A Polícia Militar admitiu que fechou os portões e alegou superlotação. Segundo o tenente-coronel Marcelo Granja, assessor de imprensa da PM-GO, o estádio não comportava mais pessoas e, por questão de segurança, foi necessário impedir a entrada dos torcedores. Ainda segundo a PM, foi reservado 70% do estádio para os palmeirenses, porém, a área acabou sendo insuficiente.
O caso está sendo investigado pelo delegado Izaias Pinheiro, do 1º Distrito Policial de Goiânia. Para ele, os números de público pagante e presente divulgados pelo Atlético-GO “não fecham”. De acordo com a diretoria rubro-negra, 11.881 pagantes estiveram no Olímpico, e o público total foi de 12.619 presentes. Para o delegado, mais pessoas entraram no estádio e muitas ainda ficaram do lado de fora.
- Os números não fecham. Divulgaram que cerca de 12 mil pessoas estavam lá dentro. A capacidade é de 13,5 mil, mas acredito que tinham 17 mil pessoas dentro do estádio tranquilamente. Eu estava lá. A PM ainda estima que 2 mil pessoas ficaram fora. Os portões foram fechados, se estas pessoas tivessem entrado poderia ter acontecido algo pior – afirmou o delegado Izaias Pinheiro ao GloboEsporte.com.
O procedimento de investigação vai apurar também se houve desrespeito ao Estatuto do Idoso e aos estudantes, já que não havia ingressos de meia-entrada disponíveis na hora da partida. Na semana passada, o Atlético-GO afirmou que os ingressos de meia-entrada estavam esgotados. Ainda será investigado se houve duplicidade ou falsificação de ingressos.
De acordo com a assessoria de imprensa do Dragão, a diretoria irá se pronunciar após reunião com o comando da Polícia Militar, responsável pela segurança no evento.
Procon autua Atlético-GO
Na manhã desta segunda-feira, o Procon Goiás expediu auto de infração contra o Atlético-GO. O clube foi autuado por má prestação de serviços, previsto no artigo 14 do Código de Defesa do Consumidor. Uma das infrações cometidas seria a venda de ingressos além da capacidade do estádio, o que provocou tumulto nas catracas de acesso. O clube terá 10 dias para apresentar sua defesa. O Procon orienta aos torcedores que compraram ingresso e não puderam assistir ao jogo que procurem a sede do órgão para que sejam instaurados processos administrativos individuais e que haja o reembolso do valor pago.
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