Repórteres relatam ofensas machistas que ouviram de palmeirenses

9/4/2018 07:55

Repórteres relatam ofensas machistas que ouviram de palmeirenses

Repórteres relatam ofensas machistas que ouviram de palmeirenses

A final do Campeonato Paulista, que terminou com título do Corinthians após vitória sobre o Palmeiras, também ficou marcada por ofensas de alguns torcedores a repórteres que trabalhavam na cobertura do clássico no Allianz Parque.







Mariana Pereira, da Rádio Trianon, conta que se dirigiu para o lado esquerdo do campo quando os 90 minutos terminaram – o procedimento é orientação da Federação Paulista de Futebol, que não permite a entrada de jornalistas de rádio no gramado até o fim das premiações.



"A gente ficou muito próximo dos torcedores. Eles jogaram vários objetos, isqueiros, copos d'água e de cerveja... E xingando bastante, bastante. Nessa hora não tinha policiamento nenhum, demorou para aparecer. Nós ficamos bastante acuados. No momento em que me virei para esse grupo de torcedores para filmá-los, eles começaram a me hostilizar mais ainda", relatou ao UOL Esporte.



O vídeo (que pode ser visto no topo desta matéria) mostra alguns torcedores do Palmeiras gritando xingamentos para os jornalistas, em especial para as mulheres – um dos homens, que veste boné e óculos espelhados, chega a segurar os órgãos genitais e gritar "chupa aqui, vad... do ca...".



A repórter Ana Thaís Matos, da Rádio Globo, estava perto de Mariana no momento dos xingamentos e, assim como ela, foi acusada por membros da segurança do estádio de ter mostrado o dedo médio para os torcedores. Segundo as duas, os funcionários que prestam este serviço ao estádio disseram que elas teriam provocado seus agressores.



Quando Ana tentou argumentar com um segurança do Allianz Parque, que já discutia com o repórter Gustavo Zupak, também da Rádio Globo, ela ouviu o homem dizer que não a responderia porque já estava conversando com um homem. "Falei: você é machista. E ele: sou mesmo", relatou a jornalista.









As duas não souberam dizer à reportagem se o segurança trabalha diretamente para o Palmeiras ou apenas para o estádio – mas, de acordo com as duas, o clube se mostrou indignado e se comprometeu a identificar o homem.



Quando uma funcionária da Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo (Aceesp) questionou sobre a suposta provocação aos palmeirenses, Mariana desabafou.



"Eu falei que não, que não fiz isso, porque infelizmente já estou acostumada a ser chamada de p... e de vagabunda em estádios de futebol. Se eu fosse parar para mostrar o dedo do meio para cada torcedor que me fala isso, eu já teria sido expulsa da Aceesp há muito tempo", contou a repórter.



O caso acontece em meio às movimentações de mulheres do jornalismo esportivo: criada por profissionais de diferentes veículos, especialidades e regiões do país, a campanha #DeixaElaTrabalhar pede melhores condições para as repórteres.



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