de títulos na história, com direito a uma dolorosa derrota para a Inter de Limeira na final do Paulistão de 1986. Naquele mesmo ano, a torcida decidiu adotar o apelido pejorativo dado ao clube pelos rivais, e o porco virou um mascote extra-oficial do clube. Jorginho Putinatti, símbolo daquela geração (e chamado de pé-frio por alguns fanáticos), posou para a revista Placar segurando um porco de verdade.

Em 93.... Nós ganhamos o Paulistão! - O título paulista de 1993 é, até hoje, lembrado em todos os jogos do Palmeiras em uma música da torcida. No segundo ano da histórica parceria com a Parmalat, o Verdão superou o Corinthians na decisão estadual e pôs fim ao jejum de 16 anos sem título. E foi em grande estilo, com goleada por 4 a 0. Comandado por Luxemburgo, o time de Zinho, Edmundo e Evair ainda faturou o Brasileiro e o Rio-São Paulo daquela temporada. Em 1994, veio outro título do Brasileiro.

A Máquina de 1996 - Com Djalminha, Luizão, Rivaldo, Muller e outros craques, além de Luxemburgo no banco de reservas, o Palmeiras fez um Paulistão avassalador em 1996. Foi campeão com 102 gols e apenas uma derrota em 27 partidas, com direito a goleada por 6 a 0 sobre o Santos na campanha. Esse time foi vice-campeão da Copa do Brasil do mesmo ano e acabou desmontado na sequência.

A Era Felipão - Depois de Luxemburgo, Luiz Felipe Scolari chegou para fazer história no Palmeiras. Em 1998, faturou a Copa do Brasil com um gol histórico de Oséas em cima do Cruzeiro (foto), além da Copa Mercosul. Era um aperitivo do que estava por vir.

Enfim, a América - Com velhos conhecidos, como Cléber, César Sampaio, Zinho e Evair, e novos craques, como Arce, Junior, Alex, Paulo Nunes e Oséas, além do goleiro Marcos, que se consagrou como ídolo da torcida naquela campanha, o Palmeiras foi campeão da Libertadores em 1999, superando o Deportivo Cáli na decisão.

Rivalidade aflorada - O fim da década de 90 ficou marcado por confrontos épicos entre Palmeiras e Corinthians. Em 1999, mesmo ano em que eliminou o rival nas quartas de final da Libertadores, o Verdão foi derrotado na decisão estadual, em jogo que terminou com aquela que talvez seja a maior batalha campal da história do clube (foto).

Amém, Marcos - O Palmeiras perdeu o título da Libertadores de 2000 para o Boca Juniors (ARG), na final, mas a campanha ficou marcada por novos confrontos inesquecíveis contra o Corinthians. No jogo de ida da semifinal, os alvinegros venceram por 4 a 3. Na volta, deu Palmeiras: 3 a 2. Nos pênaltis, Marcos defendeu a cobrança de Marcelinho Carioca e consolidou-se de vez como o Santo dos alviverdes.

No Rio-São Paulo de 2002, o meia Alex marcou um dos gols mais bonitos da história do Palmeiras na vitória por 4 a 2 sobre o São Paulo, no Morumbi: ele aplicou chapéus no zagueiro Emerson e no goleiro Rogério Ceni antes de empurrar a bola para a rede.

Primeira queda - Em 2002, ainda tentando se reestruturar após a saída da Parmalat, o Palmeiras foi rebaixado para a Série B do Campeonato Brasileiro. O jogo que decretou a queda foi contra o Vitória (foto). O clube venceu a Segundona em 2003.

Campeão com Luxa outra vez - Em 2008, o Palmeiras sentiu de novo o sabor de ser campeão com Luxemburgo no banco de reservas: faturou o Paulistão em cima da Ponte Preta. A campanha teve 'chororô' de Valdivia contra o Corinthians e o 'Jogo do Gás' contra o São Paulo na semifinal (foto).

Fim de uma era - A temporada de 2011 foi a última de Marcos como jogador profissional. Em 2015, ele foi eternizado em um busto (foto) nas alamedas do Palestra Itália. Oberdan Cattani, Ademir da Guia, Junqueira e Waldemar Fiúme são os únicos outros ex-atletas do clube a receberem tamanha honraria.

Campeão com Felipão outra vez - Em 2012, o Palmeiras voltou a sentir o gosto de ser campeão com Luiz Felipe Scolari no banco de reservas. Faturou a Copa do Brasil, superando o Coritiba na grande final. Marcos Assunção, Valdivia e Barcos foram destaques da campanha. Betinho fez o gol do título.

A segunda queda - Meses depois do título da Copa do Brasil, o Palmeiras experimentou a sensação de ser rebaixado para a Série B pela segunda vez em sua história. Conquistou a Segundona em 2013.

Casa nova - Depois de quatro anos de reforma, o Palestra Itália foi reaberto em 2014. Agora chamado de Allianz Parque, o estádio é um dos mais modernos do país e uma enorme fonte de renda para o clube.

A Era Crefisa - Em 2015, já fortalecido por uma reestruturação financeira comandada pelo presidente Paulo Nobre, o Palmeiras passa a ter a Crefisa como patrocinadora. Leila Pereira, dona da empresa, avisa que seu desejo é superar a 'era Parmalat' e faz investimentos sem precedentes no futebol brasileiro.

Na minha casa mando eu - Palmeiras supera o Santos nos pênaltis e sagra-se campeão da Copa do Brasil de 2015. A primeira volta olímpica do Allianz Parque é do Verdão! E os tempos sombrios, enfim, ficam no passado. Marcelo Oliveira acaba com monopólio de Luxa e Felipão.

O maior campeão nacional - Comandado por Moisés, Dudu e Gabriel Jesus, o Palmeiras de Cuca encerrou no ano passado um jejum de 22 anos sem título no Brasileirão. Consolidou-se como maior vencedor de títulos nacionais do país, com 12 taças.

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