Lembra dele? 'Messi Black' renasce, vira máquina de gols na Série B e sonha com volta ao Palmeiras: 'Estou jogando solto'

27/10/2017 12:34

Lembra dele? 'Messi Black' renasce, vira máquina de gols na Série B e sonha com volta ao Palmeiras: 'Estou jogando solto'

Lembra dele? 'Messi Black' renasce, vira máquina de gols na Série B e sonha com volta ao Palmeiras: 'Estou jogando solto'

Mazinho comemora um de seus 15 gols pelo Oeste



Quem dá uma olhada na tabela da artilheiros da Série B depare-se com Anderson Soares da Silva no topo, do Oeste-SP, com 15 gols marcados. Talvez você não o conheça pelo nome, mas certamente irá lembrar do meia-atacante por seus dois apelidos: Mazinho, ou o mais ousado deles: "Messi Black".







Sim, é aquele mesmo Mazinho que arrebentou no Palmeiras em 2012, ajudando a equipe alviverde a ser campeã da Copa do Brasil com gols importantíssimos nas fases decisivas do torneio, especialmente no jogo da ida da semifinal, contra o Grêmio, no velho Estádio Olímpico.



Atualmente no Oeste, time que o revelou, após ver seu contrato com o Palmeiras acabar no último 31 de julho, o jogador está em uma fase espetacular. São oito gols nos últimos seis jogos, números que o colocaram no topo da tabela de artilheiros e ainda levaram o time de Barueri-SP (antigamente de Itápolis-SP) ao 6º lugar, ainda na briga por uma vaga na elite em 2018.



"Meu momento é ótimo. Estou conseguindo fazer muitos gols e tendo muitas oportunidades", celebra o atleta de 30 anos, que também passou na carreira por Marília, Noroeste, São Caetano, América-RN, Coritiba, Santa Cruz e Vissel Kobe-JAP, em entrevista ao ESPN.com.br.



"Mas, para falar a verdade, eu não esperava ser artilheiro. É a primeira vez que brigo pela artilharia de um campeonato! Por isso, estou bem feliz e contente com essa novidade na minha vida", festeja.



Segundo Mazinho, essa fase artilheira se deve à sua mudança de posicionamento. Ele deixou de ser um meia tradicional para virar uma espécie de "faz tudo" no ataque, jogando em várias funções e alternando a todo o tempo seu posicionamento para confundir os rivais e seguir guardando bolas na rede.



"Eu nunca fui centroavante, mas estou jogando solto e sem posição fixa. Nosso treinador [Roberto Cavalo] gosta que eu fique rodando e mudando de lado", conta o veterano.



Vivendo um dos melhores momentos da carreira, ele quer seguir derrubando goleiros para levar o Oeste pela primeira vez à Série A do Brasileiro, além de voltar aos grandes palcos do futebol nacional.



Seu grande sonho, como contou em entrevista à Gazeta Esportiva, é um dia voltar ao Palmeiras, clube pelo qual conquistou seu maior título (a Copa do Brasil de 2012), mas pelo qual também foi rebaixado à Série B no final daquele ano.



"Espero buscar essa artilharia até o fim da Série B para ver se até o ano que vem parece alguma coisa boa... Mas antes, vou lutar para fazer ainda mais gols e brigar pelo acesso com o Oeste", decreta.



A próxima chance de Mazinho guardar a bola na rede será nesta sexta-feira, quando o "Rubrão" recebe o Brasil de Pelotas, às 20h30 (de Brasília), pela 32ª rodada da Série B. Com 49 pontos, o Oeste está a 6 de distância do Ceará, que hoje seria a última equipe promovida à elite.



"Ninguém acreditava que iríamos fazer essa campanha, porque o primeiro objetivo era se livrar do rebaixamento, algo que já conseguimos. Agora, até o final é lutar para subir. Estamos muito fechados como grupo e jogando bem. Seria um feito inédito para nosso time", ressalta.



Da lavagem de carros ao Palmeiras



Nascido na pequena cidade de Barbosa Ferraz, no interior do Paraná, Mazinho tinha um emprego bem mais "mundano" antes de se arriscar no mundo do futebol.



