O zagueiro de 22 anos tem curtido morar no país que é famoso pelos alpes, chocolates e relógios.



"Aqui é fora do comum. Tudo que me falavam sobre a Europa estou vendo que é verdade. Em termos de qualidade de vida e até no futebol. Genebra é uma cidade sensacional”, contou o defensor, ao ESPN.com.br.



Pela boa organização da infraestrutura da Suíça, Nathan consegue se dar ao luxo de não precisar dirigir.



“Eu tenho carro, mas aqui o transporte público é melhor. Para estacionar o automóvel é mais complicado. Se eu vejo que será difícil achar uma vaga eu vou de ônibus. Tudo funciona perfeitamente. Tem dias que vou treinar de bicicleta numa boa. É uma cidade pequena e não tem problema”, explicou.



Quando não está em campo, Nathan aproveita o tempo livre para visitar vários lugares com sua esposa.



“Agora está chegando o inverno tem muitas estações de esqui e lugares bonitos. Eu ainda não esquiei. Aqui é bem famoso também pelos chocolate e os relógios. Em todos os lugares tem isso”, elogiou.



Mesmo com pouco tempo na Europa, o defensor não tem grandes problemas com a comunicação.

Existe uma razão que me faz erguer as mãos e agradecer a Deus por tudo! ?????????? #gratidão #thanksgod

Uma publicação compartilhada por Nathan Pelae (@nathanpelae) em Set 4, 2017 às 2:08 PDT

“Eu me viro no inglês, mas estou fazendo curso de francês que é um dos idiomas locais. Os outros são o Italiano e o alemão”, falou.



O Servette ocupa a segunda posição da 2ª Divisão do Campeonato Suíço, com pontos, um a menos do que o líder. Apenas uma equipe conseguirá o acesso.



“Eu achei o campeonato daqui um pouco mais fraco do que o Brasileiro, mas a gente joga só aos domingos. Você tem a semana toda para descansar, trabalhar e fazer o regenerativo. Isso foi uma das coisas que mais gostei porque no Brasil é jogo toda quarta e domingo. Estou aprendendo muito”, disse.



Após ficar durante a primeira partida no banco de reservas, Nathan entrou na equipe e não saiu mais.



“Sou titular do time e fiz dois gols. Estou numa situação profissional muito boa. Vai ser bem difícil conseguirmos o acesso, mas temos um time bom”, relatou.



'Não tenho planos de voltar'



Nathan passou pelas categorias de base da Portuguesa e do São Paulo antes de chegar ao Palmeiras. Após ser promovido aos profissionais em 2014, ele foi titular na reta final do Campeonato Brasileiro e ajudou a salvar a equipe do rebaixamento.



No começo do ano seguinte, o zagueiro foi para a seleção brasileira Sub-20, mas quando retornou virou reserva com o treinador Oswaldo de Oliveira.



“Então eu não tive mais tantas chances e só joguei só uns cinco jogos. Mas fiquei no grupo que foi campeão da Copa do Brasil. Disso eu posso me orgulhar”, relatou.



“No futebol você perde um ano acaba perdendo muito espaço. Foi o que aconteceu comigo em 2015. Eu não me arrependo das coisas que aconteceram. Queria ter mais chances no Palmeiras, mas também não teria jogado na seleção”, finalizou.



No meio de 2016, Nathan foi emprestado para jogar a Série B do Campeonato Brasileiro pelo Criciúma. “Fui muito feliz por lá, pena que tive uma lesão no meio do torneio e só consegui voltar mais para o fim do ano. Tive muita visibilidade e peguei confiança”, contou.



Após o fim da 2ª Divisão, o defensor foi emprestado para a Chapecoense no começo deste ano. Após ser campeão catarinense, o zagueiro sofreu uma lesão no tornozelo que atrapalhou seus planos.



“No Brasileiro foi mais complicado porque teve mudança de treinador [chegou Vinícius Eutrópio para a vaga de Vágner Mancini]. Eu não estava jogando e surgiu a chance de vir para cá. Deu tudo certo”, relatou.



Mesmo vinculado ao Palmeiras até 2019, o defensor não deve retornar ao clube alviverde.



“Eu tenho contrato até o fim da temporada no Servette com a possibilidade de compra. Pretendo ficar por esses lados por um bom tempo. Ainda não tenho planos de voltar ao Brasil. Sempre tive esse sonho de jogar na Europa”, finalizou.

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