Caminho "sem sentido" rondam morte de ex-Palmeiras

10/6/2018 08:33

Caminho "sem sentido" rondam morte de ex-Palmeiras

Caminho

Mococa, pelo Palmeiras, em dividida com Carpegiani, do Flamengo, nos anos 70



A morte do ex-jogador do Palmeiras Gilmar Justino Dias, o Mococa, atropelado na noite da última sexta-feira (08) na rodovia SP-340, na cidade de Mococa, interior de São Paulo, deixou uma série de perguntas sem respostas. A primeira, em investigação realizada pela Polícia Civil, é sobre a identidade do motorista que atropelou o ex-atleta de 60 anos no acostamento da rodovia e fugiu do local sem prestar socorro. Enquanto isso, a família também busca explicações para o que aconteceu, pois não era hábito de Mococa passar por aquela área, especialmente no horário em que o acidente foi registrado, às 21h30.







"É isso que a gente não entende até agora: como ele foi parar lá na rodovia. Não tinha nada a ver com o caminho dele, não tinha sentido algum. Às vezes de manhã ele fazia caminhadas, mas era sempre mais cedo, nunca no horário em que aconteceu o acidente, até porque ele tinha um problema de visão e evitava sair à noite. A gente não se conforma porque ele foi parar lá na rodovia", desabafa, ao UOL Esporte, a ex-esposa de Mococa, Cecília Raimunda da Rocha.



Em seu depoimento, Cecília ainda revela um problema que vinha acompanhando Mococa há anos. O ex-jogador gradualmente perdia a visão dos dois olhos, e até recebia auxílio-doença em razão da incapacidade de trabalho. De acordo com familiares, o corpo médico que acompanhava o caso suspeitava de lesão ocular causada pelo período de atividade no futebol, mas a hipótese jamais foi confirmada.



Como jogador, Mococa viveu a melhor fase pelo Palmeiras nas décadas de 1970 e 80 - o clube divulgou um comunicado em suas plataformas oficiais lamentando a morte do jogador. Atuou com a camisa 10, chegou a ser comparado a Falcão, ídolo do Internacional, e elogiado pelo técnico Telê Santana. Ele também defendeu a camisa do Santos em 1981, além de clubes como Noroeste, Bangu, Radium-SP e Rio Branco.



Uma das teorias da família para explicar o caminho "sem sentido" traçado por Mococa na noite de sexta-feira é o histórico com álcool. "Uma das coisas que causou nossa separação foi isso. Ele bebeu muito. Uns dois meses atrás, minha filha arrumou internação para ele. Ele ficou, estava bem, mas semana passada voltou a beber. Foi uma recaída", diz Cecília, que ainda completa: "Sexta-feira, na hora do almoço, meu filho ficou com ele, que estava um pouco alcoolizado. Meu filho ainda falou para ele não sair mais ao longo do dia e ele disse que não sairia. Na minha cabeça tenho que a bebida e a visão contribuíram para o atropelamento", lamenta Cecília.



Mococa foi atropelado por volta de 21h30 da última sexta-feira. Como o local é de pouco movimento o corpo só foi encontrado às 23h e encaminhado ao Instituto Médico Legal. Peças de um veículo vermelho foram encontradas no local, mas o motorista ainda não foi identificado.



O ex-jogador foi sepultado no sábado à tarde e deixa três filhos: Gilmara, de 39 anos, Gilmar Júnior, de 37, e Giulianne, de 28. Divorciado, ele morou sozinho nos últimos anos. A Prefeitura Municipal de Mococa declarou luto oficial de três dias.



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Vai com DEUS. grande MOCOCA.

Sempre lembro do mococa como bom jogador.

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