Começou, mais precisamente, em 2013 com a chegada de Erasmo Damiani, que chegou ao clube após passagens por Figueirense e Atlético-PR. Foi ele, por exemplo, quem contratou o técnico Arthur Itiro, campeão da Copa do Brasil Sub-17, para o sub-15. E com ele o clube chegou às semifinais da Copa São Paulo de 2015 com Diogo Giacomini, hoje no Atlético-MG, no comando, e Gabriel Jesus vestindo a camisa 9.



Com a saída de Damiani para a CBF em 2015, veio João Paulo Sampaio, com experiência de mais de dez anos na base do Vitória e conhecimento de jogadores no Nordeste, região pouco explorada por clubes brasileiros. Os recursos para a base aumentaram, e o clube passou a viajar mais, além de buscar no mercado boas opções de jogadores que se destacaram nos juniores ou profissionais em outras equipes.



Para a defesa, por exemplo, veio Pedro, zagueiro emprestado pelo Água Santa, e que se assemelha ao colombiano Mina no estilo de jogo. Na final, contra a Ponte Preta, ele foi companheiro de zaga de Augusto, figurinha carimbada da base palmeirense há tempos, assim como o ótimo goleiro Daniel Fuzato. Chegou também para a zaga Adryelson, que no Sport era capitão e já com passagens pelos profissionais, além de passagens pela seleção sub-17. Com contrato de empréstimo até 31 de janeiro do ano que vem, ele poderá jogar a Copa São Paulo, competição que o Palmeiras nunca venceu, e pela qual sofre uma pressão enorme para conquistar. Na lateral esquerda está Júlio, emprestado pelo RB Brasil.



Para o meio-campo, vieram vários nomes em situação parecida. O volante Gabriel Furtado, já com passagem pelos profissionais, pertence ao Paraná. O também volante Leonardo, vice-campeão paulista sub-20 pelo Capivariano em 2016, é outro que está no elenco de juniores. O meia José Aldo, que marcou o gol do título sub-20 na decisão contra a Ponte Preta, tem vínculo com o Guarani-SC. Yan, o camisa 11, está emprestado pelo Vitória, clube com o qual foi campeão da Copa do Brasil Sub-17.



Eles se juntam a nomes "da casa", como Alanzinho, meia titular da seleção sub-17 no Mundial da categoria neste ano, Léo Passos, atacante que internamente é muito bem visto, e Fernando, que foi comprado junto a AMDH após chamar a atenção de meio mundo na Taça BH de 2016 e estreou recentemente nos profissionais. Além deles, Artur, que foi emprestado ao Londrina e líder em assistências na Série B deste ano, e Vitinho, cedido por uma temporada ao Barcelona B, são boas esperanças para o futuro.



Toda essa turma, porém, encontra um obstáculo: a falta de espaço nos profissionais, com a quase incessante contratação de reforços caros e que nem sempre dão a resposta esperada. O Palmeiras foi o clube que menos utilizou a base no Brasileirão (em minutos) e fica difícil prever uma mudança de rumo nesse sentido quando as novidades do time são anúncios de nomes como Lucas Lima. Novamente, o tempo dará a resposta para esse questionamento e indicará o caminho mais adequado a essas promessas.

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