Para Vilaron, Gareca não precisa de intérprete para trabalhar no Palmeiras

Comentarista do SporTV diz que treinador está se adaptando ao Brasil e logo conseguirá passar informações com mais facilidade para os jogadores

Ricardo Gareca comandou o Palmeiras pela primeira vez contra o Santos, na Vila (Foto: Getty Images)



Contratado no fim de maio, o técnico Ricardo Gareca comandou o Palmeiras, pela primeira vez no banco de reservas, quinta-feira na derrota para o Santos por 2 a 0, na Vila Belmiro. Apesar do período de treinos durante a Copa do Mundo, o argentino, que ainda não domina a língua portuguesa, lamentou ter tido dificuldades para passar informações aos seus jogadores.

Comentarista do SporTV, Wagner Vilaron não defende a contratação de um intérprete e acredita que logo o treinador irá se adaptar ao país.



- Ele mesmo nessa entrevista já deixou claro que atrapalha, sim. Podemos pensar que o português e o espanhol são parecidos. Falar com calma dá para entender, mas no calor do jogo, não é possível chegar e falar devagar. Mas nesse caso, quem precisa mudar é ele. Não dá para todo mundo começar a falar castelhano com ele. Ele vai ter que aprender um pouco de português. Eu não sou contra, mas o intérprete filtra um pouco, você perde um pouco da mensagem que você quer passar. Não acho que seja o caso. Mais dois ou três meses, o Gareca já estará se expressando melhor - disse ao "Arena"



Em entrevista coletiva após a partida, o treinador se desculpou também com os jornalistas por ainda não estar o novo idioma e disse que conta com a ajuda dos seus jogadores neste período de adaptação.



- É um problema para mim. Peço desculpa pela maneira de falar, não é a adequada para uma coletiva de imprensa, mas dentro de campo tenho uma colaboração dos jogadores. Tenho de melhorar o time e como falar.



Com 13 pontos, o Palmeiras está na 12º posição do Campeonato Brasileiro. Na próxima rodada, o time paulista enfrenta o Cruzeiro, líder da competição, domingo, no Pacaembu.