Ainda é difícil de acreditar que o Palmeiras, que desdenhou o principal campeonato do Brasil por meses e se planejou mal para a temporada, tenha uma chance de assumir a liderança no dia 5 de novembro. Um único resultado (vitória da Ponte Preta sobre o Corinthians, no domingo) dará ao Alviverde a chance de dizer, em 28 de outubro: “só dependemos de nossas forças”. Se alguém falasse isso há dias seria levado a um hospício.
Mas mesmo passando por turbulência e claramente pressionado, o líder é favorito contra a Macaca, um dos piores times do Brasileirão e do turno (só nove pontos). E aí entra o outro lado da história, que faz a busca do Palmeiras ser muito complicada. O Corinthians pode colocar nove pontos de vantagem sobre o rival no domingo e, em casa, no dia 5, ter a possibilidade de ampliá-la (vai depender também do dificílimo jogo que o Verdão tem diante do Cruzeiro na segunda, no Allianz Parque). Assim como pode ser líder no dia 5, o Alviverde pode sair de Itaquera com 12 pontos de desvantagem para o Timão.
Tirar seis pontos do líder a oito jogos do fim e ser campeão não é inédito. Quem sofreu a virada foi justamente o Palmeiras, em 2009, quando tinha 54 pontos contra 48 do Flamengo. É difícil imaginar que o Verdão consiga a façanha sem vencer, pelo menos, seis jogos: iria a 71 pontos, número que nem pode ser suficiente. O Corinthians baterá 72 com quatro triunfos e um empate e, olhando a tabela, a meta é perfeitamente viável mesmo para um time que só fez 12 pontos aos trancos e barrancos no returno. Ponte Preta (F), Palmeiras (C), Atlético-PR (F), Avaí (C), Fluminense (C), Flamengo (F), Atlético-MG (C) e Sport (F) é a rota do líder. O poder de fogo do Timão despencou, mas o nível do campeonato lhe permite buscar os resultados que faltam até se continuar com desempenho ruim.
Cruzeiro (C), Corinthians (F), Vitória (F), Flamengo (C), Sport (C), Avaí (F), Botafogo (C) e Atlético-PR (F) é a rota do vice-líder. O Palmeiras apresenta-se como candidato graças às três vitórias, com bom futebol, do time sob o comando de Alberto Valentim contra adversários fracos. Não dá ainda para se ter tamanho grau de confiança para apostar que o desempenho seguirá em alto nível – o Cruzeiro é um belo teste. Valentim não é um aventureiro. O interino vive dentro da Academia desde 2014 e tinha suas próprias ideias para um grupo com o qual trabalha todo dia. Colocar em prática é mais simples e já deu para ver o Palmeiras trabalhando melhor a bola em bons momentos contra Ponte, Atlético-GO e Grêmio. Mas a amostra ainda é pequena diante do desafio de tentar a maior virada da história, com jogos muito complicados pela frente. Não dá pra esquecer que o Verdão está devendo bola desde janeiro.
Hoje, não há briga por liderança. Há um líder em turbulência com um candidato a entrar numa disputa. A situação pode mudar no domingo, como a esperada briga (do lado palmeirense) pode continuar não passando de um sonho. E o Santos? Você deve estar se perguntando… É um fenômeno, responde este jornalista. Não me lembro de uma pontuação tão desproporcional ao desempenho de um time, num clube com gestão tão atrapalhada. É realmente incrível que o Peixe tenha 53 pontos. Se vencer o São Paulo, no sábado, o Alvinegro vai colocar mais pressão no Corinthians e, apesar do futebol horroroso que tem praticado, irá se apresentar também como um candidato a participar da disputa. Não duvide de nada no Campeonato Brasileiro. O passado e o próprio presente ensinam.
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O Corinthians é um timezinho medíocre , vai perder pra Ponte Preta no domingo e também pro Palmeiras no dia 5 de novembro no Itaquerão.
kkkkkk da hora