Há três fatores que colaboram para o Palmeiras crer no afunilamento da disputa com o arquirrival: os resultados recentes (quatro partidas de invencibilidade), a evolução da própria equipe (segundo análise da comissão técnica, diretoria e jogadores) e a queda corintiana em comparação ao histórico retrospecto do primeiro turno.
Somente nas últimas quatro rodadas – período no qual o Palmeiras somou 10 pontos, com três vitórias e um empate -, a equipe comandada por Cuca reduziu em seis pontos a diferença para os corintianos. A crença palmeirense cresce ainda mais pela análise teórica da tabela nas próximas seis rodadas.
Enquanto o ainda quarto colocado Palmeiras contará com quatro jogos como mandante – o primeiro neste sábado, às 19h (de Brasília), contra o vice-líder e concorrente direto Santos (depois, Cuca e companhia recebem Bahia, Ponte e Cruzeiro) -, o Corinthians sai quatro vezes de São Paulo para enfrentar Cruzeiro, Bahia, Botafogo e Ponte Preta.
Estas seis rodadas são justamente as que antecipam o dérbi em Itaquera, válido pela 32ª rodada. A meta de acumular o máximo de pontos é acompanhada com a possibilidade de impor uma pressão sobre o arquirrival, que caiu de rendimento e desempenho neste segundo turno.
O elenco se reuniu antes da atividade da última quarta-feira com o presidente Mauricio Galiotte, o diretor de futebol Alexandre Mattos e o técnico Cuca para abordar, entre um dos temas, as próximas semanas de campeonato. Enxerga-se que a manutenção da evolução pode produzir um efeito psicológico no lado corintiano nesta reta final de temporada.
"A medida que o adversário vai perdendo, a sua confiança aumenta. A partir do momento em que vencemos, aumenta a pressão para o adversário vencer. Aí podem acontecer os deslizes que a gente tem que saber aproveitar da melhor forma possível", afirmou o meio-campista Moisés, que enxerga um cenário favorável no desmembramento da tabela.
"Não depende só da gente, porque estamos 11 pontos atrás. Dependemos de fazer o nosso trabalho e o Corinthians tropeçar; aí aumentam nossas possibilidades. Claro que é importante ter mais jogos em casa, mas agora temos um clássico contra um concorrente direto [Santos]. Uma vitória seria importante para dar confiança e manter esta evolução que estamos tendo no campeonato", encerrou.
Para manter-se crente na caça ao Corinthians, o Palmeiras trata o duelo do fim de semana contra os santistas como uma "final". Com apenas um ponto de desvantagem em relação ao rival do litoral (43 a 44), a equipe alviverde assumiria, no mínimo, a terceira posição com um resultado positivo no Allianz Parque – o Grêmio, que encara o Fluminense, também soma 43 e possui vantagem em relação ao time de Cuca nos critérios de desempate.
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