Leão teria dado uma bola fora com sua ausência em homenagem do Palmeiras

2/9/2017 11:44

Leão teria dado uma bola fora com sua ausência em homenagem do Palmeiras

Leão teria dado uma bola fora com sua ausência em homenagem do Palmeiras

Ex-goleiro Leão foi homenageado na comemoração dos 103 anos do Palmeiras



Ao ler a notícia publicada no UOL por Danilo Lavieri tive um calafrio. Ele disse que o presidente do Palmeiras, Mauricio Galiotte, teve de convencer Leão a receber uma homenagem na comemoração dos 103 anos de fundação do clube.







Imagine que situação delicada essa, o Palmeiras tendo preparado uma homenagem àquele que, na opinião do presidente, foi o melhor jogador alviverde de todos os tempos, e o homenageado simplesmente não comparece.



Não teria sido a primeira vez na história do futebol. Certa vez, Ricardo Teixeira preparou uma grandiosa festa para a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) homenagear João Havelange. Tudo acertado, os cartolas todos presentes, e o homenageado não deu as caras. Na melhor das hipóteses, poderíamos dizer que ficaram ali com cara de bobos. Talvez não exista desfeita maior que prestar uma homenagem, e o homenageado não comparecer ao evento.



Com certeza um dos momentos mais eloquentes da oratória brasileira ocorreu em situação semelhante. Os abolicionistas de São Paulo promoveram uma homenagem estrondosa a José Bonifácio de Andrada e Silva, o grande nome do abolicionismo.



Para prestar a homenagem, convidaram um dos melhores oradores da época, Brasílio Machado, conhecido como o "paladino do Direito". O orador preparou seu discurso, mas teve uma desagradável surpresa: José Bonifácio não compareceu para receber a homenagem.

Avalie a situação do orador: com o discurso pronto, a festa preparada, as pessoas ansiosas e nada do homenageado. O desafio era grande, pois precisava prestar a homenagem, mas não poderia fechar os olhos para o descontentamento da plateia.



Ele foi genial. Começou colocando o dedo na ferida, mencionando a ausência do homenageado e a revolta do público. Em seguida, citou a humildade de José Bonifácio. Finalmente, usou sua inteligência e presença de espírito para contornar aquele momento tão delicado:



"Senhores, se não me fora permitido dominar as revoltas do pesar, que uma circunstância do momento instiga, mas que a reflexão modera, e eu pudesse, numa síntese enérgica, condensar as interrogações que mal se calam na boca de quantos me escutam, sob cada palavra minha eu deveria sentir as palpitações de uma surpresa amarga, e em cada gesto deveria adivinhar o constrangimento.



Por que nos reunimos? Para afirmar. E o que afirmamos? Uma pessoa. Mas quem pressuroso acode recebê-la? Ninguém!



Pois que o eminente cidadão, em cuja honra se organiza essa homenagem, não pode vencer as travadas linhas da solidão e da modéstia em que se isolou, e destarte se esquiva às exclamações que o esperavam.



Não, senhores, o que afirmamos não é um homem, é um princípio; não é a estátua, é a significação; não é o foco, mas a irradiação; não é a pessoa, mas a propaganda.



Ausente, José Bonifácio se distancia, mas pela elevação; a luz, quanto mais sobe, mais se aproxima; a ideia quanto mais domina, mais se eleva. Senti-lo ausente é mais significativo que o saudar de perto."



Brasílio Machado conseguiu demonstrar com bonito jogo de palavras que a homenagem à distância era ainda mais significativa do que se realizada com a presença do homenageado.



Não foi preciso nenhum Brasílio Machado para salvar a festa palmeirense. Leão compareceu, se emocionou e disse palavras que envolveram a plateia: "O Palmeiras me deu uma joia rara. Foi lá que conheci minha mulher, com quem sou casado há 41 anos."



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3507 visitas - Fonte: UOL

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se fosse eu nem convidaria esse leão jogou nos quatro de são Paulo e não é ídolo de nenhum minha opinião

depois os jogadores reclamam que o clube não liga pra eles que coisa chata ter de implorar só pensam em dinheiro

Ter que convencer e implorar para vir receber uma homenagem?....aff.

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