Mas o mundo dá voltas. E, para Victor, deu muitas. Desde então, passou por empréstimos e se destacou no Ceará e no Botafogo. Voltou ao Palmeiras no início da temporada e se firmou como titular (também por conta da lesão de Diogo Barbosa). Somente ele e Fernando Prass, do atual elenco, estavam em 2014. E, no retorno, encontrou um clube completamente diferente.



– Nossa, são tantas coisas (diferentes)... Valeu muito a pena ter passado por aquilo. Já comecei minha carreira em um teste de fogo, como foi em 2014. Fiquei muito feliz de ter jogado naquele ano, apesar do momento ruim do Palmeiras. Hoje, voltar nessa situação totalmente diferente é muito gratificante, me deixa extremamente feliz. É um clube totalmente renovado, na estrutura, nas pessoas. É um ambiente muito positivo, leve, é um clube novo – explicou.



Segundo o lateral, o período longe do clube fez muito bem para ele. Teve a chance de atuar mais, disputar competições internacionais, como a Libertadores, e amadurecer. Para voltar ao Palmeiras em outro nível, muito acima do que quando saiu.



– Acho que essa fase de empréstimos foi extremamente importante para mim, pelo amadurecimento. Passei por grandes clubes, joguei grandes torneios, chegamos em fases finais da Libertadores pelo Botafogo... Isso me trouxe um amadurecimento muito legal, que talvez se eu ficasse aqui no Palmeiras, não teria essa oportunidade. Os empréstimos trouxeram um novo Victor Luis. Um jogador novo, mais maduro, que voltou muito feliz – analisou.



Dentre as muitas situações vividas por Victor Luis, outra muito ruim foi em 2013, quando ficou afastado por cerca de oito meses, apenas treinando, por um erro administrativo - a incrição dele não foi feita por problemas de documentação. Perdeu praticamente toda a temporada. Na visão dele, tudo foi importante para chegar onde está hoje. Mesmo que com vários altos e baixos.



– É uma verdadeira montanha-russa tudo o que passei aqui dentro. Meu momento aqui hoje é o melhor da minha carreira. É um clube que me deu todas as oportunidades, que me lançou para o futebol. Tenho 14 anos de casa, muito bem vividos, passei por muita coisa. A gente brinca que foi a maior pré-temporada da história (em 2013), de oito meses, que fiquei sem poder jogar, só treinando. Mas continuei firme, treinei muito, porque sabia que a chance chegaria. Ela chegou, espero continuar correspondendo da melhor maneira.



Apesar de se manter como titular no início da temporada, conquistando a confiança da torcida e do técnico Roger Machado, o camisa 26 não se sente satisfeito.



– Dá para melhorar muitas coisas ainda. Procuro me equilibrar em campo para não errar, mas com o decorrer dos jogos e treinos, tenho certeza que tudo tende a melhorar. Quero conquistar grandes coisas, tanto pessoais como com o grupo. Espero seguir correspondendo.



Ao menos na visão da diretoria, Victor Luis está muito bem avaliado. Recentemente, ele recebeu um aumento salarial e teve o contrato renovado por mais quatro anos.

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