"Eu trabalhava de lavador de carro na minha cidade. Tinha que passar aspirador, lavar as rodas, esfregar, enxaguar e passar a cera. Dar aquela polida e um trato nas carangas dos caras, né (risos)? Eu era bom de serviço! Fora que a gente fazia muita resenha com a rapaziada do trabalho, era bacana essa convivência", lembra.



"Lavar carro agora só no lava-rápido (risos). Só levo para a 'molecada' dar um trato mesmo, porque eu não lavo mais. Já lavei minha cota quando era mais novo (risos)", diverte-se.



Ao mesmo tempo em que tinha o emprego, o meia jogava futebol amador, mas achava que jamais se tornaria profissional.



"Eu jogava na várzea e já tinha desistido de ser profissional. Não fiz categoria de base, e na época a minha primeira mulher já tinha um filho e estava grávida do segundo. Eu tinha 18 anos e precisava trabalhar para sustentar a casa. Durante a semana eu trabalhava e aos finais de semana jogava uma 'peladinha'. Era uma vida bem normal, de cidade de interior", relata.



"Só que aí eu tinha um amigo chamado Mazinho, que era jogador. Ele me viu jogando um dia no amador e disse que tinha um time chamado Oeste de Itápolis que estava fazendo um 'peneirão', e me perguntou se eu não queria tentar", recorda.



Para se arriscar, o meia teve que abrir mão da segurança e apostar todas as suas fichas.



"Meu chefe no lava-rápido não queria me liberar uns dias para eu ir fazer esse teste. Era a última chance da minha vida, daí precisei pedir demissão e ir com a cara e a coragem para buscar meu sonho. Foi bem complicado", conta.



"Aí com 18 anos, em 2006, eu fui para Itápolis fazer o teste no Oeste. Eles não tinham time de base, só profissional, e estavam fazendo um 'peneirão' para montar o time que iria jogar a 4ª divisão do Paulista. Tinha gente pra caramba, cara (risos)! Eu fui junto mais dois moleques da minha cidade fui aprovado depois de 5 minutos de teste. Aí me profissionalizei e deu certo, graças a Deus", exalta.



Contratado, Mazinho assinou por cinco anos com a equipe rubro-negra, sendo emprestado para outros clubes até se firmar de vez, em 2012. Neste ano, o Oeste fez boa campanha no Campeonato Paulista e o atleta ganhou o carinhoso apelido que guarda até hoje: "Messi Black".



Na segunda metade de 2012, ele foi contratado pelo Palmeiras e, em sua coletiva de apresentação, revelou a alcunha para o Brasil inteiro. No começo, muitos encararam como piada, mas Mazinho diz que leva tudo na brincadeira.



"Esse apelido surgiu no começo de 2012, no Paulistão. Era só brincadeira, só o pessoal de Itápolis que sabia. Só que aí cheguei ao Palmeiras e na minha primeira entrevista falei o apelido, aí pegou de vez. Claro que não é uma comparação com o Messi, mas também não pesa para mim", afirma.



"É um apelido bacana, divertido, sempre levei na brincadeira. E, afinal, é melhor ter um apelido assim do que de 'perna-de-pau', né (risos)?", brinca.



Herói da Copa do Brasil

Ao se apresentar como "Messi Black", Mazinho logo ganhou olhares de desconfiança da sempre exigente torcida palmeirense, que à época estava às turras com a falta de títulos e enormes decepções ano a ano, apesar de elencos caros e treinadores renomados. Por isso, o meia sabia que teria que correr o dobro.



Mas logo de cara sua força de vontade foi essencial para embalar o "Verdão" no rumo do título da Copa do Brasil. Em sua segunda partida com a camisa alviverde, ele já fez dois gols em uma vitória contra o Paraná, pelas oitavas de final da competição, e conquistou a confiança do técnico Luiz Felipe Scolari.



"Eu cheguei de um time pequeno e tinha minha primeira chance em um grande, então estava doido para mostrar serviço. Meu primeiro gol que fiz pelo Palmeiras foi muito marcante. Foi no jogo contra o Paraná, que fiz logo dois de uma vez. Essa partida me marcou demais, foi um dos dias mais felizes da minha vida. O grupo era muito bacana, pessoal gente fina e me recebeu bem demais", lembra.



