Com a nova geração em alta, Felipão e Renato defendem "velha guarda"

14/10/2018 08:16

Com a nova geração em alta, Felipão e Renato defendem "velha guarda"

Com a nova geração em alta, Felipão e Renato defendem

Montagem sobre fotos de Daniel Vorley/AGIF e Lucas Uebel/GFBPA



Se o Palmeiras lidera o Campeonato Brasileiro e o Grêmio quer entrar de vez na briga pelo título, seus técnicos têm grande responsabilidade. Duas figuras marcantes no futebol do país e que ressurgiram diante da desconfiança por fracassos passados e da ascensão de treinadores mais novos. Dois protagonistas do embate entre paulistas e gaúchos marcado para as 16h deste domingo, pela 29ª rodada da Série A, no Pacaembu.







Renato Gaúcho já vem de um processo de renascimento como técnico há dois anos, quando retornou o Grêmio e enfileirou taças. Pesava sobre ele a imagem de"boleirão", pouco preocupado em estudar o futebol. Para Luiz Felipe Scolari, que assumiu o Palmeiras pela terceira vez na carreira na virada de julho para agosto de 2018, o fardo era ainda maior.



Felipão assumiu quase toda a mancha da derrota da seleção brasileira por 7 a 1 para a Alemanha na semifinal da Copa do Mundo de 2014. O campeão mundial de 2002 com o mesmo Brasil foi taxado de ultrapassado, falhou no Grêmio e foi se aventurar na China. Até que decidiu voltar e mostrar que, apesar de preservar princípios, conseguiu se adaptar às novas realidades.



Algumas fotos de bastidores do dia a dia palmeirense mostram Felipão apegado a relatórios sobre os adversários - inclusive nesta semana, sobre o Grêmio - e próximo dos analistas de desempenho do clube. Além disso, dá voz ao auxiliar Paulo Turra, um representante da nova geração criada a partir de cursos e especializações.







Essa postura mostra pés no chão de Scolari, que assim consegue conduzir suas especialidades de forma mais tranquila. A gestão do elenco tem sido exemplar no Verdão. Desde que o alto investimento da Crefisa chegou à equipe, em 2015, ninguém conseguiu administrar um grupo tão bem quanto ele.

Se pairavam dúvidas de como Lucas Lima se adaptaria ao estilo brigador de Felipão ou se Dudu entraria na linha após se chatear por não ser negociado, Felipão jogou todas para longe. Em mais uma prova de "modernidade", fez o palmeirense se acostumar a um rodízio de jogadores, se aproveitando da força de um plantel milionário e cheio de opções.



Um time foi montado para as competições de mata-mata, atingindo as semifinais da Copa do Brasil, quando o Cruzeiro acabou classificado, e da Copa Libertadores da América, que terá o Boca Juniors como adversário. No Brasileirão, uma equipe teoricamente reserva deveria segurar as pontas. A questão é que Scolari conseguiu impor padrões claros de jogo, ganhou a confiança dos atletas e viu seus suplentes levarem o Palmeiras à liderança da Série A.



Renato assumiu o Grêmio pela terceira vez em setembro de 2016 com a missão de recuperar elenco que havia se desgastado sob o comando de Roger Machado. Na reta final daquele ano, o ex-atacante conseguiu elevar o nível de desempenho e conquistou o título da Copa do Brasil. A pecha de mero motivador não foi desfeita ali, mesmo que o trabalho tivesse elementos que faziam o processo passar longe do rótulo.







Somente em 2017, com evolução de um jogo ofensivo e centralizado nas figuras de Arthur e Luan, o Grêmio de Renato calou os críticos. O futebol de domínio ganhou rasgados elogios da crítica, foi chamado de 'melhor do Brasil' e fez o clube gaúcho ganhar a Libertadores.



No dia a dia, Renato Portaluppi mantém a essência com pitadas de modernismo. O trabalho tático é comandado apenas por ele ou, no máximo, o auxiliar pessoal Alexandre Mendes. Em campo, o Grêmio raramente revela escalações, jogadas ensaiadas ou princípios de jogo. O momento de ajuste e com maior relevância ocorre na sessão de análise do adversário, que o treinador chama de 'hora do vídeo'. Também são feitas conversas individuais com jogadores pontuais para determinada partida. O papo geralmente é acompanhado de uma reunião com outros atletas do setor antes do jogo em questão.



Ao contrário das passagens anteriores, 2010-2011 e 2013, Renato tem se mostrado mais aberto à análise de desempenho. No ano passado, chegou a protagonizar polêmica por contratar um espião que entregava imagens de treinos fechados dos rivais.



"O Renato apostou em mim, me deu a confiança e eu voltei a ir bem. Me fez renovar com o clube (por conta do bom desempenho)", resumiu Bressan. "O Renato trabalha bem o grupo todo e deixa o pessoal pronto para qualquer emergência", citou Paulo Victor.







A frase do goleiro, um dos mais de 10 jogadores indicados por Renato, revela outra faceta do trabalho atual do ex-camisa 7 do Grêmio. Com atenção maior aos mata-matas, o time gaúcho não se melindra de escalar reservas no Campeonato Brasileiro. De quebra, ganha suplentes em evolução como opção na formação considerada titular.



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