Roger Machado não falou abertamente sobre a possibilidade de colocar Lucas Lima na reserva no clássico contra o São Paulo, às 21h de sábado, no Allianz Parque, mas já declarou que Hyoran está "pedindo passagem" e chegou a escalar Moisés no lugar dele contra o Atlético-PR - a mudança durou menos de dez minutos, já que Moisés machucou a coxa esquerda. Na ocasião, o técnico explicou que se tratava de uma estratégia específica para aquela partida.



Foi o único jogo em que Lucas começou entre os reservas em sua passagem pelo Palmeiras. Suas outras 29 aparições foram na condição de titular, mas isso não indica regularidade. Ele foi substituído em 20 dessas partidas, algumas vezes vaiado pela torcida, e o próprio Roger admite que precisa "recuperá-lo".



- É orientar, posicionar, trabalhar para que ele (Lucas Lima) encontre o melhor local no campo para render o que sabe. E nos momentos em que não estiver bem, como diante do Cruzeiro, a gente promove as trocas, tenta recuperar de uma outra forma. O Lucas não desaprendeu, a gente sabe do talento que ele tem. Somos responsáveis por recuperar o futebol do Lucas. Não só do Lucas, mas para que nossa engrenagem volte a funcionar - disse o técnico, após a partida diante da Raposa.



Não deve haver nenhum treino tático antes do Choque-Rei. Os titulares da partida no Mineirão - exceto o próprio Lucas Lima, que jogou só o primeiro tempo - ficaram na parte interna da Academia de Futebol para trabalhos regenerativos na quinta-feira e devem fazer o mesmo nesta sexta.



Entre os concorrentes de Lucas, Hyoran leva vantagem pelo ritmo de jogo. Desde que estreou em 2018, no segundo tempo da vitória sobre o Boca Juniors (ARG), ele foi utilizado em oito dos 11 jogos da equipe - uma vez como titular - e marcou dois gols. Seus números já são melhores que os de toda a temporada passada: sete jogos, nenhum como titular, e um gol.



A vantagem de Moisés é ser um dos principais atletas do elenco desde 2016. O problema é que ele acaba de retornar de lesão muscular. O planejamento era que ele jogasse 20 minutos diante do Cruzeiro (jogou 17) e 45 minutos diante do São Paulo para então estar no nível dos demais. Se Roger mudar os planos, será pela necessidade.

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