Seu grande momento, porém, viria no duelo de ida contra o Grêmio, na semifinal. O time gaúcho, à época comandado por Vanderlei Luxemburgo, era "favoritaço" para ir à final, mas acabou sendo surpreendido nem pleno Olímpico por um aguerrido Palmeiras.



Naquele dia, Mazinho foi usado como "arma secreta" de Felipão no segundo tempo, e não poderia ter se saído melhor. Pouco após entrar, ele recebeu ótimo passe do lateral direito Cicinho e, em seu primeiro toque na bola, mandou para o fundo das redes de Victor, abrindo o placar para a vitória por 2 a 0 em Porto Alegre.



"O jogo mais importante para mim no Palmeiras foi a semi contra o Grêmio. Eu estava no banco doido pra jogar e, logo que entrei, fiz o gol no primeiro toque que dei na bola (risos). Foi uma alegria que não tem como explicar, um negócio fora de série. Foi um gol muito importante para a minha vida e que foi decisivo na conquista daquele título", ressalta.



No jogo seguinte, o clube paulista conquistaria a vaga na final com um empate por 1 a 1, na Arena Barueri. Depois, os comandados de Scolari derrotaram o Coritiba por 2 a 0 na partida de ida da final e seguraram um empate por 1 a 1 no Couto Pereira para conquistar pela 2ª vez o troféu da Copa do Brasil.



O ano, porém, não acabaria bem para o "Verdão", que seria rebaixado para a Série B após um péssimo Brasileirão.



"A desconfiança em cima de mim sempre foi forte, cheguei meio quieto, mas muito feliz de estar por lá. Sempre tentei dar meu máximo e foi muito bom. Fomos campeões da Copa do Brasil, mas pena que depois caímos para a Série B", lamenta.



"Depois do título, infelizmente nada mais deu certo naquele ano. O time não conseguiu encaixar mais e fomos rebaixados. Era uma pressão enorme. Rebaixamento é algo muito triste para o jogador, e ainda mais para um clube gigante como o Palmeiras", decreta.



No ano seguinte, a diretoria palmeirense resolveu fazer um "limpa" no elenco e acabou emprestando Mazinho para o Vissel Kobe, do Japão. Na Ásia, o brasileiro foi muito bem, conquistando a torcida da equipe oriental e se adaptando bem ao novo país. Tanto é que até hoje tem vontade de voltar para lá.



"Adorei morar jogar no Japão. Faz tempo inclusive que estou estudando propostas e tentando voltar para lá. É um lugar que minha família gostou de morar, pois era bem tranquilo. Mas era também muito diferente: enquanto eu estava morando em Kobe, houve dois terremotos. Quase morri do coração (risos)!", sorri, antes de contar mais detalhes.



"Logo que cheguei eu estava muito cansado do voo, que é bem longo, e fui dormir. No meio da madrugada, acordei com tudo balançando. Eu morava no 8º andar e desci as escadas voando e não vi nada. Quando chego no saguão do prédio, só tinha eu de madrugada (risos). Eu liguei para o presidente do Oeste pedindo para ir embora, falei que não queria ficar lá (risos). Depois eu tirei de letra, porque os japoneses já estão mais do que acostumados", relata.



Mazinho ainda teria mais uma chance no Palmeiras em 2014, quando vestiu a camisa do clube no centenário, fazendo 25 partidas e marcando dois gols. Depois disso, rodou por Coritiba e Santa Cruz até retornar de novo ao Oeste no início deste ano para reencontrar o bom futebol e tornar-se a sensação da Série B.



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6321 visitas - Fonte: ESPN

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jogador de time pequeno, senão estaria em uma equipe de maior expressão...
fica por aí mesmo! E se acaso quiser voltar a jogar no palmeiras que seja apenas por um período de testes se for bom mesmo fica senão vaza

me desculpa mais Mazinho no Palmeiras acho que não dá né lembro de 2012

cara humilde, jogador mediano em boa fase, mas não pode-se esperar ele no verdão, acredito que o ano de 2012 foi útil na copa do Brasil mas não ajudou a nos livrarmos da queda do mesmo ano, desejo sorte e tudo de bom na carreira.

que a vontade de Deus seja feita , coloque td nas mãos de Deus , que ele sabe o que vai ser melhor pra vc é para TDS

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