Em 2017, os dois duelaram cinco vezes: foram duas vitórias atleticanas, duas vitórias cruzeirenses e um empate. No primeiro triunfo alvinegro, em maio, que definiu o título mineiro, Marcos Rocha chegou a tirar sarro do hoje colega de time.



– Roubei a bola ali, o lateral Diogo, por ser muito ofensivo, já veio babando, tomou o rabinho de vaca. Contra-ataque com o Cazares, gol. Só alegria hoje – disse, na época, à ESPN Brasil.



Meses depois, na comemoração da conquista da Copa do Brasil pela Raposa, Diogo Barbosa apareceu em vídeo provocando torcedores do Galo, a quem chamou de “frangas”.



Virado o ano, os ex-rivais se sentarão lado a lado na sala de imprensa da Academia de Futebol nesta sexta-feira, ao final do terceiro dia de trabalho da pré-temporada.



A disputa pelas posições

Tanto o lateral-direito de 29 anos quanto o lateral-esquerdo de 25 são nomes que chegam para, no mínimo, disputar posição. A tendência é que, depois de uma temporada com problemas crônicos pelos lados – sobretudo o esquerdo –, ambos comecem o ano como titulares.



A concorrência é grande, porém não assusta. Na direita, Mayke e Fabiano (que será emprestado) não empolgaram no ano passado. O volante Jean pode atuar improvisado na função.



Na esquerda, Michel Bastos também não convenceu com atuações irregulares em 2017 e agora deve disputar a reserva com Victor Luis, que retornou do Botafogo.



Opinião de quem viu de perto

Henrique Fernandes, comentarista da TV Globo e do SporTV em Belo Horizonte, analisa os dois reforços palmeirenses:



"Não vejo Marcos Rocha como um lateral mais tão ofensivo quanto no início da carreira. Ele teve alguns problemas de lesões musculares entre 2015 e 2016, mas em 2017 foi só uma mais grave, no meio do ano. Também chama a atenção pela qualidade de passe nas saídas de bola, algo que era sempre exaltado principalmente por Cuca, treinador que o consolidou como titular do Atlético em 2012 e 2013".



"Diogo Barbosa se mostrou um lateral com muita facilidade para chegar a linha de fundo. Já tinha mostrado essas características no Botafogo, onde chegou até a ser utilizado como um meia pela esquerda. Acho que em Minas ele melhorou até no aspecto defensivo também. Ofensividade dele tornou o lado esquerdo do Cruzeiro bastante forte e fez crescer de produção também o meia que atuava aberto no setor, Alisson. Outro ponto positivo foi a força física e a resistência. Raramente ficava fora de treinos e jogos e atuava sempre com enorme intensidade".

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