Com base no passado dos atletas, com estatísticas e o pensamento da comissão técnica para a equipe, o UOL Esporte tenta mostrar quais as opções para essa equipe.



Roger já sinalizou que o time pode atuar com Lucas Lima e Scarpa juntos, mas que ajustes são necessários para que isso possa acontecer.



Lucas Lima rende mais centralizado

O passado de Lucas Lima no Santos e até na seleção brasileira mostra que o camisa 20 do Palmeiras pode render atuando ao lado de jogadores com a característica de Gustavo Scarpa. Mas quem precisa mudar de lugar é Scarpa, e não Lucas. Foi assim que ele viveu o auge na Vila Belmiro.



Entre 2015 e 2016, dois de seus melhores anos na carreira, Lucas atuou centralizado com jogadores que poderiam fazer o papel de camisa 10 mais abertos. Marquinhos Gabriel e Vitor Bueno, que sabem atuar pelo meio, toparam atuar pelas pontas para tirar a parceria do papel. E renderam bem.

No Palmeiras atual, Lucas tem funcionado buscando a bola na sua intermediária, ao lado de Felipe Melo, e progredindo conforme sua equipe também vai avançando, ora com passes encaixados, ora com arrancadas driblando os atletas.



Para Scarpa jogar aberto, quem sai?

Se Roger concordar que Lucas Lima precisa continuar centralizado e decidir por abrir Gustavo Scarpa, ele precisará resolver outro problema. Quem vai sair? Dudu é insubstituível, capitão e ídolo da torcida. Sobraria para Willian. Os dois não têm a mesma característica, mas podem cumprir papéis semelhantes.



No Fluminense, quando atuou aberto, ele teve ótimos números e foi o garçom do Brasileirão de 2017. Ainda assim, foi vaiado por parte da torcida por não conseguir apresentar o futebol plástico que tinha em 2016. Em ambas as temporadas, no entanto, o mapa de calor do atleta mostra que ele cai bastante pelas pontas, especialmente pela direita.



Em entrevistas, ele já deixou claro que consegue atuar aberto pelos dois lados para flutuar. Foi assim quando jogou ao lado de nomes como Marcos Júnior, Richarlison e Osvaldo, por exemplo.



E se Borja sair?



Há os torcedores que apostariam em Willian centralizado na função de goleador, no lugar de Miguel Borja. O colombiano, no entanto, tem tido total respaldo da comissão técnica para continuar entre os titulares. Ele fez, inclusive, gol contra o Santos e está confiante que fará um ano melhor em 2018.



Além disso, há um consenso entre comissão, diretoria e atletas que Willian atua melhor quando está aberto e não centralizado. Outros sugerem que Dudu atue como falso 9. Essas duas opções, no entanto, ainda não têm tanta força.



E ainda tem o Moisés, viu?

Você leu tudo isso e já pode imaginar no problemão de Roger Machado. Agora, vai perceber que ele é ainda maior. Moisés não ficou nem no banco de reservas contra o Santos. Ele deu lugar justamente a Gustavo Scarpa.



Mas como tirar o camisa 10 e melhor jogador do Brasileirão de 2016? Moisés já disse que prefere atuar como segundo volante e, nas circunstâncias atuais, precisaria desbancar Tchê Tchê, visto que Felipe Melo está mais do que firme como titular à frente da zaga.



O problema é que Tchê Tchê dá mais fôlego mobilidade ao meio do que Moisés, especialmente na recomposição. Assim sendo, é difícil imaginar a troca de um pelo outro em condições normais de jogo.



Com isso, a tendência é que Moisés siga como apenas opção no banco de reserva, apesar de nutrir uma expectativa de virar titular assim que tiver 100% de condições físicas. Roger, inclusive, já foi questionado sobre o tema e preferiu não responder como resolveria esse quebra-cabeça.

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