Palmeirense de coração

2/1/2018 10:03

Palmeirense de coração

Apelidado de Dida por Dudu, goleiro que superou problema cardíaco busca título inédito da Copa São Paulo

Palmeirense de coração

Afastado dos gramados por mais de um ano, Anderson Silva da Paixão teve sua promissora carreira repentinamente ameaçada por um problema cardíaco. O goleiro palmeirense, devidamente recuperado e apelidado de Dida por Dudu, hoje busca o título inédito da Copa São Paulo.







Então com 18 anos, convocado pela Seleção Brasileira sub-20, Anderson vivia o ponto alto de sua curta trajetória. Em julho de 2016, no dia seguinte a uma partida pelo Campeonato Paulista, o goleiro acordou com dores no peito em um domingo de folga e, removido para o hospital, teve alterações cardíacas detectadas por exames.



“Havia sido convocado pela Seleção no mês anterior e não tinha como esperar um problema desses. É uma coisa para a qual é impossível se preparar. Pode acontecer com qualquer um e aconteceu comigo. Pensei: ‘Justo agora, que estou vivendo uma fase boa’”, contou Anderson à Gazeta Esportiva.



Afetado por uma miocardite, o goleiro ouviu dos médicos que precisaria passar três meses afastado de suas atividades, prazo que aumentou e passou a preocupar o jovem goleiro. Seis meses após sentir dores no peito, ele foi recomendado a abandonar a carreira.



“Passei por novos exames, uma alteração foi detectada e falaram que eu teria que parar. Foi aí que o Palmeiras buscou outros médicos”, explicou Anderson, rememorando o caso com serenidade. “Então, disseram que eu poderia voltar, sim, mas fazendo outros exames mais detalhados”, completou.





Anderson voltou no Campeonato Paulista Sub-20, conquistado pelo Palmeiras (Foto: Fabio Menotti/Divulgação)



Com seu goleiro ameaçado de encerrar a carreira, o Palmeiras procurou uma maneira alternativa de mantê-lo envolvido no cotidiano do clube. Anderson passou por estágios em diferentes áreas, como análise de desempenho, preparação. Atuou como palestrante em projetos sociais e foi até supervisor da delegação em um torneio sub-13.



“Depois disso, passei a ver as diferentes áreas do clube com outros olhos. Você pensa: ‘Ah, é assim que funciona tal coisa aqui dentro’. É algo muito importante para o atleta e acho que, se todos pudessem viver isso, seria bacana. No campeonato sub-13, ganhamos o título. A viagem foi engraçada e muito legal”, descreveu.



A sonhada permissão para retomar os treinamentos veio nove meses depois do fatídico domingo de folga. Durante o processo, ele foi acompanhado por médicos, preparadores e fisiologistas do Palmeiras. A psicóloga e assistentes sociais do clube também participaram.



No último dia 26 de agosto, data de fundação do Palmeiras, Anderson Silva da Paixão foi relacionado para o confronto com o Atibaia, pelo Campeonato Paulista sub-20. No segundo tempo, ganhando por 3 a 0, o técnico Wesley Carvalho em sua última substituição promoveu o retorno do jogador após um ano e um mês de afastamento.





Atleta precisa fazer exames a cada seis meses (Foto: Fabio Menotti/Divulgação)



“Com certeza, foi o dia mais feliz da minha vida. Não sabia que voltaria naquele jogo. Ainda faltava uma substituição, mas, como goleiro nunca entra, pensei que continuaria no banco até o final. Na hora que entrei, todo o mundo que estava lá começou a bater palmas e fiquei bastante emocionado”, contou.



O goleiro vem trabalhando sem restrições desde então, inclusive com participação em alguns treinamentos da equipe profissional do Palmeiras na Academia de Futebol. Do capitão Dudu, ele ganhou o apelido de Dida, goleiro campeão por clubes como Cruzeiro, Corinthians e Milan, titular da Seleção na Copa do Mundo 2006.



“Os profissionais só me chamam de Dida. Vi pouco ele jogar, mas costumo assisti-lo bastante em vídeos. Acho que temos características semelhantes, como biotipo e envergadura. A carreira que ele teve, nem se compara. Se Deus quiser, posso tentar alguma coisa parecida”, vislumbrou.



A exemplo de Dida, Anderson é canhoto, mas tem habilidade com os pés e costuma treinar pênaltis – ocasionalmente, brinca até em cobranças de falta. Em 2018, com o empréstimo de Vinícius Silvestre à Ponte Preta, o jovem deve passar a frequentar a Academia de Futebol com maior assiduidade.



No começo da temporada, Anderson ‘Dida’ Silva tem a chance de mostrar serviço na Copa São Paulo, torneio jamais conquistado pelo Palmeiras. Às 21h30 (de Brasília) desta terça-feira, o time alviverde enfrenta o Luverdense, no Estádio Joaquinzão. Moto Club e Taubaté completam o grupo.



“Sempre tem uma pressão de o clube nunca ter vencido a Copa São Paulo, mas não jogamos pensando nisso”, disse Anderson, sem empolgação pelo recente título paulista sub-20. “Outros times também ganharam seus campeonatos estaduais e não podemos subestimar ninguém”, alertou o goleiro, palmeirense de coração.





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7107 visitas - Fonte: Gazeta Esportiva

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muito bonita a história do menino,toda sorte do mundo a ele

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