Às vésperas de votação, grupo político tenta barrar 'emenda Leila' no Palmeiras

16/5/2018 07:51

Às vésperas de votação, grupo político tenta barrar 'emenda Leila' no Palmeiras

Movimento formado por conselheiros é contra a mudança no estatuto que ampliará tempo de mandato de presidente

Às vésperas de votação, grupo político tenta barrar 'emenda Leila' no Palmeiras

Leila Pereira deseja estender duração do mandato de presidente no clube Foto: Amanda Perobelli/Estadão



A votação que pode alterar o estatuto do Palmeiras, marcada para o próximo dia 21, continua repercutindo nos bastidores do clube. O grupo ‘Movimento Palmeiras Responsável’, que critica o atual presidente, Maurício Galiotte, e a empresária Leila Pereira, conselheira e principal patrocinadora palmeirense, divulgou nesta terça-feira comunicado se opondo ao desejo da dupla acima citada de aumentar a duração de mandato para o cargo máximo do clube de dois para três anos, que teria validade já para o próximo mandatário eleito pelos sócios.







O grupo, formado por conselheiros de diversas correntes políticas, busca barrar o que ficou conhecido no clube como “emenda Leila”, dado o interesse da empresária de fincar cada vez mais raízes no comando alviverde. O processo também é tratado como uma forma de antecipar a chegada da empresária à presidência e possibilitar que ela suceda a Galiotte logo após a saída dele.



Se a alteração for aprovada, o ganhador do pleito de novembro ficará no cargo até 2021. A mudança gera polêmica e tem como pivô principal a presidente da Crefisa. Favorável ao mandato de três anos, Leila Pereira atua nos bastidores para conquistar mais apoiadores. Se a alteração for aprovada, ela teria tempo para atender o requisito necessário para se candidatar à presidência em 2021.



Eleita conselheira do Palmeiras em 2017, Leila precisa obrigatoriamente estar no mínimo no segundo mandato de quatro anos na função para concorrer ao comando do clube. Isso pode ser cumprido em fevereiro de 2021, data do novo pleito para o Conselho, e nove meses antes disputa presidencial.



O principal argumento do grupo é que a proposta de alteração seria mais viável de ser colocada em prática apenas futuramente, não já para o próximo mandato, por configurar uma mudança muito brusca. Conselheiros que apoiam esta corrente explicam que a crítica não é direcionada aos apoiadores do mandato de três anos, mas sim ao conceito que embasa a proposta.



No documento divulgado pelo ‘Movimento Palmeiras Responsável’, o grupo afirma que “não é aceitável em processos democráticos que alterações estatutárias relevantes possam modificar o processo eleitoral, eventualmente beneficiando a gestão em curso” e apresentam uma proposta: “nenhuma alteração nestes termos pode ter validade na eleição imediatamente subsequente, ou estaríamos legitimando o casuísmo político”.



Além disso, a nota afirma que “esta ação coordenada pela Diretoria Executiva tem causado fraturas nas relações políticas do clube” e diz que “três vice-presidentes da atual gestão, bem como o vice-presidente do Conselho Deliberativo são contrários a esta alteração repentina”.



Cenário. A mudança estatutária avançará se no mínimo 143 dos 284 conselheiros (50% mais um voto) aceitarem a proposta, que pode ser votada independentemente do número de presentes. O passo seguinte para uma possível implementação seria a apreciação do assunto pelos sócios do clube.



Confira abaixo, na íntegra, o texto divulgado pelos conselheiros:



"Buscando promover a pacificação nas discussões políticas do clube em momento tão promissor, entendemos que:



1. Não é aceitável em processos democráticos que alterações estatutárias relevantes possam modificar o processo eleitoral, eventualmente beneficiando a gestão em curso. Este artifício é repelido por todos os órgãos institucionais que regulam eleições. E não poderia ser diferente no Conselho Deliberativo da Sociedade Esportiva Palmeiras.



a. Nossa proposta: nenhuma alteração nestes termos pode ter validade na eleição imediatamente subsequente, ou estaríamos legitimando o casuísmo político. Sem impedir alterações nas vésperas do momento eleitoral, a cada eleição futura viveremos disputas fratricidas em torno de modificações estatutárias.



b. Essa prática já foi habitual no nosso passado recente, bem como em outros clubes. Suas consequências foram (e serão) sempre trágicas, especialmente pelo risco de apropriação pessoal do poder.



2. Duas propostas foram apresentadas para votação na próxima reunião: três anos de mandato da Diretoria Executiva (Presidente) com uma reeleição (3 +3); ou dois anos de mandato com duas reeleições (2+2+2). Estas propostas eram apenas duas entre tantas outras e, ao contrário do que se tem propagado de forma irresponsável, nunca foram consenso na Comissão de Reforma do Estatuto em 2015, que havia sugerido a realização de reuniões setoriais para debate, as quais, entretanto, não foram realizadas pelo Presidente do Conselho.



a. Se não havia consenso, por que essas são as únicas alternativas apresentadas? A proposta de três anos de mandato sem reeleição, a preferida entre os membros da comissão, não entrou sequer em pauta.



b. Em outubro de 2017 houve votação para ampla reforma estatutária. Naquela ocasião, não se incluiu na pauta de votação qualquer mudança no prazo do mandato da Direção Executiva. Agora, às pressas, esta proposta é colocada para votação, com efeito imediato, sem debates prévios. Por quê?



3. Esta ação coordenada pela Diretoria Executiva tem causado fraturas nas relações políticas do clube.



a. Três vice-presidentes da atual gestão, bem como o vice-presidente do Conselho Deliberativo são contrários a esta alteração repentina, além de dezenas de conselheiros do clube, entre eles muitos apoiadores e diretores da atual administração.



b. Sem os votos necessários para a mudança, tem-se notado a adoção de métodos absolutamente inapropriados em busca de apoios, deteriorando o nível de nosso debate político.



Desta forma, não resta outra alternativa que não a de vetar essa alteração extemporânea, votando contrariamente as duas propostas apresentadas. Apenas respeitando os limites éticos e os processos democráticos já consagrados, avançaremos enquanto instituição. A Sociedade Esportiva Palmeiras não pode ser submetida ao interesse de grupos que, episodicamente, estejam no poder.



(Observação: todos as considerações acima dizem respeito exclusivamente ao item 4 da Reforma Estatutária, que trata da modificação do tempo de mandato do presidente da Sociedade Esportiva Palmeiras. As demais alterações propostas não são objeto de discussão deste coletivo.)



Atenciosamente,



MOVIMENTO PALMEIRAS RESPONSÁVEL".



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19899 visitas - Fonte: Estadão

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VOCÊ QUE ESTÁ CANSADO DE TER POUCA PROGRAMAÇÃO DE TVV ASSSINATURA E NÃO CONCORDA COM OS VALORES COBRADOS
FAÇO LIBERAÇÃO E DIMINUÍMOS O VALOR DA CONTA
PARA TODO BRASIL
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Se trouxer modernidade à gestão do clube e limpar o Conselho fa turminha dos retrógrados, eu sou a favor.

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