Se Roger Machado vinha convivendo com pressão externa e se Dudu sofria com atuações apagadas nas últimas semanas, o triunfo no Choque-Rei foi o suficiente para deixar tudo em paz pelos lados do Palmeiras.



– Todo mundo gosta dele (Roger Machado) aqui. Não existe isso de grupo rachado – disse Keno.



– Não só do Roger, mas de todos. A aproximação nossa com a torcida, que foi fundamental para nos dar força. Foi incrível a festa da torcida, mesmo perdendo e empurrando. O Roger é um cara sensacional e está fazendo um grande trabalho, claro que se a vitória não vem começa a desconfiança, várias coisas da imprensa e da torcida, precisa saber lidar. Estamos trabalhando para poder corresponder o que a torcida espera e o que o Roger coloca para nós trabalharmos. A gente gosta muito dele. Se Deus quiser a gente vai ganhar junto com ele – afirmou o volante Bruno Henrique.



Autor do terceiro gol palmeirense, Dudu vinha sofrendo com cobranças. Na última quarta-feira, por exemplo, ele ficou nervoso ao ser substituído no segundo tempo da partida contra o Cruzeiro, no Mineirão.



– Não é nem questão de confiança, é de momento. Jogador passa por momentos. A gente sabe que o Dudu vinha passando. Ele mesmo me falou, a esposa dele está fazendo aniversário, ele falou que ia fazer um gol para a Malu. Estou há sete jogos sem fazer, a gente se cobra, quer isso, mas tem momento que é difícil. Foi importante essa vitória, gol do Dudu, time todo bem, isso dá confiança a todos – explicou o meio-campista Moisés.



Quem também saiu fortalecido da arena na noite do último sábado foi o zagueiro Edu Dracena, que se emocionou ao falar sobre a falha e a virada palmeirense sobre o São Paulo.



No fim da partida, os jogadores se aproximaram do defensor para abraçar e comemorar o triunfo de virada no clássico. Antes, no intervalo, ele chamou a responsabilidade pelo erro no lance do gol de Marcos Guilherme.



– Foi de motivação (o papo no vestiário), um motivando o outro para levantarmos a cabeça, não entrar no nervosismo. Só poderíamos reverter isso estando juntos. Foi isso que fizemos. Principalmente o Edu, que chamou a responsabilidade para ele, um cara muito experiente. Foi legal poder também ter conseguido essa reviravolta para ele, sabemos o peso que tem de falhar em um clássico. Nos reunimos e todo mundo deu muita força. Saímos felizes pela vitória de todos – explicou Bruno Henrique.

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