O técnico montou em Itaquera uma estratégia para anular o que o rival tem de melhor: a capacidade de criação e finalização de Rodriguinho, além da velocidade de Clayson para abrir espaço nas defesas adversárias.



Roger bloqueou as descidas dos laterais Fagner e Sidcley com as presenças de Willian e Dudu pelos lados. Lucas Lima, Bruno Henrique e Felipe Melo travaram a saída pelo meio, com Maycon e Gabriel.



O Corinthians, então, foi obrigado a tentar sair para o ataque com os zagueiros. Não por acaso, Balbuena e Henrique foram os alvinegros que mais tocaram na bola na partida, 91 e 93 vezes, respectivamente (veja na imagem abaixo).

Posicionamento do Palmeiras contra o Corinthians (Foto: GloboEsporte.com)



Isso fez com que Rodriguinho e Clayson recebessem menos bolas no campo de ataque e, assim, quase não produzissem. Quando isso acontecia, o Palmeiras forçava a marcação sobre eles para roubar a bola.



Os números comprovam. Rodriguinho perdeu a bola nada menos que 11 vezes. Clayson, em seis oportunidades. O lateral-direito Marcos Rocha, justamente pelo lado em que Clayson atua, foi quem mais fez desarmes certos no Verdão: quatro.



Claro, o gol marcado logo aos seis minutos contribuiu demais para a estratégia funcionar. Mesmo sem Felipe Melo, expulso após a confusão no fim do primeiro tempo, o time seguiu bem posicionado na etapa final. O Corinthians sem Clayson, também com cartão vermelho, não teve forças para reagir.



– Não sei se surpreendemos, mas foi a eficiente a forma como entendemos que deveríamos agir para neutralizar o início de construção da jogada do Corinthians. Em boa parte do tempo fizemos bem, isso impediu os jogadores de meio pegarem a bola em condição de acionar as jogadas fortes que eles têm pelas beiradas – explicou Roger na entrevista coletiva.



Verdão ligadão



Mais do que qualquer estratégia, o Palmeiras também mudou de comportamento em relação ao primeiro duelo contra o arquirrival. O time jogou mais ligado, brigando por cada bola, como exige uma final de campeonato. Isso, aliás, vem melhorando gradativamente na equipe desde aquela partida.



Até mesmo Borja, que carrega a fama de se desligar das partidas, foi decisivo ao abrir o placar e disparar na artilharia do Paulistão, com sete gols, e do elenco, com oito.



O foco passa a ser a partida de terça-feira, contra o Alianza Lima, em casa, pela Libertadores. Mas o título paulista está bem perto do Palmeiras.

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