?Mais de R$ 100 milhões investidos para tentar vice-campeonato brasileiro? Se não vieram os títulos, o jeito é “baixar a poeira” e almejar objetivos mais modestos em uma temporada bem abaixo da expectativa. A ideia no Palmeiras para este final de Brasileirão é justamente tirar o peso de cima dos atletas pela falta de resultados mais expressivos. E, quem sabe, “fazer deste limão uma limonada”.
Jogadores e comissão técnica sabem que a pressão por conquistas que o próprio elenco colocou sobre os ombros foi demasiada. A chegada de nomes de peso como Guerra, Borja, Felipe Melo e Willian Bigode fizeram do Verdão o adversário mais temido por todos. Mas, em campo, a equipe nem de perto foi aquilo que se esperava. “Vai vencer o time que estiver mais tranquilo para exercer o seu objetivo. Agora queremos a fazer a nossa parte. Se a distância para o líder é grande, precisamos esquecer os adversários e buscar a segunda colocação pensando jogo a jogo”, destacou o volante/lateral Jean. “A torcida quer que a gente vença. Espetáculo a gente deixa para os outros”, acrescentou o atacante e capitão Dudu.
As cobranças, claro, são naturais em cima de um time que nem próximo de uma taça chegou. E isso ainda é reflexo do que aconteceu lá atrás. “Se não der liga não adianta, por melhor que seja o grupo. Os atletas acabam sentindo essa pressão, e vivemos com ela até hoje. Ganhamos do Coritiba de 1 a 0, mas tem gente que diz que não foi bom e que tinha que ser mais”, definiu o técnico Cuca. Em quarto lugar com 40 pontos, o Palmeiras tem três a menos que o Grêmio, segundo colocado. Uma diferença totalmente "tirável" se comparada aos 13 de desvantagem na relação com o Corinthians, líder absoluto.